domingo, 31 de março de 2013

Wake Up Call para as mulheres malvadas

Porque num Blog Muito Pipi não se defende a ideia de que todos os homens são uns porcos, brindo-vos hoje com uma comovente (e fogosa) hitória de amor. Cinco rapazes apaixonados pela bela (e muito feminina) Soraya sofrem a dor da rejeição. Profunda. Dilacerante. Mortal. Potentemente ritmada e melodiosa.
E assim começa uma das mais belas canções de amor da música brasileira. Bela e educativa. Meninas, não se brinca com os sentimentos de cinco homens. De um vá, de dois ainda se percebe... Mas de cinco? Nunca! Ponham os olhos na Soraya. Se tiver sobrevivido, com certeza aprendeu a lição.
Churrasco de corações nunca mais.

sábado, 30 de março de 2013

Las Pinças

Depois de ontem ter sido abordada a temática do sobrancelhal masculino, surgiram dúvidas quanto ao que a Muito Pipi queria dizer com "toda uma variedade" em termos de pinças. Cores? Materiais? Não meus queridos. Ainda que reconheça (e aprecie muito) pinças com padrões e formatos inovadores, há outras especificidades que dizem mais acerca do poder arrancador de um objecto. Falo portanto de pontas. Formatos de pontas. Pois é, cada tipo de ponta oferece vantagens diferentes. So, digam-me de que pilosidades falamos e dir-vos-ei que ponta é a vossa (ai...).
Hoje iniciamos a nossa viagem pinçal com a doce e suave ponta redonda (a rosinha da imagem ao lado). Ainda que possa ser algo difícil esbarrar com ela numa qualquer loja da vida, esta é provavelmente a menos agreste para quem se inicia nas artes depilatórias. Por ser redondinha e fofinha, o seu potencial magoador da pele é menor. Por essa mesma razão também não é a mais indicada para locais que exigem grande precisão, como por exemplo as sobrancelhas.
Entretanto, se o que querem é livrar-se de pelinhos malvadamente curtos e terrivelmente posicionados em locais de difícil acesso (que os há há), uma ponta diagonal (a 1º na foto de baixo) poderá fazer a vossa alegria. Por ter uma base puxadora inclinada é uma boa aliada no desbaste das sobrancelhas.
A queridinha dos mais peludos, la pinça de pontas rectas (2ª na foto), é menina para vos livrar com sucesso de mais do que um pêlo de cada vez. Da mesma forma, é também a que oferece melhores características para lidar com a grossura pilosa sem grandes dificuldades. Meninos, La Muy Pipi desconfia que esta pode ser a sandália para o vosso pé. Ou a sádica para a vossa dor. Ou a companheira para as horas peludas. Ou... Já chega? Ok. Adiante. 
A última, de seu nome bicudona (vá, pronto, não é este o seu verdadeiro nome) é uma potência na retirada de pêlos micro e no desencravanço de alguns teimosos. Ainda assim, minhas fofuras, tentemos usá-la com cautela. Digamos que tem potencial para soltar muito mais do que pêlos. Cuidado, cuidado, é armadilha para fazer voar olhos pelas vossas casas.
Claro que falta falar das maravilhosas iluminadas. E das com lupa incorporada. Procurando bem é provável que consigam encontrá-las associadas a diversos tipos de pontas. Portanto, de acordo com as vossas necessidades, ataquem pela frente que vos for mais conveniente.
Quanto a material, acredito muito nas de aço inoxidável. Fortes, duráveis e desinfectáveis, são sempre boas companheiras de viagem e de luta. Atenção: aço inoxidável na ponta.
No cabo, vale tudo. Plástico, vidro, cristais, autocolantes... O que vos fizer mais felizes e menos pobres. Pois é. Embora a maioria destes objectos não chegue a custar 20 euros, a verdade é que os há por centenas de notinhas de 10. Oh Yo.
É caso para liberalizar a peludice.
 

