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quarta-feira, 8 de março de 2017

Kjaer (Viciante) Weis

Corria o ano de 2014 quando a Muito Pipi teve pela primeira vez a oportunidade de fixar os olhos nas sedutoramente sustentáveis criações da maquiadora dinamarquesa Kjaer Weis.
Confesso não ter uma memória devidamente definida do primeiro contacto, mas creio ter sido através de um artigo que li na minha terceira viagem a Londres. Na altura (prova aqui), esta que vos escreve aguardava ansiosamente a chegada de maravilhosas coisinhas da marca à sua morada portuguesa. E pois que a vida às vezes é tão sinistra como um cavalheiro pintado de palhaço sorridente espreitando num beco escuro de uma estação de metro na calada da noite (maravilhas da vida londrina!). E pois que coisas às vezes sucedem. E pois que o encontro físico entre Weis e Muito Pipi acabou por não se concretizar nessa altura.
Entretanto tempo passou e outros valores consumistas acabaram por se levantar, aumentando assim o espaço entre a Dinamarca e Portugal. Ansiosa por acabar com a distância, esta que vos escreve voou até à Dinamarca. Informei-me, muni-me de coroas dinamarquesas e caminhei a passos largos até à morada onde as embalagens vermelhas de papel reciclado me abraçariam finalmente. E... não. A loja já não existia! Convicta em fazer a ponte e viver este amor que me havia sido negado, movi-me noutra direcção. E, num tsunami de problemas de pronúncia, acabei por receber a dura informação. Não! Não vendiam na loja física, só na online. Sabiam no entando de um outro ponto de venda, a poucos minutos de distância. E lá foi a Muiti Pipi. Mas... não! A loja estava fechada. "Porquê Kjaer, porquê?!!! Porque me escapas das mãos sem dó nem piedade???!!! Porque me partes o coração com a ausência da tua presença???!!"
Entristecida acabei por voltar a Londres. E bem, entre tantas outras emoções e novidades embelezadoras, a marca dinamarquesa acabou por ficar esquecida. 
O desejo reacendeu há umas semanas atrás quando, ao ver uma maravilhosa imagem construída com produtos da Kjaer Weis me decidi a tirar um dia de férias (sim... um dia de férias!) para caçar um destes bichinhos! E sim... posso adiantar que fui bem sucedida! Aaaaleeluia!
Tinha na manga várias opções de lojas, mas a minha primeira opção, a loja escandinava Wild Swans, em Islington, revelou-se uma mina de ouro. Estavámos finalmente juntos!
Uma sombra (Cloud Nine por 32 libras) e um blush (Blossoming por 40 libras) foram os eleitos para um primeiro contacto íntimo. E que escolha! A sombra é uma perfeita embelezadora para dias simples e uma alegre iluminadora de momentos de maior dedicação. O blush por sua vez tornou-se rapidamente no queridinho do momento. A marca descreve-o (aqui) como um tom rosado que proporcionada um visual saudável, resplandecente e fresco. A Muito Pipi confirma! A Muito Pipi confirma tudo! Com uma textura que se funde incrivelmente na pele e que permanece impecavelmente no lugar, o Blossoming escancarou sem dúvida uma caixa de Pandora de insaciável apetite ao melhor nível do Monstro das Bolachas pelo material Kjaer Weisiano.
E as embalagens? Oh... as embalagens! Deliciosas. Prateadas. Pesadas. Graciosamente deslizantes. De uma nível que nenhuma fotografia poderia captar. Para que não vos falte nada, A Muito Pipi pessoa que sou eu criou um lindo GIF para vos mostrar as suas mãos a estonteante dança de sedução prateada criada pelas mentes maléficas da Kjaer Weis.
Como ousam deslizar assim? Como ousam transformar a abertura de uma embalagem num momento de assombroso prazer (não?)? Isto não pode ser obra de Deus meus queridos e queridas. Não pode! 
E com isto me despeço. Tenho umas comprinhas dinamarquesas para fazer.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Felicidade

A busca pelo desodorizante perfeito tem sido partilhada neste blog ao longo dos anos. De opiniões sobre suores alheios (aqui), passando por luto desodorizante (aqui) e novas descobertas (aqui), este meu caminho tem sido indubitavelmente pedregoso. Mas não! Não mais (por favor, mais não!)!
Meninos e meninas, tios e tias, Robertas e Mulatas Marisas, conheçam o Organic Confidence da Organic Essence, um amiguinho cremoso que parece dominar a magia negra das propriadades anti-bacterianas do óleo de coco (diz ele!), sem envolvimento violento de animais não racionais no processos.
Bastou um par de utilizações em pleno fim de verão londrino (a.k.a outono português) para me render aos prazeres da desodorização orgânica. Eu e a bisnaguinha, a bisnaguinha e eu, numa dança domadora de maus cheiros.
Como explicado em posts anteriores, a Muito Pipi não abre no geral portas a desodorizantes cheirosos. Isto explica a razão pela qual a versão Natural do Organic Confidence é a minha favorita. Ainda assim não posso deixar de partilhar um profundo carinho pela variante de Lavanda e de expressar o meu ardente desejo de enfiar as mãos nos irmãos Jasmim Ylang Ylang, Baunilha e Rosa. Aguardai, este blog será devidamente actualizado (o que pode significar uma espera de anos considerando o ritmo de postagem desta querida que vos escreve) quando tiver oportunidade de os esfregar em mim.
E é assim que a ordem está reposta nestas axilas e que eu e o mundo podemos, em conjunto, respirar de alívio, entoando cânticos de agradecimento à natureza e orando para que o Senhor do bom cheiro proteja a Organic Essence.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Descoberta refrescante (ou a Pharmacie de la Mairie)

