terça-feira, 26 de agosto de 2014

Rampling Nars


Uma pessoa vive apaixonada pela Nars. Pois claro que vive. E, para que a convivência amorosa versão cosmética seja a mais feliz possível, não há como escapar à aceitação das pequenas imperfeições da marca amada. Entre nós (eu a Nars) há um problema: o empacotamento. É verdade que as caixinhas são práticas, simpáticas, duradouras e tal. Também assumo que não aparentam ter saído de uma ruela de horror, prontas a aterrorizar qualquer transeunte da avenida da beleza. Têm até um ar muito profissional e composto. Ainda assim, não me deixam louca de emoção cada vez que aparecem no meu campo de visão. 
Já o recheio é todo outro mundo que salta do preto básico, numa festa sem fim de pós gostosos, cremes apetitosos e cores deliciosas que conseguem vascolejar incessantemente o meu coração e abrir convictamente a minha carteira. Posto isto, ignorem-se as embalagens e esqueçam-se os exteriores luxuosos! A Nars merece! Mais ainda agora que, à qualidade maquiante decidiu aliar uma super força modelante. Haja imagem para tamanho poder de sedução!


Marcas que conseguem olhar para a beleza de uma forma realista, dinâmica e duradoura mexem comigo. Em particular quando escolhem como modelo a maravilhosa actriz Charlotte Rampling, de 68 anos. Sim sim!

E eis que, depois de ter elogiado aqui outra mulher que se insere belamente na categoria "mais de 50", voltei hoje a sentir-me motivada para a terceira idade. Seja a minha beleza igualmente serena, sedutora, cuidada e confiante e serei a sexagenária mais pipi de todo o sempre.
Nars + Charlotte Rampling = me likes it mais que demais!

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Light Makeup

Se há coisa que entusiasma a rapariga Muito Pipi que sou eu, que me faz soltar gritinhos histéricos e descabelar a minha juba interior é material novo. Há material físico capaz de despoletar este tipo de comportamentos. Mas aquilo que enlouquece mesmo esta pessoa que vos escreve é perceber como as coisas funcionam, descobrir novidades escaldantes e enfiar-me por novas abordagens adentro.
Uma das maiores embaixadoras de inovação da minha vida é a Joana do See Music. E pois que ontem foi exactamente ela quem me brindou com o conceito de maquiagem electrónica. "Oi? Como? Quando? Onde? Porquê?" questionei-me eu. A resposta a (quase) todas as questões está aqui:

Acredito que alguns dos apaixonados por maquiagem possam não se sentir particularmente animados com esta técnica. Afinal, muito do prazer maquiante está na brincadeira, na experimentação e na criação. Ainda assim, para mim a maquiagem digital é absolutamente fascinante do ponto de vista artístico e cénico. Imaginar o potencial deste tipo de aplicação é um exercício deveras estimulante.
De resto, desejo muito ver na prática aquilo que me deslumbra em teoria. De preferência confortavelmente sentada numa plateia e impecavelmente maquiada. Por mim. Manualmente.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

De volta à vaselina

Fofuras, é oficial! A Muito Pipi desenterrou um amor antigo e está neste momento a viver uma fase "Vaselina".
Com certeza não será difícil para os meus amigos mais antigos abrir a gaveta das memórias e arrancar lá de dentro mais do que uma imagem da minha pessoa com uma bisnaga de vaselina na mão. Grandes e pequenas, usualmente mais feias do que bonitas, se há coisa que durante anos nunca faltou na minha mala foi pelo menos uma embalagem recheada com a pastinha branca.
Muitas piadas foram feitas, muitos comentários duvidosos foram proferidos, muitos olhares de vergonha alheia foram lançados. "Dá-me mais vaselina!" cantavam entusiasmadamente colegas e amigos de liceu, possivelmente na esperança de que eu e a minha queridinha seguíssemos caminhos opostos. Mas não! Nada abalou este amor. Bem. Mais ou menos. Na verdade aquilo que parecia uma relação de partilha, forte e duradoura, acabou no dia em que comecei a interessar-me seriamente por coisas hidratantes versão cheirosa e belamente embalada.
Com tempo, e de forma natural, a vaselina foi perdendo espaço na minha vida. Saindo das malas. Ficando largada em cima de qualquer mesa. Esquecida em qualquer casa de um qualquer amigo, familiar ou conhecido, qual plantação de indiferença. Entretanto as visitas à farmácia com intenções vaselinais terminaram. Era oficial: eu e a, outrora amada, vaselina haviamos seguido caminhos diferentes. E assim foi durante anos.
Há algum tempo atrás, enquanto vasculhava as prateleiras de um SuperCOR do mundo que é Portugal, deparei-me com esta embalagem fofa e com a promessa de me poder besuntar e perfumar ao mesmo tempo. Vaselina Neutra Perfumada. Ohhhhh (muitos coraçõezinhos..)!
E assim, do interior da cova profunda para onde havia sido atirada, a vaselina conseguiu encontrar o seu caminho de volta para dentro da minha mala e da minha vida.
Agora, depois de me ter rebolado com ela, num enrolanço carregado de saudade mas também de receio de desilusão, posso dizer, escrever e gritar bem alto que isto é material do bom!
O cheiro é poderosamente agradável. Muito ao estilo da Moranguinho, aquela boneca pequena que soltava um cheiro delicioso de borrachinha com outras coisitas mais (Hum... muito elucidativo!). Muito viciante!
De resto, é uma vaselina normal enfiada numa caixinha rosa e vermelha de plástico, cujos 40ml não chegam a custar 4 euros.
Posto isto, por estes lados reina a loucura vaselinal. É vaselina na mão, no pé, na unha, no cabelo. Vai vaselina em todo o lado que não a recebe desde que a última bisnaga foi atirada para o lixo. Vai um esfrega esfrega por aqui como nunca antes se viu. E vai muito bem, obrigada!