sexta-feira, 29 de março de 2013

Do matagal ao jardim

Fofas e especialmente fofos, depois de falar sobre o mundo louco dos pêlos corporais, o post de hoje é dedicado aos malvados que habitam por cima dos nossos olhos. Sim sim, cuidar desses pelitos não é coisa só para meninas. Portanto meus queridos, podem puxar das vossas pinças, procurar uma tesoura e um pente. Os momentos que se seguem serão dedicados ao bom aspecto do sobrancelhame.
Cuidar das sobrancelhas é uma necessidade. E no caso dos homens aquilo que se pretende é retirar o excesso e manter as pilosidades bem controladas.
Neste sentido, pode ser interessante começar a desbravar terreno no espaço que separa as duas sobrancelhas. "Mas oh Muito Pipi, eu não tenho nenhum espaço". Hum... ok.Tudo bem. Meu fofo, não lhe vou mentir. Isto vai dar trabalho. Mas não desista. Dividir para conquistar será o seu lema. 
Uma boa forma de decidir qual deve ser o tamanho do dito cujo espaço é pegar numa caneta (lápis, régua, faca... bem, faca talvez não) e encostar à lateral do nariz, passando pelo canto interno do olho, tal como Sacha Baron Cohen demonstra.
Ora bem, tudo o que está do risco vertical para o lado do olho não deve ser mexido. O espaço que ficar entre a marcação da linha nos dois lados é o vosso parque de diversões para depilação. Ainda assim não há necessidade de tirar tudo. Podem seleccionar e aniquilar apenas os pêlos mais evidentes.
Entretanto perguntam vocês: Mas que linha é essa na horizontal, por cima do olho do actor? Fofos, essa azulona delimita quão para baixo podem vir os pelinhos.
Para encontrarem a vossa, posicionem uma caneta (ou o objecto não cortante que preferirem) na horizontal, no ponto rosa, que será onde a recta vertical interceptar o início da sobrancelha. Canetinha direita. Tudo o que ficar para baixo sai. Sim? Tudo certo?
Vamos então rumar ao terceiro passo: perceber o que faz sentido na composição das vossas sobrancelhas e o que está realmente a mais. Para isso, nada melhor do que cortar o excesso de pilosidade. Pêlos compridões e consequentemente despenteados podem dar a sensação de sobrancelha infernal, quando a pobre vítima só precisa de uma aparadela.
Saquem então de um pente e penteiem as vossas sobrancelhas para baixo. Com o pente ainda colocado, evitando que os pilongos se mexam,retirem o excesso (pilosidades muito longas ou que desçam da linha marcada pelo traço horizontal de Sacha). O mesmo para o outro olho. Depois penteiem para cima e repitam o procedimento. Tudo o que passe do limite do desenho da vossa sobrancelha tem de sair. Muito melhor agora, não? Se entretanto ainda houver pelinhos que vos incomodam, livrem-se cuidadosamente deles.