Numa recente viagem familiar a Paris (um pouco menos recente do que o recentíssimo último post deste blog) oferecida pelas irmãs maravilha, A Muito Pipi e a Extremamente Roberta, grandes aventuras foram vividas. O post de hoje, porque este é um blog Muito abandonado Pipi, dedicar-se-á a uma grande descoberta do mundo da beleza.
Na minha lista de prioridades, em estreita competição com uma boa e recheada visita ao Éclair de Génie, estava um passeio descontraído mas muito profissional por uma das estrondosas farmácias Parisienses.
Por razões da esfera do "não quero não desejo e não gostarei de ser esfregada contra a minha vontade em produtos e em visitantes", decidi evitar a conhecida Citypharma e entregar a minha alma a outros locais de culto.
Depois de uma dedicada pesquisa poliglota, e entre muitas outras fortes concorrentes, a Pharmacie des Archives foi a escolhida. As razões? Excelentes críticas, acesas referências a promoções maravilha e proximidade à minha habitação parisiense.
E foi assim que, num dia de chuva louca, daquelas que entram em malas de viagem fechadas e obrigam à entrega de roupa já usada a máquinas de secar, eu e a minha fiel escudeira Roberta, decidimos aventurar-nos por poças passíveis de se transformar em cosmopolitas tsunamis. Lá fomos nós, de laguinho em laguinho, em saltitamentos interiores de entusiasmo e arrepios exteriores de frio, dada a conjugação do estado das nossas vestes com as condições atmosféricas da capital francesa.
Imparáveis, chegámos à farmácia dos sonhos. E lá estava ela, linda e brilhante, em todo o seu esplendor. Tal qual a imaginava. Lá dentro um manancial de emoções a preços tão refrescantes como a chuva parisiense nos nossos pés. Não havia um arraial de promoções, mas na verdade a magia era tanta que nada mais interessava. O único obstáculo entre mim e tudo o que, sentia, já era meu por direito? Montras fechadas.
Passado o terror inicial de não poder ler rótulos, meter as mãos na massa e cheirar todos os meus mais recentes amiguinhos, a experiência revelou-se deliciosa. Não sei se pelo nível do gasto ou simplesmente pela simpatia dos funcionários, eu e Roberta fomos brindadas com vários presentes, entre os quais um saco térmico azulão, um champô da René Furterer de tamanho grande, uma água micelar da Bioderma de 250ml e mais um conjuntão de miniaturas. Foi muita emoção. Muito amor!
Saímos da farmácia e o sol havia substituído a chuva, como que numa homenagem ao nosso pote de ouro belezístico. E nisto olhei para a esquerda. E vi o inimaginável: a Pharmacie des Archives! Olhei para a direita: a Pharmacie de la Mairie. Horror dos horrores! A Muito Pipi, numa ansiedade de escapar aos terrores da chuva parisiense para mergulhar no mar dourado das marcas francesas, havia entrado na primeira farmácia que vislumbrou na Rue des Archives. Ao invés do número 9, foi no número 2 que tudo aconteceu.
Fiquei inconformada. Não podia ser. Depois de tanta pesquisa tinha feito as minhas compras na farmácia errada?! Nãããããããoooooo! A passo apressado movi-me para a Pharmacie des Archives arrastando Roberta e decidida a continuar as minhas compras, custasse o que custasse. Lá dentro uma farmácia cheia de promoções e com tudo à mão de semear. Mas para meu espanto, o aspecto, a selecção de produtos e a tabela de preços eram bem menos entusiasmantes do que os da Pharmacie de la Mairie. Alívio! O erro Pipiano afinal mais não era do que um estrondoso sucesso! E foi assim que, sem mais compras farmacêuticas, me movi pesada mas feliz, rumo à Sephora da Avenue des Champs-Élysées.
Não me entendam mal fofuras, ambos os estabelecimentos valem muito uma visita. Ambos estão num nível incomparavelmente superior ao das farmácias portuguesas no que a produtos franceses diz respeito. Simplesmente a Pharmacie de la Mairie é uma senhora elegantemente introvertida, cujo aspecto requintado esconde uma grande generosidade, enquanto que a Pharmacie des Archives é uma contagiante e extrovertida jovem, sem paciência para mistérios e cheia de amor para dar. Por questões de identificação, a primeira cumpre melhor o papel de Santa Farmácia Pipiana, mas ambas merecem muito um lugar no céu das melhores farmácia de Paris.







terça-feira, 24 de maio de 2016

Há muito muito tempo...

A Muito Pipi assistiu hoje a um dos vídeos mais interessantes de sempre. O tema: pensos higiénicos!
Pelo que se sabe as mulheres sempre viveram com esse demónio em forma de mar sangrento, ao qual algumas pessoas gostam de chamar menstruação. E por mais que o bárbaro visitante mensal seja conhecido e esperado, diz esta fêmea que vos escreve, que se há coisa que isto é é um incómodo que não se aguenta.
Míticas histórias de panos habilmente colocados na roupa interior feminina eram do meu conhecimento. Mas até hoje nunca havia parado para questionar o impacto da menstruação antes do advento de modernidades como pensos, tampões e copos menstruais.
Este vídeo leve e descomprometido fez-me pensar na saudosa definição da mulher como um ser inferior, limitado por regulares surpresas preparadas pelo seu corpo num caldeirão disfarçado de sistema reprodutor e incapaz de experienciar a vida como os homens. E em como um objecto tão pouco interessante como um penso higiénico moderno foi capaz soltar a mulherada numa multiplicidade de áreas.
Percebo agora bem melhor os rosto delirantes jorrando felicidade das protagonistas dos anúncios de pensos e tampões. Elas claramente fizeram esta reflexão muito antes de mim.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

De volta. Ou como viver numa figueira.

Voltei voltei, voltei de lá. Ainda agora estava afogada em chuva e vento mas agora já estou cá. Quente, seca e bem ciente da minha ausência prolongada. Peço que encaminhem toda a vossa revolta para a verdadeira culpada pelo meu desaparecimento: Roberta. É verdade. Não quero ser queixinhas. Nunca. Jamais. Mas as verdades têm de ser ditas. E pois que o animal veio passar um boa temporada a Londres. E claro que a Muito Pipi, como irmã dedicada, amorosa e inigualável, focou toda a atenção na cria de sapinho que dizem ser sua irmã. 
Voltei hoje, para uma breve mas doce partilha. Sai mais uma humilhante história das aventuras da Muito Pipi pelo mundo.
Num passeio pela adorável Liberty, decidi apresentar Roberta ao maravilhoso mundo das fragrâncias Le Labo. No meio das embalagens minimalistas, uma em particular, e a minha favorita: Figue 15.
E pois que sprayzei um papelinho, pois que me enchi de perfume e é até possível que, inadvertidamente, tenha borrifado a cara e o cabelo da minha querida irmã. Festival de figo iniciado, fui para casa, cheirando vezes e vezes sem conta o meu corpo (hum...) para me certificar que valia a pena integrar esta fruta na minha  restrita colecção perfumante. 

No meio do entusiasmo decidi verificar o preço do amiguinho. Mas... onde estava ele? Não aparecia no site, não havia como o encontrar nas minhas procurar googlescas. Oh não!!!!! Teria ele sido exterminado, como tantos outros antes (história de terror aqui)? Nãããããõoooooooo!
Minutos mais tarde foi a hora do medo sair de cena para permitir a entrada do novo protagonista. O constrangimento. E pois que parece que o Figue 15 existe. Está vivo. Está bem. Recomenda-se. Simplesmente não é um perfume para o corpo. Não meus queridos, o mais recente desejo de consumo da Muito Pipi é nada mais nada menos do que um perfume para a casa, qual ambientador luxuoso a soltar fruta doce e refrescante pelos lares do mundo.
Posto isto, e antes que se preocupem: a minha pele está bem! Tão bem que me questiono quão estranho (leia-se chocante, triste e ridículo) seria iniciar uma figueira neste corpo que é meu. Hum... Muito? Pouco? Nada? Nadaaaaaa!!!!!

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Favoritões - Parte 2

Continuando a prometida e demorada lista de amados do momento (iniciada aqui), deixo-vos agora, esparramados que nem lagartixas ao sol, os restantes queridos:
- Stick Labial Coco (Dermophil Indien) - Comprei este queridinho no sempre amigo Cocooncenter, depois de ter ouvido as melhores coisas acerca da marca. Cheira super bem, hidrata muito e custa pouco (3.7€). Um total amor de Verão que acredito que vá arrastar-se pelo Outono e pelo Inverno, de preferência com novas aquisições familiares. 
- Secret de Maquilleurs Éclait du Regard (Embryolisse) - Este é um daqueles desnecessários sem os quais uma pessoa deixa de conseguir viver (#malucagem). O que isto refresca tudo o que é pele à volta dos olhos... Ohhhhhhhhhhh! Alegria, amor e carinho eternos. Não acho que hidrate como manda a lei. E não sei até que ponto alisa o que quer que seja. Mas é tão fantasticamente viciante que não há como lhe negar um contacto mais íntimo todas as manhãs. Como que em jeito de preparação para a festa de produtos que virá a seguir. Problema: por ser em stick, a dada altura deixa de ser possível esfregar o material nos olhos. Porquê? Estão a ver como no fim dos batons uma pessoa tem de enfiar o dedinho na base interna para conseguir alcançar o produto que por lá ainda se encontra? Aqui acontece exactamente o mesmo. A questão é que esfregar o material nos dedos e depois nos olhos não tem o mesmo efeito que passar a coisa directamente na carinha. Compreendo e respeito o design, mas choro por dentro quando deixo de conseguir dar-lhe forte com a embalagem (que custa uns 12.50 euros).
- Instant Radiance Highlighter(Nº7) - Estou viciadona neste iluminador. Na altura em que apareceram os sticks de contorno da Clinique, deparei-me com esta belezura e apaixonei-me. Fofuras londrinas e visitantes, vocês metam as mãos nisto. É bom. Mas bom. Mas boooooommmm! Por 9.95 libras, esta doçura reluzente merece com toda a certeza um lugar de destaque na minha vida. Até porque desde que entrou cá em casa tem sido usado e abusado seriamente. De aplicação simples e com uma cor que funciona muito bem para mim (alerta branquinhas do mundo!), esta foi sem dúvida uma das melhores descobertas dos últimos meses.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Favoritões - parte 1

