sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A comunicação de moda e beleza é opressiva?

Alerta momento paixão louca por Julia Petit (já idolatrada aqui)!
Fofuras, vale super a pena ver o vídeo que aparece abaixo. Em 2 Chopes (programa curto mas bem bom!) com Júlia Petit é possível perceber que para além de criativa, divertida e cativante, a giríssima brasileira é também uma pessoa desempoeirada, consciente e com forte poder de reflexão.
É muito bom saber que alguém de quem se gosta profissionalmente tem opiniões tão interessantes. E tem mais, muito mais. Júlia prova aqui que elabora deias e pensa acerca de temáticas pouco desenvolvidas na blogoesfera de uma forma bem mais profunda do que preconceitos acerca de profissionais desta área poderiam fazer crer. Na verdade algumas das questões levantadas no programa acabaram por me fazer pensar e rever imagens mentais. E é isto que é apaixonante aqui.
Será a comunicação de moda e beleza realmente opressiva? Possivelmente. Concordo sem dúvida com a ideia de afunilamento da imagem. Mas não só da feminina. Concordo igualmente que a forma como a comunicação é feita pode ser opressiva. Mas acho ao mesmo tempo que a questão é mais profunda e tem a ver com a forma como cada um se sente na sua pele. De qualquer forma, e porque o assunto é muito mais complexo do que três ou quatro linhas permitem demonstrar, qualquer que seja o vosso posicionamento, parar para pensar (e para rir!) com a senhora Petit é sempre uma delícia.

"Mas qual é o segredo para ser bonita?" - Michel Blanco
"Feliz. Dar risada." - Julia Petit

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Primeiro mandamento: Não pedirás conselhos!

Não é uma resolução de ano novo, mas podia bem ser. Aguardem fofuras, aguardem que isto é coisa séria!
Depois de anos dramáticos recheados de ataques escaldantes e de trocas de palavras alucinantes, eis que tomei uma grande decisão: não mais me envolverei em conversas cosméticas com trabalhadores de perfumarias e restantes postos de venda de produtada belezística!
A explicação é simples: quando vivia em Portugal a minha opinião acerca das pessoas que trabalham em lojas de cosméticos não era a melhor. E porquê? Ora bem... porque embora me tivesse cruzado com muitos sujeitos simpáticos e atenciosos, houve sempre um momento em que se tornaram evidentes falhas sérias no que dizia respeito à capacidade para aconselhar a clientela.
Anos de comentários descabidos, informações completamente erradas e todo um conjunto de senso comum sem qualquer base científica deixaram-me exausta (calma calma, almas ofendidas, obviamente haverá pessoal com grande formação e experiência, conhecedor profundo das novidades cosméticas e capaz de criar a união perfeita entre pessoa e produto, qual agência casamenteira. Simplesmente eu nunca conheci nenhum desses iluminados seres trabalhadores em Portugal).
E pois que uma pessoa muda de país. E pois que uma pessoa vem para Londres. E pois que a pessoa compra. E pois que a pessoa contacta com muita alma aconselhadora. E pois que nada muda! É isso mesmo fofuras, depois de quase 3 meses de vida em Londres, a verdade é que sinto que o cenário é o mesmo. 
"Ah, sabe, o protector solar deve ser posto em pequena quantidade!", "Ah sabe, a Roche Posay tem protectores solares tão maus que têm de se reaplicar a cada meia hora.", "Ah sabe, ácido retinóico não pode ser o princípio activo de um creme!", "Ah... e se aplicar protector solar não há necessidade de aplicar hidratante", "Ah... e borbulhas são para secar!" Ahhhhhhhh.... obrigada pelos esclarecimentos querida senhora claramente especialista nesses que são os assuntos da pele. Muito obrigada por todo esse conjunto de informação que só pessoas completamente ignorantes poderiam confundir com barbaridades. Muito obrigada por existir e por falar tão bem!
 Agradecimentos à parte, a realidade é que temi pela carreira desta menina e pelos futuros clientes desta estaminé tão apetitosamente localizado e tão bem recheado.
E é por isso que, se já antes temia, agora quando os conselheiros de beleza se aproximarem de mim e perguntarem dengosamente: "Posso ajudar?" Eu escancararei um simpático sorriso e com toda a veemência direi: "Obrigada, mas não obrigada".