Vamos agora a métodos. De uma forma geral, a Muito Pipi não é pessoa para aconselhar cera no rosto. Acho errado puxões pela cara. Não creio que faça bem andar nessa vida. Ainda assim, claro que reconheço a rapidez que este produto permite. Portanto, se são fãs, podem sempre adquirir cera própria para rosto, em tirinhas pequenas. Mas meus queridos, atenção muita atenção. A cera saca tudo de uma vez, logo há maior probabilidade de grandes desastres. Por isso, e especialmente se se estão a iniciar agora neste mundo, aconselharia a procurarem um bom profissional para a aplicação da cera.
Cera é fofa sim. Mas confesso-me bem mais fã da depilação com linha, um método menos agressivo para a pele sensível do rosto. Linha? Sim sim, uma linha de algodão entrelaçada pode fazer maravilhas por todos nós meus queridos (fica desde já prometido um post sobre a poderosa temática).
Por último, a famosa, querida e sempre amiga pinça, a minha preferida para o quotidiano. Importa, antes de mais, que seja uma pinça de qualidade e que prenda bem. Há toda uma variedade nesta área, mas meus fofos, para a sobrancelha nada melhor do que uma iluminada. Oh Yeah! Nem sempre uma pessoa tem as melhores condições de luz para se submeter ao arrancamento de pêlos. Nem sempre uma pessoa consegue localizar eficazmente todos os malvados. Agora tudo mudou. Com pinça com luz nada mais vos escapará.
Entretanto, seja qual for a vossa eleita, tentem não usar um espelho ampliador durante o processo de arrancamento. Isto porque pode fazer-nos perder um pouco a noção das formas. Afastem-se e aproximem-se do espelho para que possam perceber se o formato das sobrancelhas se integra no vosso rosto. Isto ajuda a evitar o exagero. Afinal, ampliado tudo parece bem mais peludo.
Quanto à temida dor: é um pouco inevitável. Mas uma boa dica para a diminuir é atacarem depois de um banho quentinho. Como já foi referido aqui, o calor tende a abrir os poros, logo os pelinhos deslizarão para fora de vocês com maior facilidade. Sei que corre pelo mundo masculino (e talvez também pelo feminino) a prática do uso do gelo para anestesiar. Meus queridos, not good. Pode ter algum efeito na dor mas, como fecha os poros, será mais difícil e agressiva para a pele a saída dos pêlos.
E é isto. Depilação perfeita nas sobrancelhas masculinas. Ah... mais uma dica, esta talvez a roçar a linha que alguns meninos considerarão aceitável. Se mesmo com todos estes cuidados as vossas sobrancelhas não vos respeitam e tendem a despentear-se sem autorização: rimel transparente nelas! Calma calma. Não é nada demais. Só um truquezinho para assegurar a vossa beleza. Não? Foi demais? Perdoem (Mas não se esqueçam que Body Shop e Yves Rocher são apenas algumas das marcas que vendem disso. Vá lá, podem sempre fingir que estão a comprar para uma menina).