Inaugurando um novo estilo neste (quase) abandonado estaminé, A Muito Pipi brinda-vos hoje com uma listinha de queridos, amados e abusados do momento.
Em homenagem à minha querida Roberta (que podem conhecer virtualmente aqui e ali), decidi dividir esta partilha em duas partes. Não fosse a minha doce irmã tentar esquivar-se à leitura das maravilhosas linhas que se seguem.
Espelho meu, espelho meu, quem são os produtos com os quais a Muito Pipi endoideceu?
 
- Curl Conscious Defining Creme for fine curls (Bumble and bumble) - Este produto é de um nível muito muito bom. Em particular quando tudo o que querem na vida é ter um amigo que ajude a definir caracóis, mantendo o volume e a forma dos ditos cujos até à lavagem seguinte. Sem rigidez, sem sensações colantes, sem pesar. O preço (cerca de 30€) não é o mais amigo, mas pela qualidade e quantidade de produto, vale muito a pena.
- Lemon Butter Cuticle Cream (Burt's Bees) - Esta coisa do bem, que já foi referida rapidamente por aqui, tem andado na minha mala desde que vim para Londres. Com um cheiro cítrico bem simpático, esta pastinha amarela trata das cutículas como manda a lei. Mais uma vez não se pode dizer que seja a mais barata das coisas do mundo (8 euros por 17g) mas é dinheiro que atiro alegremente para cima de qualquer item que cumpra tão bem o seu propósito como esta fofura.
- Gel de Duche de Figo (Korres) - Amantes de figos, corram para isto! O meu lema é: com figos vale tudo. Fincar-lhes os dentes, esfregá-los no corpo, tomar banho com eles, usá-los para perfumar a casa. Tudo! Se têm algum tipo de desejo de intimidade com figalhada, vocês ponham as vossas mãos e os vossos corpos neste gel sensacional. E sim, também não é baratão (£8 - 250ml), mas é absolutamente delicioso!
- Olive Virgin Oil Swabs (DHC) - Comprados numa visita Londrina há algum tempo atrás, estes cotonetes nunca mais faltaram cá em casa, em particular na hora de tirar restos maquiantes. Toda a história de amor aqui.
 

No próximo episódio "Favoritões - parte 2", com a ilustre presença de Dermophil Indien, Nº7 e Embryolisse.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Petit, I love you!

A Muito Pipi esperava ansiosamente pelo entrada da colecção da Júlia Petit no site da MAC. O plano incluía rapinar dois dos batons e o blush. E pois que aguardei. E pois que a dita cuja chegou. E pois que me devo ter distraído porque quando me apercebi tudo o que eu queria já estava esgotado. Nããããããããããõooooooooooooo! Maldição! Mas como? Como?! 
Desanimada, mas cheia de vontade, joguei-me para dentro da Harvey Nichols. E eis que, num espacinho perto de uma das portas, encontrei a Júlia. Linda e maravilhosa, sentada nuns nenúfares, com o seu cabelo volumoso e vestido transparente. Pequeniiiina, mas quase quase de carne e osso. A emoção foi tal que não consegui conter um guinchinho de entusiasmo. E pois que corri para encontrar os meus objectos de desejo e pois que, alegria das alegrias, consegui tudo o que desejava.
Depois de vários dias a usar intensivamente os batons e o blush (que é como quem diz uma vez ao dia), posso agora afirmar aquilo que já previa: a colecção Petit está mesmo um poder! Embora seja fã da MAC, a verdade é que as embalagens não me costumam deixar louca. Já as da Júlia, não fugindo muito ao habitual, têm pequenos toques que me encantaram. A cor das letras, o brilho do preto. Amor amor amor! E as cores? Oh, as cores!
O blush, carinhosamente conhecido como Linda, é muito maravilhoso. É este o poder das explicações profissionais. Não sei bem como descrever a cor (talvez um bege/coral/pêssego com brilhos dourados quase imperceptíveis), mas posso atestar o seu poder pintante. Na verdade eu sou uma branquinha à séria, portanto por norma não me queixo grandemente da capacidade dos produtos para largar cor em mim. Mas neste caso a pigmentação é forte de facto.
O Petite Red, um batom vermelho, cujo nome homenageia o pai da ruiva maravilha, foi outro tiro certeiro. Bom, descrever cores é sempre uma aventura. Até porque as pessoas percepcionam os tons de forma diferente. Mas para mim ele tem sem dúvida um toque rosado. Segundo a própria da Júlia, esta cor já existiu outrora, em forma de lápis retráctil. Abençoada seja pois a recriação do bicho, que isto é cor potente.
No estilo suave, lábios gostosamente naturais, o Boca é o senhor. Confesso que não sou uma mega fã de nudalhadas. Por isso mesmo achei que podia ser giro dar uma oportunidade a uma criação da inspirada (e inspiradora) Júlia. E ainda bem fofuras! Este está a transformar-se rapidamente num queridinho, em particular em dias de maior elaboração maquiante.
A fórmula de ambos os batons é algo meio mate. Na aplicação parecem cremosos e deslizam bem, mas depois de secos ficam sem brilho. São fáceis de aplicar e mantém-se bem nos lábios.
Seguindo os conselhos da Coisas & Cenas, importa dizer que, usando o Boca num dia de almoço indiano super gorduroso, a coisa correu bem. Reapliquei-o depois de ter comido tudo aquilo a que tinha direito (e passadas umas 4 horas do primeiro contacto com o dito cujo) e nessa altura ainda havia uma mancha bonita de batom. Já o Petite Red foi posto à prova num dia de sushi e portou-se igualmente que nem um bom menino. A minha boca não é muito grande, pelo que quando há comida volumosa envolvida é praticamente impossível evitar um forte roçanço alimentar nos lábios. Ainda assim, o vermelhinho rosado manteve a sua gostosidade, com uns ligeiros arrancamentos no centro dos lábios. Ou seja, não são de super longa duração, mas também não desaparecem da boca sem uma pessoa saber como nem porquê.
De resto, devo dizer que na MAC meti as minha mãos em tudo o que havia da Júlia. Claramente não veio tudo comigo para casa, mas a verdade é que mesmo as coisas que não trouxe deixaram saudades. Mais uma razão para voltar à Harvey Nichols. Ou a qualquer MAC. Senhores da marca americana, por favor guardem-me os restos!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Dior reciclado