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Pushing up

Passageira tardia no comboio do amor a certos produtos, a Muito Pipi mantém-se igual a si mesma. Vários meses depois de ouvir e ler juras de fidelidade ao delineador da Benefit, o They're Real! push-up, eis que só agora o pretinho fofinho entrou neste lar londrino de onde vos escrevo.
E por falar em lar londrino, ai meus queridos! Preciso muito de partilhar o horror dos horrores que é procurar (e encontrar!) casa nesta cidade. O que há de espelunca caríssima, de bairro vagabundo e de pormenores escaldantemente inesperados (estou a falar contigo prédio sem luz, com corrimão abanador e janelas partidas!) é uma alegria. Posto isto, está decidido! Muito brevemente sairá para o mundo um blog dedicado a aventuras londrinas. Há muita coisa que tem de ser contada. Muita coisa de beleza com certeza. Mas igualmente muita coisa de outras áreas de interesse. Mais pormenores para breve!
Regressando à Benefit e ao material. Confesso que não sei até que ponto isto é produto para mudar a vida de uma pessoa que domine tudo o que é delineação. Eu não sou claramente um desses seres e é sem pudores que partilho publicamente a minha entrada no comboio de amor a este queridinho. Acho que o facto de ser um produto em gel, jorrado através de uma borrachinha com um corte esplendoroso, torna este delineador numa pequena maravilha. É fácil de controlar, seca bem e mantém-se no lugar o dia todo. Bem... na verdade todo todo não sei, que eu costumo envolver-me com ele entre a tarde e a noite. E como não permito entrada de maquiagem no meu leito de amor, invariavelmente livro-me do delineador antes de dormir. Ainda assim, pela amostra que tenho tido, acredito que ele se porte igualmente bem quando envolvido em relações mais duradouras.
Resumo dos resumos: ide, ide e comprai fofuras, em particular se temem delineadores, se já se viram violentamente borrados na vida (quem nunca?) e se apreciam o formato caneta. Podia até dizer que não há como enganar. Mas na verdade, mesmo com um delienador amigável como este, continua a ser preciso treinar e experimentar. Portanto borrem, borrem toda uma pálpebra (ou duas... só por uma questão de simetria) com este fofinho.
Quanto a preços, não faço ideia de que loucuras se praticam em Portugal mas o meu, rapinado numa Boots, rondou as 19 libras.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Entre falta de internet e frio

Fofuras deste mundo, seres doces e pacientes que têm esperado por mim, voltei! Não prometo é que seja por muito tempo.
A Muito Pipi mudou de casa e deixou para trás toda uma vida de alegria com internet da boa, todo o dia a toda a hora. Daqui a pouco tempo deverei ter o meu domicílio totalmente equipado com o que Londres tem para oferecer mas até lá, e enquanto a coisa não arranca, resta-me agarrar momentos de Wi-Fi amigo para partilhar umas imagens e escrever umas palavras do bem. Têm sido mais imagens do que palavras, bem sei. Mas hoje será diferente! 
Ora bem, a cidade de Londres não era propriamente desconhecida para mim. Muito menos o seu simpático e refrescante inverno. Mas meus queridos, nada me podia preparar para a violação que a pele sofre aqui!
Uma pessoa pensa que domina o mundo da beleza. E vem toda pronta, com um manancial de produtos, de técnicas e de ideias infalíveis para resistir ao frio que, no fundo no fundo, nem espera que seja assim tão chocante. Como em qualquer história de terror os primeiros dias correram bem. Pele impecável (eliminadas que estão borbulhas vagabundas do mal!), cabelo bem comportado, corpo quente e protegido. Mas de repente, vá-se lá saber como ou porquê, a loucura desceu à cidade e cravou as suas geladas garras pontiagudas em mim. Uma festa de secura nasal e de orelhas de onde voam com o vento peles e mais peles, como se de infitas peles soltas fossem formadas. E aí uma pessoa inspira e saca das grandes armas: super hidratantes e lã! E besunta-se. E enrola-se toda. E segue o seu caminho. E nisto o pescoço começa a ficar com comichão. E a pessoa coça. E coça mais um pouco. E quando chega a casa é brindada com a maravilhosa oportunidade de se ver ao espelho e de perceber que, onde antes havia um caminho para o rosto, descansa agora uma planície de irritação, vermelhidão e destruição!
Aterrorizada que estava com a possibilidade do horror se estender à zona labial, corri para agarrar um dos melhores hidratantes de sempre: Rêve de Miel (já falado aqui)!
Pois é meus queridos, muito material vai e vem, mas este fofinho permanece. E até pode não morar sempre na mesma casa que eu. Mas nunca abandona o meu coração! É que isto é coisa grossa, forte e profunda. Daquelas que salvam bocas por este mundo fora. E se a coisa funcionava mais que bem em Portugal, posso confirmar que em Londres a minha admiração segue firme.
Imagino que alguns conhecedores deste bálsamo possam estar a achar a embalagem que figura acima um bocado fajuta. Mas não! Este não é um caso de pirataria cosmética. Não não! O caso é outro: edição comemorativa e, permitam-me, super fofa!
Foi com com toda a alegria que, numa farmácia perto de casa (daquelas que vendem Bioderma, Nuxe e coisas que tais) me deparei com isto.
Bem... na verdade não foi com esta torre a fazer lembrar uma escadaria de bolinhos magnificamente recheados que me deparei. Teria sido bom. Teria sido bonito. Mas não! No meu caso havia embalagens com diferentes cores espalhadas pelo balcão. Não tão bonito, mas igualmente bom!
E claro, agarrei logo a versão cor de rosa, ou não fosse eu a pobre louca da "cor das meninas".
Por aqui estas simpáticas surpresas custam 9.5 libras. E... quero todas!