quinta-feira, 28 de março de 2013

Wash Away

A Muito Pipi não é pessoa de se envolver com sabonetes. Sou mais uma menina do gel de banho, dentro das suas fofas embalagens que, ainda que pouco amigas do ambiente, são habitualmente bem mais apelatativas do as de barras lavantes. Posto isto, não me impressiono facilmente com sabonetes.
Foi portanto sem grande intenção de os usar no meu corpito que adquiri produtos de Wash Away My Cancer, uma loja online de uma amiga da minha família.
A história da criação dos produtos é muito interessante. Zé, a artista saboneteira, ao descobrir que estava doente, achou que fazia sentido ser mais selectiva na escolha dos produtos que consumia. Assim, teve a ideia de fabricar os seus próprios sabonetes, com recurso a ingredientes naturais e uma poderosa selecção de óleos essências. Pois meus queridos, o sucesso foi tanto que começaram a chover encomendas. De repente, aquilo que era um passatempo, transformou-se num projecto a tempo inteiro.  
Da minha parte, confesso que comprei os produtos especialmente por nutrir um grande carinho pela pessoa em questão. Não me entendam mal, nunca duvidei da qualidade destes produtos. Nada disso. Simplesmente eu não uso sabonetes há anos.
Quer dizer, até há uns dias não usava. Mas entretanto muita coisa mudou. Meus fofos, o perfume que emana daqueles sabonetes é deliciosamente irresistível. De tal forma que dei por mim a desejar atirar-me para a banheira com um deles.
Entre o Two Faced Lime, o Bamboo Garden, o Cofee Lovers Heaven, o Cocoa and Vanilla, o Oatmeal Buttermilk and Honey e o Chocolat and Oatmeal acabei por me agarrar ao 5º, necessitada que estava de alguma exfoliação.
E assim foi: eu, a aveia, o soro de leite e o mel, todos juntinhos debaixo de água. 
Foram momentos de profunda alegria. É muito divertido usar o sabonete em questão, com os seus pedacinhos de aveia a limar suavemente as arestar rugosas da nossas pele e a espuma a formar-se aos poucos. Uma loucura. A parte pior foi mesmo o cheiro. Não não meus queridos, não é mau. É maravilhoso. De tal forma que não arrancar um pedacinho com os dentes exige um grande auto-controlo. A aveia, toda brilhante, sorri para nós e pensamentos malvados surgem para nos tentar. Não temam pela minha saúde. Eu contive-me e não abocanhei o sabonete.
A vítima seguinte foi a cheirosa barra de coco e baunilha, usada para lavar as mãozinhas. Mais uma vez, o perfume é magnífico. Fica atarrachado às manápulas durante bastante tempo e ainda tráz de bónus uma agradável sensação de suavidade. Muito bom. Muito bom mesmo.
Hoje foi a vez de entrar no paraído dos amantes do café. Perguntam vocês: A Muito Pipi gosta do cheiro a café? Não, nem por isso. Mas meus queridos, este não é um café qualquer. É baunilhado. Adocicado. É de uma fofura super potente e viciante.
Resumindo e concluindo: estou apaixonada. Há muitos anos que não usava sabonetes e a verdade é que descobri que é uma experiência relaxante. Talvez pela massagem mais potente que ajudam a proporcionar. Talvez por exigirem mais tempo e dedicação na lavagem. Não sei meus queridos, mas asseguro-vos que estou agradavelmente surpreendida.
Se quiserem deliciar-se, rumem aqui. Acredito que, sem saberem bem como nem porquê, vão começar a salivar com as imagens e descrições de cada um dos sabonetes. Vale sem dúvida a pena visitar o site (que é uma doçura) e conhecer a autora das maravilhas lavantes. E não temam, os produtos são enviados para qualquer parte do mundo.
Entretanto, no meio de toda esta recente descoberta, vivo num dilema: abrir ou não abrir as restantes embalagens de sabonete. São tão lindos, tão cheirosos, tão cutxi-cutxis. Quero experimentar todos e quero-os já!
Pronto, calma. Calma. Inspira Muito Pipi. Expira Muito Pipi. Está tudo bem. E não, não se preocupem. Não estou a atingir um estado de loucura sabonetal. Está tudo controlado. Só abrirei os restantes depois de terminar os que já usei (entretanto, numa mente perto de si: "aiiiiiii... que vontade de voltar para o banho e usar tudo. Será que se retirar um bocadinho de cada alguém vai reparar?").