Há quase um ano atrás (aqui), a Muito Pipi chorava o desaparecimento de um dos seus perfumes favoritos e partilhava o nascimento de uma nova fragrância, numa altura em que ainda não era claro o rumo que a relação com o Miss Dior Blooming Bouquet iria tomar.
Hoje, muitas borrifadelas depois, posso dizer que eu e ele estamos juntos para o que der e vier. Em particular se a Dior não lhe der sumiço e se não vier uma nave espacial cheia de marcianos sugar uma por uma todas as embalagens do dito cujo. Oremos irmãos e esperemos pelo melhor!
Repetição importante: o primeiro post em que falei do Blooming Bouquet tem quase um ano de vida. Guardem esta informação com carinho, por favor!
Há cerca de de duas semanas atrás, ia esta consumista Muito Pipi que vos escreve a passear alegremente por uma gigantesca Boots londrina quando, muito ao estilo "Oasis for men" (como ilustra a imagem Modern Familiana), foi atacada por um senhor de perfume em riste. "Quer experimentar o novo Dior?"
"Siiiimmmmm!"
Mas afinal não. Aquela não era uma novidade vinda directamente do paraíso da perfumaria francesa. Não! Não! Mil vezes não! Aquele era o Miss Dior Blooming Bouquet. Maravilhoso, cheiroso e amoroso, mas não novo.
De uma maneira educada e simpática, expliquei: "Eu já tenho. E adoro!"
A resposta foi curta, grossa (em português de Portugal e do Brasil) e inesperada, servida numa bandeja pintada com o rígido pincel do desdém: "Ah que bom! É a primeira pessoa a tê-lo!".
Chocada que fiquei, parei para pensar. Estaria eu a confundir? Poderia aquela ser uma nova versão, ultra fantástica, jorrada para dentro de uma embalagem reciclada? Estaria eu a entrar no mundo da loucura perfumante e a ver em todos os perfumes o meu amado? "Bom... talvez esteja enganada. Mostre-mo então outra vez, por favor." Tudo calmo, tudo tranquilo, tudo simpático. Mas não havia como negar. Aquele era mesmo o perfume que eu julgava ser. Explicada a certeza ao vendedor, a reacção não se fez tardar: "Que bom para si!"
Verdadeiramente incomodada, mas não sem antes explicar ao dominador das datas de nascimento dos produtos perfumantes da Dior que aquele amiguinho já andava à solta há bem mais de 6 meses, dirigi-me para a caixa. Mais do que a falta de educação do vendedor, intrigava-me a certeza expressa nas palavras.
Hum... estaria ele a tentar ludibriar pobres compradores, prontos a ajoelhar-se aos seus pés perante a possibilidade de conhecer uma nova criação da Dior? Teria ele próprio sido ludibriado por um supervisor diabólico, desejoso de ver o seu colaborador humilhado e atirado para a sarjeta perfumante mais próxima? Ou, loucura das locuras, seria Portugal uma meca da perfumaria, por onde todos os produtos passavam antes de serem lançados em Londres? Tantas questões!
Na dúvida, fixem a embalagem acima! A rosadinha fechada com um laço prateado. E não! Este não é o novo perfume da Dior.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Pushing up

Passageira tardia no comboio do amor a certos produtos, a Muito Pipi mantém-se igual a si mesma. Vários meses depois de ouvir e ler juras de fidelidade ao delineador da Benefit, o They're Real! push-up, eis que só agora o pretinho fofinho entrou neste lar londrino de onde vos escrevo.
E por falar em lar londrino, ai meus queridos! Preciso muito de partilhar o horror dos horrores que é procurar (e encontrar!) casa nesta cidade. O que há de espelunca caríssima, de bairro vagabundo e de pormenores escaldantemente inesperados (estou a falar contigo prédio sem luz, com corrimão abanador e janelas partidas!) é uma alegria. Posto isto, está decidido! Muito brevemente sairá para o mundo um blog dedicado a aventuras londrinas. Há muita coisa que tem de ser contada. Muita coisa de beleza com certeza. Mas igualmente muita coisa de outras áreas de interesse. Mais pormenores para breve!
Regressando à Benefit e ao material. Confesso que não sei até que ponto isto é produto para mudar a vida de uma pessoa que domine tudo o que é delineação. Eu não sou claramente um desses seres e é sem pudores que partilho publicamente a minha entrada no comboio de amor a este queridinho. Acho que o facto de ser um produto em gel, jorrado através de uma borrachinha com um corte esplendoroso, torna este delineador numa pequena maravilha. É fácil de controlar, seca bem e mantém-se no lugar o dia todo. Bem... na verdade todo todo não sei, que eu costumo envolver-me com ele entre a tarde e a noite. E como não permito entrada de maquiagem no meu leito de amor, invariavelmente livro-me do delineador antes de dormir. Ainda assim, pela amostra que tenho tido, acredito que ele se porte igualmente bem quando envolvido em relações mais duradouras.
Resumo dos resumos: ide, ide e comprai fofuras, em particular se temem delineadores, se já se viram violentamente borrados na vida (quem nunca?) e se apreciam o formato caneta. Podia até dizer que não há como enganar. Mas na verdade, mesmo com um delienador amigável como este, continua a ser preciso treinar e experimentar. Portanto borrem, borrem toda uma pálpebra (ou duas... só por uma questão de simetria) com este fofinho.
Quanto a preços, não faço ideia de que loucuras se praticam em Portugal mas o meu, rapinado numa Boots, rondou as 19 libras.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Entre falta de internet e frio

Fofuras deste mundo, seres doces e pacientes que têm esperado por mim, voltei! Não prometo é que seja por muito tempo.
A Muito Pipi mudou de casa e deixou para trás toda uma vida de alegria com internet da boa, todo o dia a toda a hora. Daqui a pouco tempo deverei ter o meu domicílio totalmente equipado com o que Londres tem para oferecer mas até lá, e enquanto a coisa não arranca, resta-me agarrar momentos de Wi-Fi amigo para partilhar umas imagens e escrever umas palavras do bem. Têm sido mais imagens do que palavras, bem sei. Mas hoje será diferente! 
Ora bem, a cidade de Londres não era propriamente desconhecida para mim. Muito menos o seu simpático e refrescante inverno. Mas meus queridos, nada me podia preparar para a violação que a pele sofre aqui!
Uma pessoa pensa que domina o mundo da beleza. E vem toda pronta, com um manancial de produtos, de técnicas e de ideias infalíveis para resistir ao frio que, no fundo no fundo, nem espera que seja assim tão chocante. Como em qualquer história de terror os primeiros dias correram bem. Pele impecável (eliminadas que estão borbulhas vagabundas do mal!), cabelo bem comportado, corpo quente e protegido. Mas de repente, vá-se lá saber como ou porquê, a loucura desceu à cidade e cravou as suas geladas garras pontiagudas em mim. Uma festa de secura nasal e de orelhas de onde voam com o vento peles e mais peles, como se de infitas peles soltas fossem formadas. E aí uma pessoa inspira e saca das grandes armas: super hidratantes e lã! E besunta-se. E enrola-se toda. E segue o seu caminho. E nisto o pescoço começa a ficar com comichão. E a pessoa coça. E coça mais um pouco. E quando chega a casa é brindada com a maravilhosa oportunidade de se ver ao espelho e de perceber que, onde antes havia um caminho para o rosto, descansa agora uma planície de irritação, vermelhidão e destruição!
Aterrorizada que estava com a possibilidade do horror se estender à zona labial, corri para agarrar um dos melhores hidratantes de sempre: Rêve de Miel (já falado aqui)!
Pois é meus queridos, muito material vai e vem, mas este fofinho permanece. E até pode não morar sempre na mesma casa que eu. Mas nunca abandona o meu coração! É que isto é coisa grossa, forte e profunda. Daquelas que salvam bocas por este mundo fora. E se a coisa funcionava mais que bem em Portugal, posso confirmar que em Londres a minha admiração segue firme.
Imagino que alguns conhecedores deste bálsamo possam estar a achar a embalagem que figura acima um bocado fajuta. Mas não! Este não é um caso de pirataria cosmética. Não não! O caso é outro: edição comemorativa e, permitam-me, super fofa!
Foi com com toda a alegria que, numa farmácia perto de casa (daquelas que vendem Bioderma, Nuxe e coisas que tais) me deparei com isto.
Bem... na verdade não foi com esta torre a fazer lembrar uma escadaria de bolinhos magnificamente recheados que me deparei. Teria sido bom. Teria sido bonito. Mas não! No meu caso havia embalagens com diferentes cores espalhadas pelo balcão. Não tão bonito, mas igualmente bom!
E claro, agarrei logo a versão cor de rosa, ou não fosse eu a pobre louca da "cor das meninas".
Por aqui estas simpáticas surpresas custam 9.5 libras. E... quero todas!

