quarta-feira, 25 de junho de 2014

Chorando por dentro... suando por fora

(Aviso à leitura: o post de hoje serve pura e exclusivamente para efeitos queixosos. Se não deseja ouvir lamentos hiperbólicos fuja. Corra! Afaste-se daqui!)
Neste momento mais não sou do que uma pobre mulher, rebolando pela existência, numa eterna bola de neve de afastamento em relação aos bens essenciais à felicidade e ao conforto. Um farrapo de pessoa, vítima chorosa, injustamente atirada para fora da caixa de amor e segurança onde outrora vivi. Uma pobre louca, que tenta a todo o custo negar a realidade. Uma Muito Pipi muito pouco pipilante.
Há mais de um ano atrás, partilhei o horror que senti ao pensar que o meu desodorizante queridinho tinha sido descontinuado. Na altura, tudo terminou bem, consegui colocar-lhe as mãos em cima, esfregar as axilas com ele e respirar (e transpirar) de alívio. 
Agora, muito tempo depois, é com tristeza que me vejo obrigada a aceitar o inaceitável. O amor dos amores, ajudante em tempos de crise, Desodorizante em Creme para Peles Sensíveis e Depiladas, da Vichy, morreu.
Embora o site da marca insista na sua existência, a verdade é que o mundo farmacêutico grita o seu desaparecimento.  Tal como outrora, em tempos de dor e sofrimento devido à fuga do desejado Active C, a Muito Pipi volta a pedir: se alguém sabe do paradeiro deste amigo de todas as ocasiões, tenha a bondade de me auxiliar. E atenção fofuras: não se deixem enganar por uma embalagem semelhante que anda por aí. Ansiosa, corri muitas vezes para um produto que julguei ser o meu amado. Mas não. Era o Tratamento Antitranspirante 7 dias. Malvado engano! Dor das dores!
Muitas desilusões depois, é assim que, chorosa, ranhosa e quiçá suada, me despeço do meu amado Vichy. Adeus meu querido, adeus companheiro. Serás para sempre recordado com carinho. Em mim ficará para sempre o toque suavemente cremoso dos teus ingredientes. Dentro do meu armário de produtos haverá sempre um espaço para ti. Na minha conta bancária estarão sempre 10 euros guardados, em tua memória. Muitos podem vir. Mas como tu mais nenhum. Um bem haja e até sempre!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Mascarando

Uma coisa que eu percebi desde cedo foi quão perigoso é confiar amados fios de cabelo a cabeleireiros desconhecidos.
Meus queridos trabalhadores do sector capilar, infinito perdão vos peço. Bem sei quão violenta é a frase que inicia este post, mas quem já foi várias vezes ofendido por tesouras perdidas pelos trilhos pilosos de uma cabeça, sabe bem do que falo.
Não me entendam mal: há pelo mundo maravilhosos profissionais. Daqueles que ouvem e respeitam (ai sim, por favor!) os seus clientes. Que não nos levam o cabelo todo quando o pedido foi "um cortezinho pequenininho". E que não nos deixam sair do salão, aos 26 anos, com cara de velhota doente, resultado de uma descoloração que claramente passou do ponto. Daqueles que aconselham. Daqueles que sabem de facto o que fazem e que têm prazer em oferecer o melhor serviço possível. É graças a uma dessas pessoas que a Muito Pipi raramente usa condicionador.
Não. Não ando por aí a dar a dar com cabelo acabadinho de sair do champô, directamente para a realidade seca. Nada disso! Também não tenho absolutamente nada contra condicionadores. Antes pelo contrário. Simplesmente, e de forma geral, sinto que a peruca se comporta melhor quando interage com máscaras.
Cabelos finos, encaracolados e super longos (como são os meus) não costumam ser os mais hidratados ou comportados do mundo. Parece que o formato espiralado dificulta o escorregâncio do óleo para as pontas! Rezas, preces, danças da chuva... nada! O maldito não desce o suficiente. Mas com a Muito Pipi, se não vai a bem vai a mal! "Ai não queres descer, nojentinho indolente? Então também não preciso de ti!" E foi assim que as máscaras ganharam um lugar encantado na minha banheira.
Um pequeno (grande) desvio para alertar os utilizadores de máscaras capilares que habitam com outros seres humanos. Cuidado! Uma pessoa unta o cabelo com materiais potentes e, no meio desse estrafego, há todo um besuntamento colateral de banheiras.
Ditam bons hábitos de convivência que uma pessoa proceda à higienização do local onde se lavou, antes que outros para lá se enfiem. Mas há coisas meus queridos, há coisas que não vão pelo ralo abaixo com uma pequena chuveirada. Depois de muitas escorregadelas masculinas, a última das quais culminou com a aterragem de um pulso em cima de uma torneira, eu não poderia deixar de vos avisar. Se querem manter as vossas relações, e os corpos dos vossos mais do que tudo intactos, cuidado, muito cuidado! Se, por outro lado, são obrigados a conviver com pessoas que preferiam ver longe, então o meu conselho é: não limpem! Deixem que o vossa máscara faça o trabalho sujo!
No mundo após retirada do champô, uma das minhas super queridinhas Armadilhas de Satanás é a máscara Time Restore da Schwarzkopf.
Não deixem que a embalagem vos confunda fofuras. Apesar da marca indicar o uso desta linha em cabelos maduros e frágeis, a experiência diz-me que isto é material para fazer muitos encaracolados felizes! Em particular se fazem coisas malvadas aos vossos cabelos, seus diabinhos destruidores de crinas.
Eu conheci-a depois de uma terrível experiência de mudança de visual e a verdade é que revitalizou fios que estavam sedentos de ajuda. Sedentos tipo zombies a brotar do chão, de bracinhos ossudos levantados para o céu, tentando agarrar qualquer oportunidade para sobreviver. Assim estavam os meus amigos peludos, assim estava a minha alma, terrivelmente esfaqueada por uma cabeleireira do mal!
Confesso que não sei como se comporta em fios mais velhotes. Mas em novinhos louquinhos e enroladinhos, é do melhor! O resultado são cabelos com bom aspecto, com movimento, com volume e muito, muito, bem cheirosos! Tudo por menos de 20 euros.
 

