sexta-feira, 13 de junho de 2014

Um amor... Azeitoso?

Na loucura que foi a última visita à Selfridges, em pleno Beauty Project (para mais desvarios, basta seguir por aqui), vários objectos embelezadores saltaram para dentro do meu cestinho de compras.
Na realidade uma pessoa não quer envolver-se em nada disto. Uma pessoa vai só para ver coisas bonitas enquanto passeia num local abrigado dos caprichos meteorológicos da capital inglesa. Mas como (como?) pode essa mesma pessoa, cheia de necessidades, desejos e boa educação (sim sim, boa educação!), negar um pouco de dinheiro em troca de doces momentos cheios prazer? Não pode, claro que não! Não só seria indesculpável, como absolutamente rude. Deselegante mesmo.
E foi assim que, com uma profunda dedicação à causa "Educação e Delicadeza para com Produtos de Beleza", e entre MAC, Shu Uemura, EOS e outras coisitas mais, uma embalagem fofamente indecifrável voou da prateleira para a minha mão, arrancando de lá cerca de 5 libras.
Dentro da dita cuja (da autoria da Japonesa DHC) vivem 50 cotonetes, individualmente embalados, embebidos em azeite.
Uma pausa para acalmar os mais agitados. Bem sei que a descrição é estranha. Reconheço também o seu potencial para o amedrontamento de seres humanos (como uma amiga minha, por exemplo, que há umas horas atrás fitou com repugnância a embalagem fofura máxima enquanto eu lhe apresentava a minha mais recente descoberta cotonetal). Mas é bom! Acreditem! Estes pequenos amiguinhos ajudam a tirar maquiagem e a hidratar coisas secas (como cutículas) da vida muitíssimo bem. E sem cheiros aterrorizadores.
Queridos e queridas, contra todos os temores incluídos numa relação com produtos azeitais, a Muito Pipi reafirma: isto é um poder! Ah... e por serem finos, os cotonetes funcionam muito bem na correcção de deslizes de maquiagem. É verdade que no final fica um rasto ligeiramente gorduroso, qual gosminha de caracol andante. Mas sinceramente até aprecio. E a embalagem é tãoooooo (perdoem o emoção/histeria) charmosa! Quem pode não gostar? (Délia, I'm talking to you!)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Selfridges Rock!

Fofuras minhas, de Londres para Portugal, a Muito Pipi informa: a Selfridges está absolutamente espectacular!
Neste momento decorre o Beauty Project, todo um mundo de emoções cosméticas, maquiantes e perfumantes ao serviço de uma pessoa, toda uma loja focada na beleza e no debate de temas belezísticos, toda uma realidade de novidades saltitantes e entusiasmantes.
Neste conjunto de alegria, uma das minhas áreas favoritas é a secção dedicada a produtos mini. Pequeninas, baratinhas (umas mais do que outras, claro) e fofinhas, como pode alguém não adorar miniaturas? Marcas como Bumble & Bumble, Sepai, Molton Brown, Kiehl's, Origins, Clinique, MAC, Eyeko e DHC (uma total desconhecida para mim, que tem um produto maravilha do qual prometo falar ainda esta semana!) marcam presença por lá. E pois que é uma animação sem fim, em particular para os viajantes de serviço e para os amantes de tudo o que se apresenta em dimensões reduzidas.
Perguntam vocês, meninos preocupados com as loucuras desta Muito Pipi cidadã: "Mas porque razão decidiu ela, que ora aparece ora desaparece, incluir este post na secção Man Love?" Não temam! Do Beauty Project faz parte toda uma secção dedicada a vós! Sim, sim meninos! Toda uma Men's Shop, recheada de produtos especiais para barbear esses rostos, hidratar essas peles, desodorizar esses corpos e fazer brilhar esses cabelos.
Entre marcas super conhecidas e pequenas maravilhas criativas, há um poderoso universo de opções. Tudo muito interessante, excelentemente embalado e masculinamente apelativo. Ah... e mais. Também por lá se localiza um barbeiro para satisfazer todos os vossos caprichos capilares e barbeares (Hum...?).
O horror dos horrores? Ao que parece todo este deleite termina em breve. Muito em breve. Tão brevemente que parece que é amanhã mesmo. Drama dos dramas! 
Mas não chorem já, amantes das formosuras da vida. Uma das mais interessantes (e duradouras) partes do projecto de beleza da loja inglesa é um tal de Fragrance Lab, activo até ao dia 27 de Junho. Alegria! "E o que lá se faz, querida e doce Muito Pipi?" Perfumes! Lá de dentro saem perfumes personalizados, pensados para os clientes enquanto pessoas com desejos, ideias e personalidades muito específicas.
Segundo algumas das mentes criativas responsáveis pelo laboratório cheiroso, é importante repensar a forma como as vendas são feitas actualmente e dar às pessoas o que elas desejam, mesmo que esses desejos não sejam fáceis de articular verbalmente.
Muitas vezes uma pessoa consegue perceber se aprecia ou não um determinado cheiro e sabe que se sente confortável na presença de certos odores. Mas conseguirá a maioria de nós descrever eficazmente os seus desejos e anseios perfumantes? Ao que parece foi esta mesma dúvida que impulsionou o desenvolvimento do Fragrance Lab.
Supondo que diferentes preferências, comportamentos e personalidades se reflectem em atracções olfactivas muito particulares, os clientes são guiados numa experiência sensorial de reflexão acerca de si mesmos, que termina com a descoberta de uma essência cheirosa especial. Perfume entenda-se.
Diz quem já se submeteu à experiência que vale muito a pena. Da minha parte, desejo ardentemente ser avaliada pela Selfridges e ver brotar um cheiro só para mim.
Por favor Fragrance Lab, espera! Não vás embora antes do meu nariz poder entrar por ti a dentro!