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Células mortas? Ou uma sobremesa deliciosa?

A Muito Pipi tem andado fugida. De tal forma que qualquer dia este blog vai ser obrigado a mudar de nome, para "Um Blog Muito Morto". Antes que isso acontença, e porque acredito nos meus poderes reanimadores, desçamos juntos às profunduras da beleza alimentar.
Não meus queridos, esta não vai ser um incursão pelo mundo da nutrição. Não! Por estes lados fala-se de material de beleza comestível. Um pouco ao estilo Nara, aquela maravilhosa invenção das televendas, que prometia depilar e alimentar Portugal. Alguém se lembra? Alguém usou? Alguém comeu? Com pêlos? Sem pêlos? Partilhai, por favor partilhai as vossas histórias (aqui, a prova de que a Muito Pipi não é a única a lembrar-se deste diamante bruto das noites de insónia).
Há algum tempo atrás, Hamburguer (uma das melhores amigas desta pessoa que vos escreve) partilhou comigo, entusiasmada pela sua mais recente descoberta, todo um mundo de pormenores super especiais acerca de uma tal de LUSH, uma marca aparentemente focada no respeito pelos animais e na comercialização de produtos fresquinhos e fofos. Mais: decidida a soltar o vício em mim, a mistura humana de pão, alface e carne, tomou a iniciativa de me brindar (como prova a imagem instagramal) com todo um cabaz de excitantes produtos da marca inglesa. Cada um mais giro que o anterior, cada um mais criativo do que qualquer coisa que eu pudesse realmente imaginar.
De todas as ofertas, uma em particular captou a minha atenção. Bubblegum! Um exfoliante labial com cheirinho (e saborzinho) a... pastilha elástica, pois claro!
Fofuras, exfoliar com este material é uma festa. Um convívio belezístico com direito a cocktail. Um mar doce de sal cor-de-rosa. Uma maneira de manter tudo em movimento para as pessoas com pouco tempo. Porquê? Embeleza e alimenta. Um dois em um como não há igual. Depois de massajar os lábios com esta pastinha rosa, nada de lhes atirar água para cima. Não! É sacar essas línguas para fora e lamber tudo bem lambido, que foi para isso que isto foi feito. "Ah, Muito Pipi, não acho muito bem estar a lamber células mortas e a comer exfoliante!" Se não acha, claramento é porque nunca aqui meteu a boca.
Eu, a outrara nada ligada a exfoliantes labiais, dou por mim, antes de lavar os dentes, a pensar: "Apetece-me qualquer coisa doce!". E é sem qualquer vergonha que me vejo obrigada a confessar que, por mais do que uma vez, passei o dedinho indicador no exfoliante e levei-o à boca. Ao interior mesmo! E sim, ignorei a paragem labial óbvia. E sim, gostei muito! E sim, vou continuar! Lamberei Bubblegum até que a língua me doa. Que os lábios me caiam. Que os dentes se revoltem. Que não haja 7.25 euros para comprar um potinho.
Bubblegum: por um snack no WC!


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O camaleão da Dior


Perdoem pelo comboio de fotografias que se segue, mas há produtos que merecem ser mostrados loucamente sem medo de cair na obsessão.
Linhas suaves de delicadeza surpreendente e uma cor simplesmente bela, aliada a um relevo encantador, fazem do blush Rosy Glow da Dior um caso de amor Muito Pipizal.
Vejam quão absolutamente maravilhosa é esta embalagem. Um misto de prata e transparência. Brilho e subtileza. Oh (muitos corações!), haja bom gosto. Haja simplicidade. Haja leveza.
Não há como negar que o que motivou a compra da caixinha maquiante foi a embalagem. Ah... e também o preço. Não, a Muito Pipi não é uma insana que só compra coisas caras. Fofuras do mundo, esta pequena maravilha foi adquirida num momento "promoção louca". Posto isto, quem seria capaz de a abandonar numa prateleira iluminada? Que ser vil e cruel negaria um lar a esta pequena sensualona francesa? Eu não. Eu não. Claramente eu não!
A Dior diz que o Rosy Glow, numa dança única de envolvimento com a pele, é capaz de transformar a sua cor de forma a favorecer a pessoa que o está a usar, qual camaleão bochechal. Na verdade não posso confirmar se diferentes pessoas causam diferentes reacções blushísticas. Até agora só eu tive o prazer de o espalhar pela carinha (não toda, calma!). Ainda assim, posso dizer que isto é material do bom. E do bem! Do bem diabolicamente pensado para apatetar os amantes de coisas embelezadoras, mas ainda assim do bem.
O pó, temido por muitas meninas e meninos de pele seca, é muito bom e nada rapinador de humidades amigas. Aguardo para ver como se vai comportar este réptil dinâmico no Inverno, mas acredito que vá manter o (recentemente conquistado) posto de super favorito bochechal. 
Para já o único problema é a saudade antecipada das letras em relevo. Bem sei que vão sair. Bem sei que foram feitas para isso. Mas porquê???? Porque não pode uma pessoa usar sem gastar?

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Cabelo amanteigado

Olá, eu sou a Muito Pipi e sou uma manteigodependente.
Tudo começou em Julho quando comprei uns produtos novos. De lá para cá tenho experienciado uma forte adicção e não sei como avançar com a minha vida. Só penso em manteiga. Sonho com manteiga. Quero passar o dia a massajar-me com a manteiga. Só de imaginar a minha vida sem ela sinto o meu cabelo a embrulhar-se num novelo sem fim. Não sei o que fazer! Temo que esta dependência arruine a minha vida, entupa a minha banheira e acabe com as minhas poupanças. Os responsáveis? Os demónios da Rene Furterer, criadores da linha Karité. Acho sinceramente que esta gente devia ser punida. Não há ninguém que acabe com esta pouca vergonha?!
Confesso ainda só ter testado a máscara, o creme leave-in e o sérum reparador, mas temo! Temo muito meus caros. Temo pela minha segurança caso surja alguma oportunidade de mergulhar o cabelo nos restantes produtos desta linha.
O que será de mim? Como poderei continuar a viver? A vestir-me? A comer?!
O horror dos horrores começou com inocentemente sedutora Intense Nourishing Mask. Olhei para ela e pensei: "Que mal pode uma manteiguinha com coisinhas escuras fazer?" Muito! A embalagem é uma belezura. O cheiro é absolutamente irresistível. A textura é maravilhosa. Posto isto pergunto: Como pode uma pessoa evitar passar horas e horas debaixo de água a brincar com o cabelo recém mascarado? Como? Ohhhhhhhhhhhhhhhhh. Dureza das durezas! Mas o pior, o pior acontece quando chega a altura de retirar a máscara. Ohhhhhhhhhh (de novo)! Como dói deixá-la ir assim, cano abaixo, quando desejo secretamente mantê-la sempre comigo, num emporcalhamento capilar sem fim.
Quanto aos leave-in (o Nourishing Cream e o Repairing Serum), apetece tomar banho com eles.Não juntos num mesmo compartimento. Não não. Jorrá-los para cima mesmo! Mas não, aparentemente não é possível. Dizem os malfeitores da marca que basta uma pequena quantidade. E mesmo eu, cabeludona da vida com jubona abaixo da peitaça, vejo-me obrigada a não usar mais do que o equivalente a uma colher de chá do creme e dois pumps do sérum. Resultado: cabelo controlado, macio e cheiroso e várias horas do dia passadas num agarra e cheira capilar. Huuuummmmmmm! Delicioso! Hummmmm! Assustador!
Conselho final para os destemidos: caso queiram abraçar a vida do vício, vale muito a pena espreitar a marca no simpático, carinhoso e inesperadamente barato Cocoon Center. Não sei quanto custa este misto de emoções em Portugal, mas eu comprei 200ml de máscara (que bonito!) e 30 ml de creme por menos de 30 euros na lojinha online. "Ah, e o sérum?" O sérum foi oferta. Tudo para agarrar uma pessoa, para potenciar a dependência. "Ah, tome lá Sra Dona Muito Pipi, um produtinho maravilha totalmente grátis!". Muito obrigada demónio! Muito obrigada por transformar a minha vida num infinito inferno de dependência perfumada e sedosa.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