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Burt's Bees, ou o cheiro que amedronta a Roberta

Fofuras deste mundo, semanas depois da bomba residencial ter sido largada neste estaminé, eis que a Muito Pipi reaparece, vinda do frio das nuvens londrinas, para partilhar uma super maravilha invernal.
Há algum tempo atrás, numa das costumeiras mas sempre excitante promoções Bootianas, consegui arrecadar um pack da Burt's Bees pelo magnífico preço de... tchanananã! Zero libras! Oh yes! Alegria das alegrias! Tão emocionante quanto a experiência com o recheio da caixinha amarela de cartão: um bálsamo labial suuuuper mentolado, um creme para cutículas numa caixinha bem fofa e uma bisnaga recheada de material capaz de salvar muita manúpula negligenciada. Tudo bem bom, tudo bem simpático, tudo bem eficiente. E assim entrou a Burt's Bees alegremente para a minha mala londrina, sempre a precisar de protectores para o frio.
No meio disto tudo a única infeliz é a Roberta. É verdade! A minha querida irmã não ficou nada contente com esta situação. E não por ser uma bruxa invejosa, de nariz comprido e verruga peluda. Não por querer ver o meu mal em forma de tristeza ressequida. Não por querer assistir, rindo maleficamente, enquanto as minhas mãos e lábios largam pedaços qual réptil rastejante a ofertar pele (como esta história pode fazer suspeitar).
Não! É tudo uma questão de cheiro. Uma pessoa encremalha-se, aproxima-se ingenuamente da irmã amada e eis que uma voz aterrorizada exclama: "Cada vez que ela vai a Londres traz cremes de mãos mal cheirosos!" Credo! Infâmia das infâmias! Como assim? Como ousa Roberta sequer colocar a hipótese da Muito Pipi andar por aí com perfumes chocantes? Bem me parecia que esta cria tinha sido encontrada no caixote do lixo! Só um trauma desse calibre pode explicar tamanha desfaçatez.
Mas tudo bem! Porque a vingança se serve fria, aproveito para deixar uma mensagem à minha doce e querida irmã: Meu amor, agora que eu vivo em Londres, imagina tu o pantanal de fragrâncias asquerosas com as quais te vou poder brindar no Natal! Merry (Smelly) Christmas darling!

