quinta-feira, 28 de março de 2013

Wash Away

A Muito Pipi não é pessoa de se envolver com sabonetes. Sou mais uma menina do gel de banho, dentro das suas fofas embalagens que, ainda que pouco amigas do ambiente, são habitualmente bem mais apelatativas do as de barras lavantes. Posto isto, não me impressiono facilmente com sabonetes.
Foi portanto sem grande intenção de os usar no meu corpito que adquiri produtos de Wash Away My Cancer, uma loja online de uma amiga da minha família.
A história da criação dos produtos é muito interessante. Zé, a artista saboneteira, ao descobrir que estava doente, achou que fazia sentido ser mais selectiva na escolha dos produtos que consumia. Assim, teve a ideia de fabricar os seus próprios sabonetes, com recurso a ingredientes naturais e uma poderosa selecção de óleos essências. Pois meus queridos, o sucesso foi tanto que começaram a chover encomendas. De repente, aquilo que era um passatempo, transformou-se num projecto a tempo inteiro.  
Da minha parte, confesso que comprei os produtos especialmente por nutrir um grande carinho pela pessoa em questão. Não me entendam mal, nunca duvidei da qualidade destes produtos. Nada disso. Simplesmente eu não uso sabonetes há anos.
Quer dizer, até há uns dias não usava. Mas entretanto muita coisa mudou. Meus fofos, o perfume que emana daqueles sabonetes é deliciosamente irresistível. De tal forma que dei por mim a desejar atirar-me para a banheira com um deles.
Entre o Two Faced Lime, o Bamboo Garden, o Cofee Lovers Heaven, o Cocoa and Vanilla, o Oatmeal Buttermilk and Honey e o Chocolat and Oatmeal acabei por me agarrar ao 5º, necessitada que estava de alguma exfoliação.
E assim foi: eu, a aveia, o soro de leite e o mel, todos juntinhos debaixo de água. 
Foram momentos de profunda alegria. É muito divertido usar o sabonete em questão, com os seus pedacinhos de aveia a limar suavemente as arestar rugosas da nossas pele e a espuma a formar-se aos poucos. Uma loucura. A parte pior foi mesmo o cheiro. Não não meus queridos, não é mau. É maravilhoso. De tal forma que não arrancar um pedacinho com os dentes exige um grande auto-controlo. A aveia, toda brilhante, sorri para nós e pensamentos malvados surgem para nos tentar. Não temam pela minha saúde. Eu contive-me e não abocanhei o sabonete.
A vítima seguinte foi a cheirosa barra de coco e baunilha, usada para lavar as mãozinhas. Mais uma vez, o perfume é magnífico. Fica atarrachado às manápulas durante bastante tempo e ainda tráz de bónus uma agradável sensação de suavidade. Muito bom. Muito bom mesmo.
Hoje foi a vez de entrar no paraído dos amantes do café. Perguntam vocês: A Muito Pipi gosta do cheiro a café? Não, nem por isso. Mas meus queridos, este não é um café qualquer. É baunilhado. Adocicado. É de uma fofura super potente e viciante.
Resumindo e concluindo: estou apaixonada. Há muitos anos que não usava sabonetes e a verdade é que descobri que é uma experiência relaxante. Talvez pela massagem mais potente que ajudam a proporcionar. Talvez por exigirem mais tempo e dedicação na lavagem. Não sei meus queridos, mas asseguro-vos que estou agradavelmente surpreendida.
Se quiserem deliciar-se, rumem aqui. Acredito que, sem saberem bem como nem porquê, vão começar a salivar com as imagens e descrições de cada um dos sabonetes. Vale sem dúvida a pena visitar o site (que é uma doçura) e conhecer a autora das maravilhas lavantes. E não temam, os produtos são enviados para qualquer parte do mundo.
Entretanto, no meio de toda esta recente descoberta, vivo num dilema: abrir ou não abrir as restantes embalagens de sabonete. São tão lindos, tão cheirosos, tão cutxi-cutxis. Quero experimentar todos e quero-os já!
Pronto, calma. Calma. Inspira Muito Pipi. Expira Muito Pipi. Está tudo bem. E não, não se preocupem. Não estou a atingir um estado de loucura sabonetal. Está tudo controlado. Só abrirei os restantes depois de terminar os que já usei (entretanto, numa mente perto de si: "aiiiiiii... que vontade de voltar para o banho e usar tudo. Será que se retirar um bocadinho de cada alguém vai reparar?").

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