quarta-feira, 26 de agosto de 2015

De volta. Ou como viver numa figueira.

Voltei voltei, voltei de lá. Ainda agora estava afogada em chuva e vento mas agora já estou cá. Quente, seca e bem ciente da minha ausência prolongada. Peço que encaminhem toda a vossa revolta para a verdadeira culpada pelo meu desaparecimento: Roberta. É verdade. Não quero ser queixinhas. Nunca. Jamais. Mas as verdades têm de ser ditas. E pois que o animal veio passar um boa temporada a Londres. E claro que a Muito Pipi, como irmã dedicada, amorosa e inigualável, focou toda a atenção na cria de sapinho que dizem ser sua irmã. 
Voltei hoje, para uma breve mas doce partilha. Sai mais uma humilhante história das aventuras da Muito Pipi pelo mundo.
Num passeio pela adorável Liberty, decidi apresentar Roberta ao maravilhoso mundo das fragrâncias Le Labo. No meio das embalagens minimalistas, uma em particular, e a minha favorita: Figue 15.
E pois que sprayzei um papelinho, pois que me enchi de perfume e é até possível que, inadvertidamente, tenha borrifado a cara e o cabelo da minha querida irmã. Festival de figo iniciado, fui para casa, cheirando vezes e vezes sem conta o meu corpo (hum...) para me certificar que valia a pena integrar esta fruta na minha  restrita colecção perfumante. 

No meio do entusiasmo decidi verificar o preço do amiguinho. Mas... onde estava ele? Não aparecia no site, não havia como o encontrar nas minhas procurar googlescas. Oh não!!!!! Teria ele sido exterminado, como tantos outros antes (história de terror aqui)? Nãããããõoooooooo!
Minutos mais tarde foi a hora do medo sair de cena para permitir a entrada do novo protagonista. O constrangimento. E pois que parece que o Figue 15 existe. Está vivo. Está bem. Recomenda-se. Simplesmente não é um perfume para o corpo. Não meus queridos, o mais recente desejo de consumo da Muito Pipi é nada mais nada menos do que um perfume para a casa, qual ambientador luxuoso a soltar fruta doce e refrescante pelos lares do mundo.
Posto isto, e antes que se preocupem: a minha pele está bem! Tão bem que me questiono quão estranho (leia-se chocante, triste e ridículo) seria iniciar uma figueira neste corpo que é meu. Hum... Muito? Pouco? Nada? Nadaaaaaa!!!!!