quarta-feira, 27 de março de 2013

Magia branca

Como já partilhei convosco aqui, eu não sou uma morenaça. Sei que corro o risco de perder leitores apaixonados por peles facilmente bronzeáveis, mas a Muito Pipi tem de assumir pertante vós a sua brancura. Compreendo se quiserem abandonar este blog. Tive muito gosto em ser lida. Até um dia.
Para os não desiludidos com a alvura da minha pele, prossigamos com este post.
Embora eu seja detentora de um tom claro, a esmagadora maioria da minha família é bem morena. Não me entendam mal. Não sou uma branca frustrada. O problema não é tanto uma questão de inveja da escuridão alheia, mas sim de falta de referências maquiantes durante o crescimento.
Posto isto, falemos da minha mãe que, por desejar manter o anonimato (é difícil ter uma filha Muito Pipi), será carinhosamente tratada por Hortência. Quem a conhece tem noção de que é uma mulher pouco precupada com a beleza externa. Ainda assim, quando deseja empipalhar-se, sabe bem como destacar eficazmente os seus olhões escuros. Lápis preto na pálpebra e na linha de água (que é como quem diz rente ao olho, a partir do canal lacrimal) e magia. Hortênsia maravilha.
Vendo como um pretinho básico sempre funcionou a favor da sua progenitora, a Muito Pipi tentou durante anos reproduzir. E... não. Claramente não funcionou como desejava. Aquilo que na minha mãe proporciona um visual sofisticado e embelezador, em mim está mais para aspecto de saída nocturna elaborada. E meus queridos, nada contra a sempre amiga cor preta. Simplesmente não fazia o click de aparência suave e natural que eu tanto ansiava.
Depois de muitas tentativas de aplicação, na esperança de encontrar o meu lugar ao sol com o preto (Oi? Muito estranha esta frase) eis que um dia pensei em experimentar uma corzinha mais clara. Afinal não só de preto vive uma mulher (ai... não sei o que se passa hoje).
Branco foi a opção que fez mais sentido para mim na altura. Comprei o material e a partir daí tudo mundou. Emoção das emoções: fusão perfeita! Olhos evidenciados e aspecto suave. Alegria em forma bicuda. Amor eterno (pronto, já chega)! 
Entretanto, ao longo do tempo, e para variar do branco, foram chegando a mim lápis beges e rosa que têm contribuído em muito para me fazer feliz.
Questão: Qualquer pessoa pode atirar com branco para a linha de água do olho? Com certeza fofuras. Não são só as pessoas clarinhas que se podem envolver com este abrilhantador ocular. Morenas, mulatas e negras do mundo, força na lapisada.
Confesso que não acredito em regras rígidas no que toca ao embelezamento físico. É tudo uma questão de experiência, de técnica e sobretudo, de gosto. Até porque, na verdade, seja qual for o tom de pele, o olhinho é sempre esbranquiçado. Testar é a única forma de perceberem se as coisas funcionam em vós. Sem medo de se divertirem e de serem felizes.
Mas qual é afinal o efeito do lápis claro que tem tresloucado o mundo? A ideia é um pouco a mesma do super queridinho iluminador: abrilhantar qualquer produção e evidenciar a zona onde foi aplicado. No caso dos olhos, cria a ilusão de maior dimensão num olhão bem aberto e descansado.
Assim, usar a cor branca será o correspondente a um iluminador com brilho, mais evidente e óbvio. Já o bege e o rosa proporcionam um aspecto mais súbtil. Como se fossemos naturalmente umas iluminadas da vida (e do olho). Aliás, um lápis de cor suave, tal como sombras claras, pode mesmo ser usado para iluminar qualquer parte do rosto. Vale a dica de que um bom (vulgo suave) lápis é essencial. Lápis arranhadores não são claramente o pretendido. Acredito que ajudem mais no visual olho sanguinário de zombie assassíno. Bem, mas se for essa a intenção, podem mesmo experimentar lápis de desenho. Parece que têm potencial para dor e terror.