segunda-feira, 2 de junho de 2014

Abaixo a ignorância!

Depois de duas semanas de faltas injustificadas (menina feia!), a Muito Pipi regressa hoje para cumprir uma promessa: Falar de cabelo!
Respeitando as mais recentes directrizes de Roberta, a irmã mais espectacular de sempre, o post que se segue será curto, sintético e certeiro.
Cabelos há muitos (idealmente!). E com eles surge toda uma panóplia de dores. Eu, por exemplo, desempenho neste momento (ainda que sem sucesso) o papel de domadora de criaturas selvagens. Os bichos? Cabelos bebés. Aqueles pequenos amiguinhos que se transformam facilmente em corninhos peludos. Este é o ponto de situação. Este é o drama do momento!
Mas nem sempre foi assim. Houve ocasiões em que foi o malvado frizz que me fez chorar lágrimas de sangue. Hoje em dia as coisas encontram-se relativamente calmas, mas fofuras, na dúvida húmida, nada como prevenir.
Há quase um ano atrás, numa visita a um corredor da Boots rechado de Friedalhada, a minha doce irmã tomou a liberdade de agarrar e tomar como seu um tal de Frizz Ease Original Serum.
Na altura, colada ao meu super queridinho FlyAway Tamer, ignorei completamente os encantos do produto desconhecido. E assim foi durante algum tempo. Dias passados na ignorância, sem noção dos poderes do semi-oleoso líquido transparente. Sem sentir a calma depois de uma tempestade de cabelos loucamente organizados numa rebelião jubesca.
Um dia, numa básica troca de informações entre irmãs, descobri toda a verdade. Roberta havia encontrado um fiel aliado capilar, daqueles que não falham, que não fogem ao primeiro sinal de guerra e que não arrancam das nossas contas tudo o que lá há (a não ser que mais não exista do que uns 8 euros). E é esta a história meus queridos.
Se procuram alguma coisa que anestesie cabelos transtornados por uma vida de dureza, então vale sem dúvida a pena experimentar este amiguinho. Fica uma advertência: se comprarem no Reino Unido é possível que a embalagem que figura à vossa direito não seja o contentor do produto em causa. Mas não temam. Encontraram um serum Frizz Ease que se auto-intitula "Original"? Agarrem-no e levem-no convosco para onde forem. Não há erro.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Maria Fernanda e o regresso ao cabelo