A terra prometida

A lua brilha lá fora. O calor abafa uma pessoa. O tempo convida a actividades veranis e refrescantes. Porque Um Blog Muito Pipi gosta de vos dar tudo aquilo de que precisam para atingir a felicidade eterna, hoje o foco vai ser atirado para cima de... descontos! Dos bons. Dos fortes. Daqueles que fazem as almas sedentas de beleza salivar de desejo. Daqueles que podem retirar das nossas costas 60% do valor inicial de um produto. Oh yes! Onde? Na Perfumes & Companhia!
Ontem, via Facebook, partilhei a versão (mais ou menos!) embalada desta fotografia. Fofuras minhas, o que veem mais não é do que o resultado de uma semana de intenso trabalho comprístico. Mal tenho tido tempo para descansar, tal tem sido a azáfama.
Para apoiar meninas e meninos desavisados e desconhecedores do festival de emoção que decorre duas vezes por ano na Perfumes & Companhia, aqui vos deixo um elaboradíssimo, envolvente e por demais útil "Guia monetariamente mortal para compras felizes". Aqui vão 8 dicas do bem para o afundanço geral:
1. Esperar o inesperado - Fofuras, uma pessoa acredita na uniformidade de preços e de descontos dentro de uma cadeia de lojas. Erro! Entre a saída de um estaminé e a entrada noutro tudo pode mudar. Produtos disponíveis, descontos aplicados, variedade de cores. É de levar um ser humano à loucura! A título de exemplo: na imagem acima figura o blush Rosy Glow da Dior, compradinho por metade do preço habitual. Tudo lindo, tudo maravilhoso, tudo emocionante. Mas não tanto como a descoberta que fiz uns dias depois de o ter adquirido. Então não é que noutra loja da Perfumes & Companhia o mesmo fofinho mantém o seu preço de sempre? Horror dos horrores (e orgulho dos orgulhos por o ter conseguido rapinar no sítio certo!).
2. Viajar, viajar, viajar - Esta podia bem ser a parte b da primeira dica. Não digo que seja necessário calcorrear todas as lojas da Perfumes & Companhia do país (hum...). Mas se viverem numa zona com mais do que um estabelecimento da marca, vale super a pena fazer uma ronda de reconhecimento. Acreditem, nunca se sabe de onde podem saltar as melhores e maiores jóias maquiantes.
3. Aceitar o aparente desinteresse dos outros - Estranhamente, pelo menos na zona onde vivo, as prateleiras carregadinhas de pequenas maravilhas não parecem entusiasmar muita gente. Estarão as pessoas a viver no desconhecimento, qual Muito Pipi antes de Dezembro de 2013? Será que desconfiam da qualidade e, quiçá, da proveniência dos produtos em promoção? Sentir-se-ão ultrajados com a redução de preço das marcas caras? Estarão a viver um momento de total descapitalização? Tantas questões. Nenhuma resposta.
Qualquer que seja a verdade, na realidade pouco importa. Mais sobra (se bem que encontrar uma situação semelhantee à da imagem poderia ser profundamente enriquecedor)!
4. Ser paciente e dar tempo ao tempo - Os descontos são uma emoção! Em bom, porque claramente comprar coisas a metade do preço é sempre excitante e em mau, porque a organização não costuma abundar na zona saldística. Na realidade, as prateleiras dedicadas às maravilhas (mais) baratas têm por norma um toque de caos, que pouco ou nada se deve à passagem descontrolada de centenas de mãos frenéticas, em busca do batom perfeito. A questão é que, em vez de belos expositores cheios de testers, há toda uma amálgama de caixas empilhadas. Isto significa que é preciso mexer e remexer, investigar a fundo e, sobretudo, verificar embalagem a embalagem o preço. Diferentes cores, de uma mesma linha de uma mesma marca, podem apresentar descontos chocantemente distintos. 
5. Dedicar algum tempo a uma investigadela básica - Uma coisa que eu tenho sentido que ajuda no momento do estrafego que é a visita aos saldos é (supondo que uma pessoa não quer estar muito tempo em poses estranhas, atarrachada qual lapa a uma prateleira) pesquisar um pouquinho antes. Passear pela internet, dar uma vista de olhos em sites cheios de imagens de produtos (como o Temptalia e o KarlaSugar), conhecer melhor as marcas que mais vos interessam, ler opiniões sobre coisinhas que captaram a vossa atenção e fazer uma listinha de interesses especiais pode facilitar em muito a vida de um comprador em tempo de descontos.
6. Não sair de casa sem um aparelho com ligação à internet - Em particular se não tiverem tempo e/ou paciência para o conselho anterior, acreditem que uma pesquisa móvel em plena loja pode ajudar a tomar grandes decisões. Sim sim, meus queridos. É que a quantidade de produtos é grande, mas os testers nem sempre abundam. Porquê? Entre outras razões, parece que em vez de aproveitar as promoções, o pessoal usa a época de descontos para rapinar o material que deveria ajudar quem quer comprar as coisinhas. E pergunto eu: "Mas porquê?" Quem é o ser higienicamente alienado que quer usar nos lábios um batom que, para além de ter passado horas a fio aberto num local cheio de luzes, pode ainda ter percorrido os lábios, dentes, rosto e (quem sabe que mais partes do) corpo de meia cidade? Eu não!
7. Chatear sem medos - Nem sempre há amostras. As embalagens estão seladas. Uma pessoa não conhece todas as cores que as marcas inventaram até hoje. Nem sempre a pesquisa virtual consegue responder a todas as nossas questões. Por isso, fofuras minhas, na dúvida peçam a um dos vendedores que tenha a bondade de abrir as embalagens que vos interessam. Afinal, uma pessoa precisa de condições para fazer um bom trabalho!
7. Espreitar com atenção perfumes e cremalhada - Não só de maquiagem vive um indivíduo, não é verdade? A Perfumes & Companhia sabe! A variedade pode não ser enorme, mas mesmo assim vale sempre a pena uma visitinha à secção não maquilhística. Nem que seja para ouvir a indignação sonora de um rapaz que, perturbadíssimo, se recusava a acreditar que um BB cream de olhos da Dior pudesse custar 20 euros. "20 euros? Está tudo parvo?", disse ele horrorizado. Ao que eu respondi, interiormente claro, "Haja respeito... isto é Dior!"
8. Guardar a carteira no fundo mais profundo da mala - Um grande problema neste mundo de descontos é o carteirismo. De um tipo especial, mas ainda assim inegavelmente uma forma de carteirismo. Aqui os larápios não são profissionais de mãos leves. Não! São amadores de consciência pesada cuja alma grita "fiquem-me com tudo!". Meus queridos, se há em vós uma paixão por produtos de beleza, vai chegar inevitavelmente o momento em que, de cestinho dourado cheio, vão querer entregar todos os vossos bens (e roubar mais alguns) para poder pagar tudo. Se, e quando chegarem a esse estado, aconselho inspiração, expiração, reflexão e, em último caso, forte poder de selecção.
E agora vão... vão em busca da terra prometida! Boas compras!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Nuxe: protectora perfumadora