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Um amor... Azeitoso?

Na loucura que foi a última visita à Selfridges, em pleno Beauty Project (para mais desvarios, basta seguir por aqui), vários objectos embelezadores saltaram para dentro do meu cestinho de compras.
Na realidade uma pessoa não quer envolver-se em nada disto. Uma pessoa vai só para ver coisas bonitas enquanto passeia num local abrigado dos caprichos meteorológicos da capital inglesa. Mas como (como?) pode essa mesma pessoa, cheia de necessidades, desejos e boa educação (sim sim, boa educação!), negar um pouco de dinheiro em troca de doces momentos cheios prazer? Não pode, claro que não! Não só seria indesculpável, como absolutamente rude. Deselegante mesmo.
E foi assim que, com uma profunda dedicação à causa "Educação e Delicadeza para com Produtos de Beleza", e entre MAC, Shu Uemura, EOS e outras coisitas mais, uma embalagem fofamente indecifrável voou da prateleira para a minha mão, arrancando de lá cerca de 5 libras.
Dentro da dita cuja (da autoria da Japonesa DHC) vivem 50 cotonetes, individualmente embalados, embebidos em azeite.
Uma pausa para acalmar os mais agitados. Bem sei que a descrição é estranha. Reconheço também o seu potencial para o amedrontamento de seres humanos (como uma amiga minha, por exemplo, que há umas horas atrás fitou com repugnância a embalagem fofura máxima enquanto eu lhe apresentava a minha mais recente descoberta cotonetal). Mas é bom! Acreditem! Estes pequenos amiguinhos ajudam a tirar maquiagem e a hidratar coisas secas (como cutículas) da vida muitíssimo bem. E sem cheiros aterrorizadores.
Queridos e queridas, contra todos os temores incluídos numa relação com produtos azeitais, a Muito Pipi reafirma: isto é um poder! Ah... e por serem finos, os cotonetes funcionam muito bem na correcção de deslizes de maquiagem. É verdade que no final fica um rasto ligeiramente gorduroso, qual gosminha de caracol andante. Mas sinceramente até aprecio. E a embalagem é tãoooooo (perdoem o emoção/histeria) charmosa! Quem pode não gostar? (Délia, I'm talking to you!)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Selfridges Rock!