Mas que cabelo é este? Mais! Que pele e que maquiagem vêm a ser estas? Que 39 anos são estes? Antes de quaisquer confusões, e caso a etiqueta "Me Likes It" não vos seja familiar, aproveito para esclarecer que a primeira pergunta foi pensada como um elogio, algo do tipo "Oh maravilhosa das maravilhosas!" e não como a super ofensa "Como pode uma descabeladona louca destas sair de casa pela manhã?!". 
A beleza não deixa de me fascinar. E surpreender. Em particular quando tem esta brisa de sofisticação natural associada. Como se tudo pertencesse inevitavelmente a este rosto. Da cor dos lábios ao formato das sobrancelhas, passando pela precisão agitada de um cabelo soberano, mas cuidadoso e delicado.
A Muito Pipi, como uma assumida cabeluda encaracolada da vida, sabe bem os desafios que a natureza coloca aos nascidos com curvas e contracurvas capilares. Discordo daqueles que descrevem o cabelo não liso como uma incorporação do diabo. Aliás, acho mesmo que há nos fios encaracolados um movimento fascinante. Mas com o movimento vem algo de selvagem, de imprevisível. Como várias crianças capilares bem dispostas e luminosas que de repente rebentam numa tremenda, rebelde e desgrenhada birra de sono. E com birras há direito a tudo meus queridos:
lágrimas de secura, gritos de descabelamento e até batidas de pé potentemente frizadas. E nós, pacientes mães pilosas, tentamos com toda a calma educar e disciplinar os nossos milhares de filhos desobedientes. Nem sempre é fácil, nem sempre é possível, mas é esta a beleza de preparar os nossos rebentos para a vida. Uma vida que se espera brilhante, equilibrada e tranquila.
E assim se acende uma luzinha de culpa dentro de mim: Não me dedico aos cabelos há quase 5 meses. Bloguisticamente, falando, claro! Que os cabelos super pipis que deslizam por estas costas abaixo têm toda a minha atenção diariamente. Negligente no blog sim, mas não na vida!
Prometo desde já focar-me seriamente na temática jubal e partilhar algumas coisas giras que acontecem ao cabelo cá por casa (e às vezes pela rua também!).
Um Blog Muito Pipi, desde 2013 a chicotear cabelos selvagens!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

KissKiss?

Depois de verificar que os posts deste blog se iniciam muitas vezes com "depois de...", eis que hoje não só respeito a tradição, como a triplico, num perturbador bis de palavras preferidas.
E assim, "depois de" ter partilhado acima a constatação do óbvio, eis que "depois de" já ter falado sobre primers aqui, venho hoje partilhar a minha tranquila relação de amor com um primer labial (e viva a repetição!).
Confesso que demorei a interessar-me verdadeiramente por este tipo de produto. Mas tudo mudou, num belo dia dedicado ao visionamento de vídeos, quando a escandalosamente fabulosa Julia Petit do Petiscos, falou com entusiasmo do Kiss Kiss Liplift Smoothing Lipstick Primer (ufa!) da Guerlain.(Momento pausa para adoração: que mulher mais maravilhosa! Divertida, criativa e sempre focada no público. Deliciosa! Estou evidentemente a viver um momento de super paixão lesbomaquilhística. Quem me pode censurar?)
Se la Julia fala dele, a Muito Pipi, como menina obediente que é, não poderia deixar de experimentar o batom bege, cheiroso e fino que a Guerlain promete ser capaz de preparar a bocarra para todo o estrafego que vem depois. Promete e cumpre. O KissKiss uniformiza, camufla a cor natural e ajuda a fixar o batom, como se fosse capaz de transformar o dito cujo numa sanguessuga sedenta de sangue. Bem... a parte da sanguessuga talvez seja algo exagerada, mas tudo o resto é a mais pura (e não hiperbolizada) das verdades.
Acho que uma das características que mais me fascina neste primer é o facto de ser capaz de dar uma apagadela boa na cor dos lábios. É que às vezes uma pessoa só quer ser feliz com a cor de batom que comprou. Uma pessoa só quer afastar lábios impertinentes do caminho e evitar um mix inesperado de cores. Claro que é sempre possível usar um outro apagador (base, corrector ou batom claro) para acalmar cores bocais mais rebeldes. Ainda assim, acho que não há nada como um produto feito a pensar nas necessidades de uma pessoa vítima de lábios não claros.
No meio de toda esta alegria, e para aumentar o poder de sedução do produto, os mefistofélicos (a Muito Pipi está a aprender palavras e ofensas novas) da Guerlain ainda decidiram espremer o primer para dentro de uma das mais belas embalagens que andam por aí. Dourada, comprida e super elegante, como pode uma pessoa negar-se a trazê-la para casa? Mesmo quando o charme cobra 30 euros por embalagem, a atracção fala mais alto.
"Carne fraca", diriam alguns. "Necessidades básicas", argumentaria eu.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Transat ou a saudade lusitana