terça-feira, 26 de março de 2013

Como ofender (e danificar) a pele

Fofuras, o post que vos trago hoje poderia fazer facilmente parte do argumento de um filme de terror intitulado "Inchando a Pipi".
Confesso que não era o tipo de história com a qual vos queria brindar hoje, mas meus queridos, valores mais altos se levantam. E quando os valores se levantam é de bom tom irmos com eles, nem que isso obrigue a uma mudança de direcção.
Ontem à noite, estava a Muito Pipi com a sua não menos pipi irmã (a eterna Roberta), quando a primeira (que sou eu) achou que era o momento de atacar algumas imperfeições faciais. Dirigi-me então à recheada bancada da minha giríssima irmã e puxei de lá uma bem conhecida embalagem verde.
O produto é nada mais nada menos do que o Peroxiben da Isdin, um gel/soldado treinado para lidar com borbulhações e negrumes (pontos negros), que foi aconselhado a la Roberta como método de combate a altinhos do mal. 
Eu própria já tinha tido várias vezes o prazer de conviver com ele e sempre mantivemos uma relação ocasional mas feliz. Por norma, vai uma esfregadela no nariz e outra em certos pontos bem definidos. Mas ontem, por alguma razão mística, achei que estava na altura de o experimentar em todo o seu esplendor e potência (nota importante: as maçãs do rosto de La Muy Pipi têm alguma tendência à sensibilidade).
Como pessoa profundamente responsável e zelosa que sou, questionei Roberta: "Olha, isto pode aplicar-se no rosto todo?" "Sim sim, eu já usei!". Ok. Uma pessoa confia. Afinal somos irmãs. Ela não haveria de querer o meu mal. Vamos lá jorrar isto para todo o lado menos para o contorno dos olhos.
Uns minutos depois olhei-me ao espelho. E meus queridos, momento de drama e horror. A minha outrora comum face estava coberta por uma super potente vermelhidão. Amedrontada dirigi-me à minha conselheira familiar: "Roberta, é normal a pele ficar vermelha?" "É é. Não te preocupes". Pronto então, nada a temer. Hum... "Mas agora está a arder. É comum?" "É é. É tudo normal". Ah boa. Obrigada.
E assim foi durante algumas horas. O ardor passou, a vermelhidão também e a Muito Pipi mulher que sou eu continuou com a sua vida sem olhar para trás.
Tudo parecia calmo, a noite ia avançando e surgiu entretanto o momento dedicado à lavagem final dos dentes. Esfreguei como manda a lei contra as cáries e aproximei-me do espelho para verificar se tudo estava brilhante e reluzente. E sim. Estava. Dentes e bochechas. As últimas igualmente inchadas. Temi pela minha segurança facial, mas ainda confiante recorri a Roberta uma última vez: "Olha, vê lá isto. Costumas ficar assim?"
Um olhar boquiaberto (se tal coisa existe) e duras palavras: "Ai não! Que horror. Nunca vi nada assim".
Um pouco preocupada, mas não querendo retirar a produtada, rumei à caminha. Tudo para acordar hoje de manhã ainda algo danificada. Claramente não no meu melhor. Fortemente arrependida de não ter afastado de mim o cálice do gel.
Culpa do Peroxiben? Não! Culpa de yozinha mesmo (e um pouco da irmã dona do produto. Estou mesmo a ver a malvada com um caldeirão a adulterar o gel para me destruir e denegrir. Menos viajanço na maionese? Passeio pelo mundo da fantasia terminado).
Tal como já referi antes (aqui) até o melhor dos produtos pode não funcionar bem em todas as zonas do corpo. So... como driblar más reacções da pele?
Conhecendo e respeitando a dita cuja. Ora, obviamente se há uma zona sensível do vosso corpo ela deve ser tratada com muito mais carinho e atenção.
Dito isto, Peroxiben é tudo de bom para um uso em locais que realmente precisam de ser algo violentados. Mais, tivesse a pessoa Muito Pipi em mim ouvido os gritos ardentes das suas bochechas e provavelmente nada disto teria acontecido.
Aproveito entretanto para esclarecer que a etiqueta Hot Damn associada a este post nada tem a ver com o ardor bochechal sentido ontem. Não não meus fofos. Para mais esclarecimento quanto aos pouco usuais (?) nomes das etiquetas corram para aqui.
E é isto. A maravilhosa história de como uma pessoa pode ser chicoteada e castigada pela sua pele. E assim me despeço por hoje. Vou descansar para me recuperar. Este tipo de emoções abalam uma pessoa.

segunda-feira, 25 de março de 2013

E agora... o verdadeiro matagal.