sábado, 25 de outubro de 2014

Algures entre uma dica e uma novidade

Diquinha amiga, rapidinha, super (mas super mesmo!) inovadora! Inesperada. Loucamente surpreendente. Algo nunca antes visto! Ui ui!
Fofuras deste mundo, vive com vocês todo um comboio de batonzada (castanha, creme, laranja que nem um fruto redondo, rosona ou vermelhona sangue fresco) que não sabem como usar?
Durante muitos anos a Muito Pipi não comprava maquiagem, em grande parte porque a família fofura máxima de onde venho fazia o favor de encher a minha vida com produtada da boa. Dior, Estée Lauder, Yves Saint Laurent, Lâncome e afins iam aparecendo embrulhadas duas vezes por ano: Natal e Aniversário.
Agradecimentos eternos por esses anos de oferendas divinas. Mas uma coisa que sucede com as ofertas é a inevitável impossibilidade de escolher. E no meio de paixões à primeira vista, vieram também cores que durante anos não conseguia usar.
Ora fofuras, pasmem com a revelação escaldante que tenho para soltar aqui: basta misturar! Cores muito escuras com outras clarinhas. Batons sem grande cor com gritantes amigos deslizantes. Uhhhhhh! Quanta criatividade! Bem sei meus queridos, bem sei!
Também sei que há pessoas que não apreciam a sujadela que acaba por se dar quando se misturam cores na boca. Mas nada que um dedinho simpático ou um doce e amigo pincel não possam resolver. E nisto cria-se uma infinidade de cores. Um pouco mais vivas, com um toque de morte ou um soltanço da franga em forma de brilhantes.
Como nota final, uma novidade refrescante (em consonância com o tempo que se faz sentir): A Muito Pipi vai mudar-se para Londres! Oh sim senhores, a paixão à distância vai transformar-se num casamento, com tudo o que isso implica. Excitação pela partilha, convivência diária, noites loucas de diversão, zangas ocasionais resolvidas com lembranças de amor e, claro, saudades de outras paixões.
Este blog continua pois numa casa física diferente, mas no mesmo espaço interior de sempre. E em jeito de conclusão, sempre atenta a pessoas fofas que disseram que gostariam muito de me ver (escrever) noutro registo, quem sabe se não sai um blog novo? Oh no, not another emigration blog (carinha sorridente, olhinho piscador)! Bem sei que isto tem estado lento que nem um caracol coxo e embriagado. Sabe-se lá o que a entrada de um novo filho pode fazer a uma pessoa. A ver vamos! Que as águas do Tamisa me inspirem!

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Células mortas? Ou uma sobremesa deliciosa?

A Muito Pipi tem andado fugida. De tal forma que qualquer dia este blog vai ser obrigado a mudar de nome, para "Um Blog Muito Morto". Antes que isso acontença, e porque acredito nos meus poderes reanimadores, desçamos juntos às profunduras da beleza alimentar.
Não meus queridos, esta não vai ser um incursão pelo mundo da nutrição. Não! Por estes lados fala-se de material de beleza comestível. Um pouco ao estilo Nara, aquela maravilhosa invenção das televendas, que prometia depilar e alimentar Portugal. Alguém se lembra? Alguém usou? Alguém comeu? Com pêlos? Sem pêlos? Partilhai, por favor partilhai as vossas histórias (aqui, a prova de que a Muito Pipi não é a única a lembrar-se deste diamante bruto das noites de insónia).
Há algum tempo atrás, Hamburguer (uma das melhores amigas desta pessoa que vos escreve) partilhou comigo, entusiasmada pela sua mais recente descoberta, todo um mundo de pormenores super especiais acerca de uma tal de LUSH, uma marca aparentemente focada no respeito pelos animais e na comercialização de produtos fresquinhos e fofos. Mais: decidida a soltar o vício em mim, a mistura humana de pão, alface e carne, tomou a iniciativa de me brindar (como prova a imagem instagramal) com todo um cabaz de excitantes produtos da marca inglesa. Cada um mais giro que o anterior, cada um mais criativo do que qualquer coisa que eu pudesse realmente imaginar.
De todas as ofertas, uma em particular captou a minha atenção. Bubblegum! Um exfoliante labial com cheirinho (e saborzinho) a... pastilha elástica, pois claro!
Fofuras, exfoliar com este material é uma festa. Um convívio belezístico com direito a cocktail. Um mar doce de sal cor-de-rosa. Uma maneira de manter tudo em movimento para as pessoas com pouco tempo. Porquê? Embeleza e alimenta. Um dois em um como não há igual. Depois de massajar os lábios com esta pastinha rosa, nada de lhes atirar água para cima. Não! É sacar essas línguas para fora e lamber tudo bem lambido, que foi para isso que isto foi feito. "Ah, Muito Pipi, não acho muito bem estar a lamber células mortas e a comer exfoliante!" Se não acha, claramento é porque nunca aqui meteu a boca.
Eu, a outrara nada ligada a exfoliantes labiais, dou por mim, antes de lavar os dentes, a pensar: "Apetece-me qualquer coisa doce!". E é sem qualquer vergonha que me vejo obrigada a confessar que, por mais do que uma vez, passei o dedinho indicador no exfoliante e levei-o à boca. Ao interior mesmo! E sim, ignorei a paragem labial óbvia. E sim, gostei muito! E sim, vou continuar! Lamberei Bubblegum até que a língua me doa. Que os lábios me caiam. Que os dentes se revoltem. Que não haja 7.25 euros para comprar um potinho.
Bubblegum: por um snack no WC!