Na última visita à capital inglesa, a Muito Pipi teve a oportunidade de cravar os olhos (e a alma!) na nova colecção da Dior.
Uma forte inspiração naval, com um toque de sofisticação veranil, entre azuis, vermelhos e dourados, foi mais do que o suficiente para tocar fundo este coração cheio de pipizada. Se em vídeo são bonitas, ao vivo as cores são absolutamente magníficas! Fortes mas algo descontraídas. Vivas, mas versáteis. E o relevo? Um entrançado, a fazer lembrar uma corda. Fofura máxima! Muito à semelhança de uma colecção antiga da Dior, cujo quintento de sombras mostrei no Instagram no dia da mãe (aqui). 
Com o regresso a Portugal reparei que estas doçuras ainda não bombam por cá. Com o regresso a Portugal fica a saudade. A saudade e o arrependimento.
Vejo agora que nunca deveria ter tomado como um dado adquirido a presença destas cores na perfumaria mais próxima da minha casa. Mas a vida é assim. Só damos valor ao que perdemos (momento dramático)! Espero que nos reencontremos em breve. Que possamos tocar-nos de novo.
Até lá, resta-me suspirar! E porventura soltar uma ou outra gotinha salgada de saudade.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Tom Ford is in the house

Depois de ter partilhado aqui o retorno das esplendorosas embalagens brancas do maravilhoso Tom Ford, eis que venho agora, como orgulhosa detentora de uma destas fofuras, partilhar a minha saga.
Ter coisas giras não é fácil! Uma pessoa apaixona-se por um produto. Ruma a outra cidade, noutro país, para o comprar (bem... não só para isso, mas também!). Leva consigo um cartão multibanco e dinheiro, não vá alguma coisa falhar no momento da verdade. Uma pessoa sobrevive à viagem de avião. Chega viva ao hotel. Sai linda e maravilhosa para comprar tudo aquilo a que tem direito. Chega ao local do crime, prepara-se para o golpe. E... "Não há!" Como não?! Uma pessoa revolta-se, mas não desiste. Usa o telemóvel para localizar o ponto de venda mais próximo. A bandida da rede não funciona. Horror dos horrores! Wifi? Nada! Ofendida pela vida, rejeitada pela sociedade e ferida de morte, uma pessoa decide dar uma volta para se recompor do choque. E é aí que, entre entradas e saídas de metro, debaixo de chuva e vento, percorrendo o longo, pedregoso e espinhoso caminho do consumo louco, o desejado ponto de venda é surpreendentemente encontrado. O pedido é feito. O produto é entregue. Sucesso! 
Momento para um alerta sonoro (tanto quanto possível) a todos os que desejam um batom enfiado nesta embalagem: as cores da edição limitada têm voado das lojas que nem pãezinhos quentes gratuitos. Portanto fofuras, corram para agarrar as cores que restam (pelo menos a Paradiso e a Summer Fling parecem andar totalmente desaparecidas em combate). Por um lado é bom. Assim uma pessoa não tem tanta oportunidade para soltar a frangona de forma irremediavelmente empobrecedora e comprar dois ou três exemplares. Por outro é sempre doloroso não poder espetar as unhas (e esfregar os lábios) em belos artigos de edição limitada.
No meu caso, consegui trazer o Sweet Spot. Não sou grande especialista na descrição de cores, portanto limito-me a dizer que é um laranjinha coral, mais para o coral do que para o laranjão. Muito elucidativo, portanto!
A textura é suave, super agradável. A pigmentação é boa e a duração média. Tudo óptimo, não fosse custar tanto utilizar! Malvados sejam os que decidiram largar o logotipo na zona da aplicação do batom. Assim vai desaparecer! Tristeza das tristezas!
Posto isto, Tom Ford é claramente uma super armadilha. Desde a embalagem de cartão, passando pelo saquinho perfumado onde os vendedores colocam as compras, terminando na pesada, mas docemente colorida, embalagem recheada do que há de melhor, para a Muito Pipi é amor total!