Fofuras, eis que depois de um falso alarme, chegou o momento. Vamos falar de pilosidades.
Pernas, virilhame, barriga, peito, costas, axilas, braços, mãos, dedos, rosto... Não importa. Eles estão por toda a parte. Podem ser mais ou menos visíveis, mas meus queridos, não nos iludamos, eles andam aí. Pior. Uma pessoa tem de manter os olhos neles. Supervisão é a chave para acabar com estas ervas daninhas desvairadas.
Há muitos métodos para os enviarmos directamente para o inferno de onde nunca deviam ter saído. Uns mais agrestes, uns mais caros e uns mais duradouros do que outros. La Muy Pipi já se envolveu com todos. Portanto este é um post baseado na minha experiência de domesticação pilosa.
O favorito, amor de toda a vida (pelo menos desde que o conheço), é el laser. Simplesmente maravilhoso! Ainda assim há alguma dor. Há sim senhor. Bancária e física (mais bancária do que física). Mas vale muito a pena.
Que a Muito Pipi saiba, não existe nenhum método que nos livre de pêlos por toda a eternidade. Triste, bem sei. Mas verdade. Seja como for, o que são visitas esporádicas de pelitos finitos comparadas com toda uma floresta a brotar da nossa pele? Nada. 
Um conselho importante é: procurem uma boa clínica dermatológica ou com supervisão médica. Laser é tudo de bom, mas pode rapidamente transformar-se num monstro do mal se não for usado da forma correcta. Queimaduras, manchas e sabe-se lá o que mais. Hell to the big no no!
Também fofa e simpática temos a menos dolorosa e mais acessível luz pulsada. A Muito Pipi já experimentou e aquilo que pode partilhar é que os resultados foram mais lentos e menos duradouros do que os obtidos com a ajuda do laser. Ainda assim, pode ser uma grande ajuda no combate ao desgoverno piloso.
Já no mundo dos pêlos que vão mas voltam passado umas semanas, tem de se falar da sempre amiga e aderente cera. Este meu ex amor tem como inconveniente o facto de obrigar a alguma peludice antes do arrancamento final. Não é bonito de se ver. Não não. Mas à falta de melhor a cera é uma boa aliada em horas peludas. Há algum desconforto associado, mas que me parece claramente compensado por semanas de suavidade.
Peludas e peludos do mundo, um método nada queridinho da Muito Pipi é a conhecida máquina arrancadora. Tenho muita pena, mas não dá. Era eu uma jovem adolescente na iniciação à vida (com pêlos) quando adquiri uma maquineta super potente (achava eu). Lembro-me da ilusão de que tudo seria lindo. Eu a não gastar dinheiro em depilações e ela a percorrer suavemente o meu corpo. Mas não. A fantasia morreu dolorosamente e com ela veio a imagem de uma esteticista mecânica a puxar e arrancar deliciada pelinho por pelinho. Era isto que a máquina era. Um robot sádico. Não foi bom para mim. Não foi bom para ela. Decidimos portanto dar um tempo. Mas as circunstâncias da vida (e as más recordações) nunca mais nos juntaram.
Creme depilatório, been there done that. Há algo de sinistramente interessante na observação dos pelinhos a contorcerem-se. Mas fora isso, não tenho particular carinho por esta técnica.
Por fim, as lâminas. Ainda que eu e elas não sejamos muito amigas, a verdade é que compreendo a atracção pelas dias cujas. São rápidas, práticas e eficazes. Não obstante, a sensação perninhas picantes (já para não falar de outras coisas) não é bem o estilo que mais me atrai. E sim, há todo um mundo de teorias de que o pêlo fica mais forte se for atacado por giletes, mas segundo dermatologistas isso é apenas uma ilusão. Quando é usada uma lâmina os pêlos são cortados, logo ficam com uma aparência mais grossa, já que a parte fina é separada do resto. Um pouco à semelhança do que acontece quando vamos ao cabeleireiro livrar-nos das nefastas pontas espigadas.
Resumindo e concluindo, yo soy fã de tudo o que não implique o faça você mesmo. Seja laser (sim sim sim), luz pulsada ou cera, ter alguém que massaje tudo o que é vosso depois de vos ter libertado de pilosidades rastejantes é uma loucura. Em bom e em assustador. Até porque há uma forte probabilidade de verem/sentirem as mãos da vossa esteticista a vaguear por partes que nunca imaginaram (nem desejaram. Espero).