Fofuras do mundo, habitantes deste local ensolarado, cheio de luzes prontas a queimar o nosso corpo e a derreter a nossa alma sedenta de juventude, a Muito Pipi tem uma nova paixão protectora.
A facilidade com que me entrego a produtos é conhecida. No fundo não sou mais do que uma coelhinha saltitante que se deixa alegremente levar nas garras cheirosas e embelezadoras de aves de rapina cosméticas. Mas não se iludam! Deixar-me seduzir com facilidade não significa envolver-me em relações amorosas duradouras, nem tão pouco apaixonadas com qualquer bonitinho lançador de charme. Sobretudo quando o assunto são protectores solares.
Nesta área, e depois de anos de produtos escolhidos pela família, o primeiro amor  protector chegou a mim através da Roche Posay, que me encantou com a sua abundância de fluidos. Muito tempo depois, entrou na minha vida uma pequenina e cheirosinha arma da Chanel. E até há bem pouco tempo foi isto. Mas agora, agora meus fofos, agora tudo mudou! Agora dou por mim entusiasmada com a chegada do momento de defender este corpo do sol. A razão? Vício perfumante minha gente. Só e apenas vício perfumante.
Queridos e queridas deste mundo, o responsável por esta apetitosa adição é o Delicious Lotion For Face and Body (High Protection SPF 30), da Nuxe.
Haja pele para jorrar esta maravilha para cima! Oh sim! É que para além de um cheiro indescritivelmente bom (algo da família olfactiva do Huile Prodigieuse), o líquido branco tem uma textura magnífica. Muito ao estilo de um fresco e delicado hidratante corporal. Ohhhhhhhhhh! Loucura das loucuras, amor dos amores.
 A marca diz que pode ser usado em tudo quanto esteja de fora. A Muito Pipi teme e opta por afastar o rosto da loção deliciosa. Não que ela seja assustadora, nada disso. Simplesmente prefiro produtos pensados especificamente para a pele do rosto. Ainda assim, acredito que muitos de vós possam ser felizes com este queridinho por todo o lado, em particular se não tiverem pele sensível e se não forem uns cocós como eu.
Melhor: os aterrorizados da vida com a possibilidade de efeitos fantasmagóricos podem descansar e suspirar de alívio. Não há qualquer esbranquiçamento da pele. Só um brilho subtil, delicado e perfumado.
E perguntam vós, curiosos sedentos de informação: "Onde se vende em Portugal?" Boa pergunta. O meu veio por 17.50 euros do maravilhoso Cocoon Center, uma farmácia online que conheci através do viciante blog Coisas& Cenas.
E com isto me despeço, com um caloroso até amanhã! Sim... que a Muito Pipi pode andar num compasso de escrita caracolento, mas esta semana tudo vai mudar. 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Chorando por dentro... suando por fora

(Aviso à leitura: o post de hoje serve pura e exclusivamente para efeitos queixosos. Se não deseja ouvir lamentos hiperbólicos fuja. Corra! Afaste-se daqui!)
Neste momento mais não sou do que uma pobre mulher, rebolando pela existência, numa eterna bola de neve de afastamento em relação aos bens essenciais à felicidade e ao conforto. Um farrapo de pessoa, vítima chorosa, injustamente atirada para fora da caixa de amor e segurança onde outrora vivi. Uma pobre louca, que tenta a todo o custo negar a realidade. Uma Muito Pipi muito pouco pipilante.
Há mais de um ano atrás, partilhei o horror que senti ao pensar que o meu desodorizante queridinho tinha sido descontinuado. Na altura, tudo terminou bem, consegui colocar-lhe as mãos em cima, esfregar as axilas com ele e respirar (e transpirar) de alívio. 
Agora, muito tempo depois, é com tristeza que me vejo obrigada a aceitar o inaceitável. O amor dos amores, ajudante em tempos de crise, Desodorizante em Creme para Peles Sensíveis e Depiladas, da Vichy, morreu.
Embora o site da marca insista na sua existência, a verdade é que o mundo farmacêutico grita o seu desaparecimento.  Tal como outrora, em tempos de dor e sofrimento devido à fuga do desejado Active C, a Muito Pipi volta a pedir: se alguém sabe do paradeiro deste amigo de todas as ocasiões, tenha a bondade de me auxiliar. E atenção fofuras: não se deixem enganar por uma embalagem semelhante que anda por aí. Ansiosa, corri muitas vezes para um produto que julguei ser o meu amado. Mas não. Era o Tratamento Antitranspirante 7 dias. Malvado engano! Dor das dores!
Muitas desilusões depois, é assim que, chorosa, ranhosa e quiçá suada, me despeço do meu amado Vichy. Adeus meu querido, adeus companheiro. Serás para sempre recordado com carinho. Em mim ficará para sempre o toque suavemente cremoso dos teus ingredientes. Dentro do meu armário de produtos haverá sempre um espaço para ti. Na minha conta bancária estarão sempre 10 euros guardados, em tua memória. Muitos podem vir. Mas como tu mais nenhum. Um bem haja e até sempre!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Mascarando

Uma coisa que eu percebi desde cedo foi quão perigoso é confiar amados fios de cabelo a cabeleireiros desconhecidos.
Meus queridos trabalhadores do sector capilar, infinito perdão vos peço. Bem sei quão violenta é a frase que inicia este post, mas quem já foi várias vezes ofendido por tesouras perdidas pelos trilhos pilosos de uma cabeça, sabe bem do que falo.
Não me entendam mal: há pelo mundo maravilhosos profissionais. Daqueles que ouvem e respeitam (ai sim, por favor!) os seus clientes. Que não nos levam o cabelo todo quando o pedido foi "um cortezinho pequenininho". E que não nos deixam sair do salão, aos 26 anos, com cara de velhota doente, resultado de uma descoloração que claramente passou do ponto. Daqueles que aconselham. Daqueles que sabem de facto o que fazem e que têm prazer em oferecer o melhor serviço possível. É graças a uma dessas pessoas que a Muito Pipi raramente usa condicionador.
Não. Não ando por aí a dar a dar com cabelo acabadinho de sair do champô, directamente para a realidade seca. Nada disso! Também não tenho absolutamente nada contra condicionadores. Antes pelo contrário. Simplesmente, e de forma geral, sinto que a peruca se comporta melhor quando interage com máscaras.
Cabelos finos, encaracolados e super longos (como são os meus) não costumam ser os mais hidratados ou comportados do mundo. Parece que o formato espiralado dificulta o escorregâncio do óleo para as pontas! Rezas, preces, danças da chuva... nada! O maldito não desce o suficiente. Mas com a Muito Pipi, se não vai a bem vai a mal! "Ai não queres descer, nojentinho indolente? Então também não preciso de ti!" E foi assim que as máscaras ganharam um lugar encantado na minha banheira.
Um pequeno (grande) desvio para alertar os utilizadores de máscaras capilares que habitam com outros seres humanos. Cuidado! Uma pessoa unta o cabelo com materiais potentes e, no meio desse estrafego, há todo um besuntamento colateral de banheiras.
Ditam bons hábitos de convivência que uma pessoa proceda à higienização do local onde se lavou, antes que outros para lá se enfiem. Mas há coisas meus queridos, há coisas que não vão pelo ralo abaixo com uma pequena chuveirada. Depois de muitas escorregadelas masculinas, a última das quais culminou com a aterragem de um pulso em cima de uma torneira, eu não poderia deixar de vos avisar. Se querem manter as vossas relações, e os corpos dos vossos mais do que tudo intactos, cuidado, muito cuidado! Se, por outro lado, são obrigados a conviver com pessoas que preferiam ver longe, então o meu conselho é: não limpem! Deixem que o vossa máscara faça o trabalho sujo!
No mundo após retirada do champô, uma das minhas super queridinhas Armadilhas de Satanás é a máscara Time Restore da Schwarzkopf.
Não deixem que a embalagem vos confunda fofuras. Apesar da marca indicar o uso desta linha em cabelos maduros e frágeis, a experiência diz-me que isto é material para fazer muitos encaracolados felizes! Em particular se fazem coisas malvadas aos vossos cabelos, seus diabinhos destruidores de crinas.
Eu conheci-a depois de uma terrível experiência de mudança de visual e a verdade é que revitalizou fios que estavam sedentos de ajuda. Sedentos tipo zombies a brotar do chão, de bracinhos ossudos levantados para o céu, tentando agarrar qualquer oportunidade para sobreviver. Assim estavam os meus amigos peludos, assim estava a minha alma, terrivelmente esfaqueada por uma cabeleireira do mal!
Confesso que não sei como se comporta em fios mais velhotes. Mas em novinhos louquinhos e enroladinhos, é do melhor! O resultado são cabelos com bom aspecto, com movimento, com volume e muito, muito, bem cheirosos! Tudo por menos de 20 euros.
 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Selfridges Rock!