Fofuras minhas, de Londres para Portugal, a Muito Pipi informa: a Selfridges está absolutamente espectacular!
Neste momento decorre o Beauty Project, todo um mundo de emoções cosméticas, maquiantes e perfumantes ao serviço de uma pessoa, toda uma loja focada na beleza e no debate de temas belezísticos, toda uma realidade de novidades saltitantes e entusiasmantes.
Neste conjunto de alegria, uma das minhas áreas favoritas é a secção dedicada a produtos mini. Pequeninas, baratinhas (umas mais do que outras, claro) e fofinhas, como pode alguém não adorar miniaturas? Marcas como Bumble & Bumble, Sepai, Molton Brown, Kiehl's, Origins, Clinique, MAC, Eyeko e DHC (uma total desconhecida para mim, que tem um produto maravilha do qual prometo falar ainda esta semana!) marcam presença por lá. E pois que é uma animação sem fim, em particular para os viajantes de serviço e para os amantes de tudo o que se apresenta em dimensões reduzidas.
Perguntam vocês, meninos preocupados com as loucuras desta Muito Pipi cidadã: "Mas porque razão decidiu ela, que ora aparece ora desaparece, incluir este post na secção Man Love?" Não temam! Do Beauty Project faz parte toda uma secção dedicada a vós! Sim, sim meninos! Toda uma Men's Shop, recheada de produtos especiais para barbear esses rostos, hidratar essas peles, desodorizar esses corpos e fazer brilhar esses cabelos.
Entre marcas super conhecidas e pequenas maravilhas criativas, há um poderoso universo de opções. Tudo muito interessante, excelentemente embalado e masculinamente apelativo. Ah... e mais. Também por lá se localiza um barbeiro para satisfazer todos os vossos caprichos capilares e barbeares (Hum...?).
O horror dos horrores? Ao que parece todo este deleite termina em breve. Muito em breve. Tão brevemente que parece que é amanhã mesmo. Drama dos dramas! 
Mas não chorem já, amantes das formosuras da vida. Uma das mais interessantes (e duradouras) partes do projecto de beleza da loja inglesa é um tal de Fragrance Lab, activo até ao dia 27 de Junho. Alegria! "E o que lá se faz, querida e doce Muito Pipi?" Perfumes! Lá de dentro saem perfumes personalizados, pensados para os clientes enquanto pessoas com desejos, ideias e personalidades muito específicas.
Segundo algumas das mentes criativas responsáveis pelo laboratório cheiroso, é importante repensar a forma como as vendas são feitas actualmente e dar às pessoas o que elas desejam, mesmo que esses desejos não sejam fáceis de articular verbalmente.
Muitas vezes uma pessoa consegue perceber se aprecia ou não um determinado cheiro e sabe que se sente confortável na presença de certos odores. Mas conseguirá a maioria de nós descrever eficazmente os seus desejos e anseios perfumantes? Ao que parece foi esta mesma dúvida que impulsionou o desenvolvimento do Fragrance Lab.
Supondo que diferentes preferências, comportamentos e personalidades se reflectem em atracções olfactivas muito particulares, os clientes são guiados numa experiência sensorial de reflexão acerca de si mesmos, que termina com a descoberta de uma essência cheirosa especial. Perfume entenda-se.
Diz quem já se submeteu à experiência que vale muito a pena. Da minha parte, desejo ardentemente ser avaliada pela Selfridges e ver brotar um cheiro só para mim.
Por favor Fragrance Lab, espera! Não vás embora antes do meu nariz poder entrar por ti a dentro!


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Abaixo a ignorância!

Depois de duas semanas de faltas injustificadas (menina feia!), a Muito Pipi regressa hoje para cumprir uma promessa: Falar de cabelo!
Respeitando as mais recentes directrizes de Roberta, a irmã mais espectacular de sempre, o post que se segue será curto, sintético e certeiro.
Cabelos há muitos (idealmente!). E com eles surge toda uma panóplia de dores. Eu, por exemplo, desempenho neste momento (ainda que sem sucesso) o papel de domadora de criaturas selvagens. Os bichos? Cabelos bebés. Aqueles pequenos amiguinhos que se transformam facilmente em corninhos peludos. Este é o ponto de situação. Este é o drama do momento!
Mas nem sempre foi assim. Houve ocasiões em que foi o malvado frizz que me fez chorar lágrimas de sangue. Hoje em dia as coisas encontram-se relativamente calmas, mas fofuras, na dúvida húmida, nada como prevenir.
Há quase um ano atrás, numa visita a um corredor da Boots rechado de Friedalhada, a minha doce irmã tomou a liberdade de agarrar e tomar como seu um tal de Frizz Ease Original Serum.
Na altura, colada ao meu super queridinho FlyAway Tamer, ignorei completamente os encantos do produto desconhecido. E assim foi durante algum tempo. Dias passados na ignorância, sem noção dos poderes do semi-oleoso líquido transparente. Sem sentir a calma depois de uma tempestade de cabelos loucamente organizados numa rebelião jubesca.
Um dia, numa básica troca de informações entre irmãs, descobri toda a verdade. Roberta havia encontrado um fiel aliado capilar, daqueles que não falham, que não fogem ao primeiro sinal de guerra e que não arrancam das nossas contas tudo o que lá há (a não ser que mais não exista do que uns 8 euros). E é esta a história meus queridos.
Se procuram alguma coisa que anestesie cabelos transtornados por uma vida de dureza, então vale sem dúvida a pena experimentar este amiguinho. Fica uma advertência: se comprarem no Reino Unido é possível que a embalagem que figura à vossa direito não seja o contentor do produto em causa. Mas não temam. Encontraram um serum Frizz Ease que se auto-intitula "Original"? Agarrem-no e levem-no convosco para onde forem. Não há erro.