Fofuras minhas, de Londres para Portugal, a Muito Pipi informa: a Selfridges está absolutamente espectacular!
Neste momento decorre o Beauty Project, todo um mundo de emoções cosméticas, maquiantes e perfumantes ao serviço de uma pessoa, toda uma loja focada na beleza e no debate de temas belezísticos, toda uma realidade de novidades saltitantes e entusiasmantes.
Neste conjunto de alegria, uma das minhas áreas favoritas é a secção dedicada a produtos mini. Pequeninas, baratinhas (umas mais do que outras, claro) e fofinhas, como pode alguém não adorar miniaturas? Marcas como Bumble & Bumble, Sepai, Molton Brown, Kiehl's, Origins, Clinique, MAC, Eyeko e DHC (uma total desconhecida para mim, que tem um produto maravilha do qual prometo falar ainda esta semana!) marcam presença por lá. E pois que é uma animação sem fim, em particular para os viajantes de serviço e para os amantes de tudo o que se apresenta em dimensões reduzidas.
Perguntam vocês, meninos preocupados com as loucuras desta Muito Pipi cidadã: "Mas porque razão decidiu ela, que ora aparece ora desaparece, incluir este post na secção Man Love?" Não temam! Do Beauty Project faz parte toda uma secção dedicada a vós! Sim, sim meninos! Toda uma Men's Shop, recheada de produtos especiais para barbear esses rostos, hidratar essas peles, desodorizar esses corpos e fazer brilhar esses cabelos.
Entre marcas super conhecidas e pequenas maravilhas criativas, há um poderoso universo de opções. Tudo muito interessante, excelentemente embalado e masculinamente apelativo. Ah... e mais. Também por lá se localiza um barbeiro para satisfazer todos os vossos caprichos capilares e barbeares (Hum...?).
O horror dos horrores? Ao que parece todo este deleite termina em breve. Muito em breve. Tão brevemente que parece que é amanhã mesmo. Drama dos dramas! 
Mas não chorem já, amantes das formosuras da vida. Uma das mais interessantes (e duradouras) partes do projecto de beleza da loja inglesa é um tal de Fragrance Lab, activo até ao dia 27 de Junho. Alegria! "E o que lá se faz, querida e doce Muito Pipi?" Perfumes! Lá de dentro saem perfumes personalizados, pensados para os clientes enquanto pessoas com desejos, ideias e personalidades muito específicas.
Segundo algumas das mentes criativas responsáveis pelo laboratório cheiroso, é importante repensar a forma como as vendas são feitas actualmente e dar às pessoas o que elas desejam, mesmo que esses desejos não sejam fáceis de articular verbalmente.
Muitas vezes uma pessoa consegue perceber se aprecia ou não um determinado cheiro e sabe que se sente confortável na presença de certos odores. Mas conseguirá a maioria de nós descrever eficazmente os seus desejos e anseios perfumantes? Ao que parece foi esta mesma dúvida que impulsionou o desenvolvimento do Fragrance Lab.
Supondo que diferentes preferências, comportamentos e personalidades se reflectem em atracções olfactivas muito particulares, os clientes são guiados numa experiência sensorial de reflexão acerca de si mesmos, que termina com a descoberta de uma essência cheirosa especial. Perfume entenda-se.
Diz quem já se submeteu à experiência que vale muito a pena. Da minha parte, desejo ardentemente ser avaliada pela Selfridges e ver brotar um cheiro só para mim.
Por favor Fragrance Lab, espera! Não vás embora antes do meu nariz poder entrar por ti a dentro!


segunda-feira, 12 de maio de 2014

KissKiss?

Depois de verificar que os posts deste blog se iniciam muitas vezes com "depois de...", eis que hoje não só respeito a tradição, como a triplico, num perturbador bis de palavras preferidas.
E assim, "depois de" ter partilhado acima a constatação do óbvio, eis que "depois de" já ter falado sobre primers aqui, venho hoje partilhar a minha tranquila relação de amor com um primer labial (e viva a repetição!).
Confesso que demorei a interessar-me verdadeiramente por este tipo de produto. Mas tudo mudou, num belo dia dedicado ao visionamento de vídeos, quando a escandalosamente fabulosa Julia Petit do Petiscos, falou com entusiasmo do Kiss Kiss Liplift Smoothing Lipstick Primer (ufa!) da Guerlain.(Momento pausa para adoração: que mulher mais maravilhosa! Divertida, criativa e sempre focada no público. Deliciosa! Estou evidentemente a viver um momento de super paixão lesbomaquilhística. Quem me pode censurar?)
Se la Julia fala dele, a Muito Pipi, como menina obediente que é, não poderia deixar de experimentar o batom bege, cheiroso e fino que a Guerlain promete ser capaz de preparar a bocarra para todo o estrafego que vem depois. Promete e cumpre. O KissKiss uniformiza, camufla a cor natural e ajuda a fixar o batom, como se fosse capaz de transformar o dito cujo numa sanguessuga sedenta de sangue. Bem... a parte da sanguessuga talvez seja algo exagerada, mas tudo o resto é a mais pura (e não hiperbolizada) das verdades.
Acho que uma das características que mais me fascina neste primer é o facto de ser capaz de dar uma apagadela boa na cor dos lábios. É que às vezes uma pessoa só quer ser feliz com a cor de batom que comprou. Uma pessoa só quer afastar lábios impertinentes do caminho e evitar um mix inesperado de cores. Claro que é sempre possível usar um outro apagador (base, corrector ou batom claro) para acalmar cores bocais mais rebeldes. Ainda assim, acho que não há nada como um produto feito a pensar nas necessidades de uma pessoa vítima de lábios não claros.
No meio de toda esta alegria, e para aumentar o poder de sedução do produto, os mefistofélicos (a Muito Pipi está a aprender palavras e ofensas novas) da Guerlain ainda decidiram espremer o primer para dentro de uma das mais belas embalagens que andam por aí. Dourada, comprida e super elegante, como pode uma pessoa negar-se a trazê-la para casa? Mesmo quando o charme cobra 30 euros por embalagem, a atracção fala mais alto.
"Carne fraca", diriam alguns. "Necessidades básicas", argumentaria eu.