sábado, 21 de fevereiro de 2015

Protector quando? Talvez depois

Estávamos em Maio de 2013. A Muito Pipi desculpava-se por não escrever no blog há 4 dias (mal se sabia a avalanche de ausência postiana que se faria sentir mais à frente) e partilhava algumas ideias relacionadas com o dilema "protector solar - antes ou depois do hidratante" (desejosos de regressar ao passado? É por aqui).
Na altura fazia todo o sentido para mim proteger primeiro e hidratar depois. Mas fofuras, tal como aconteceu com o drama da lavagem matinal, a verdade é que de lá para cá muitas coisas mudaram. O filme agora é outro. E inclui imagens fortes de hidratadela antes da protecção solar.
De uma forma geral tenho uma postura muito cuidadosa no que diz respeito aos cuidados de pele. Ao contrário da maquiagem, que tende a saltar das prateleiras para a minha mala no calor do momento, quando o assunto é pele pura e dura a metodologia é bem menos livre. Como escolhe então a Muito Pipi os seus produtos? Pesquisando meus queridos. Pesquisando forte e feio. Lendo rótulos. Ignorando ingredientes que são vendidos como ouro e jorrando para a cara activos cuja eficácia é suportada pela ciência. 
E é exactamente por isso que sou fã fanzona do Pedro (já idolatrado aqui), do Cosme Asia. E sim... foi ele, no meio de muitas outras opiniões, que me fez rever a posição do protector solar na rotina belezística, com um belíssimo texto escrito para o Stash (este). Por lá, entre outras coisas, é feita referência a um artigo científico que apresenta a hidratação como uma amiga impulsionadora do protector solar. Obviamente isto não significa que estamos perante uma verdade absoluta e incontestável. Nem que quem se protege do sol de forma diferente é um louco sem noção, que merece ser enjaulado num cave escura e apedrejado com frascos de hidratante (até porque apedrejar com frascos pode ser difícil!).
Para mim o mais importante é a informação. Se se preocupam com cuidados de pele, conseguir tomar decisões informadas e reflectir acerca dos produtos com os quais contraem matrimónio pode ser tão importante como parar para pensar em qualquer outro assunto.
Posto isto, eu branquinha Muito Pipi assumo: mudei de opinião. E espero mudar muitas mais vezes.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Dior reciclado

Há quase um ano atrás (aqui), a Muito Pipi chorava o desaparecimento de um dos seus perfumes favoritos e partilhava o nascimento de uma nova fragrância, numa altura em que ainda não era claro o rumo que a relação com o Miss Dior Blooming Bouquet iria tomar.
Hoje, muitas borrifadelas depois, posso dizer que eu e ele estamos juntos para o que der e vier. Em particular se a Dior não lhe der sumiço e se não vier uma nave espacial cheia de marcianos sugar uma por uma todas as embalagens do dito cujo. Oremos irmãos e esperemos pelo melhor!
Repetição importante: o primeiro post em que falei do Blooming Bouquet tem quase um ano de vida. Guardem esta informação com carinho, por favor!
Há cerca de de duas semanas atrás, ia esta consumista Muito Pipi que vos escreve a passear alegremente por uma gigantesca Boots londrina quando, muito ao estilo "Oasis for men" (como ilustra a imagem Modern Familiana), foi atacada por um senhor de perfume em riste. "Quer experimentar o novo Dior?"
"Siiiimmmmm!"
Mas afinal não. Aquela não era uma novidade vinda directamente do paraíso da perfumaria francesa. Não! Não! Mil vezes não! Aquele era o Miss Dior Blooming Bouquet. Maravilhoso, cheiroso e amoroso, mas não novo.
De uma maneira educada e simpática, expliquei: "Eu já tenho. E adoro!"
A resposta foi curta, grossa (em português de Portugal e do Brasil) e inesperada, servida numa bandeja pintada com o rígido pincel do desdém: "Ah que bom! É a primeira pessoa a tê-lo!".
Chocada que fiquei, parei para pensar. Estaria eu a confundir? Poderia aquela ser uma nova versão, ultra fantástica, jorrada para dentro de uma embalagem reciclada? Estaria eu a entrar no mundo da loucura perfumante e a ver em todos os perfumes o meu amado? "Bom... talvez esteja enganada. Mostre-mo então outra vez, por favor." Tudo calmo, tudo tranquilo, tudo simpático. Mas não havia como negar. Aquele era mesmo o perfume que eu julgava ser. Explicada a certeza ao vendedor, a reacção não se fez tardar: "Que bom para si!"
Verdadeiramente incomodada, mas não sem antes explicar ao dominador das datas de nascimento dos produtos perfumantes da Dior que aquele amiguinho já andava à solta há bem mais de 6 meses, dirigi-me para a caixa. Mais do que a falta de educação do vendedor, intrigava-me a certeza expressa nas palavras.
Hum... estaria ele a tentar ludibriar pobres compradores, prontos a ajoelhar-se aos seus pés perante a possibilidade de conhecer uma nova criação da Dior? Teria ele próprio sido ludibriado por um supervisor diabólico, desejoso de ver o seu colaborador humilhado e atirado para a sarjeta perfumante mais próxima? Ou, loucura das locuras, seria Portugal uma meca da perfumaria, por onde todos os produtos passavam antes de serem lançados em Londres? Tantas questões!
Na dúvida, fixem a embalagem acima! A rosadinha fechada com um laço prateado. E não! Este não é o novo perfume da Dior.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Papel?

Maquiagem. Esse mundo de tonalidades impressionantes. Essa floresta de embalagens absurdamente sedutoras. Essa caverna de perdição deliciosamente perfumada. Oh... maquiagem. Doce e bela maquiagem. Líquida. Em creme. Em pó. Em pó e... papel?!
Pois que parece que sim, queridos e queridas. Pelo menos há uma marca, a Mai Couture, que anda a soltar folhinhas coloridas desde 2011.
Aparentemente a ideia é simplificar a aplicação de material embelezador. Sem mãos cheias de produtada, sem pinceladas fora do lugar, sem ocupar muito espaço.
 E nessa missão inovadora pois que há de um tudo! Base, blush, iluminador e bronzeador enfiados em bloquinhos dourados, em forma de papelinhos empoeirados, recheados de pigmentos prontos a ser esfregados na cara de uma pessoa.
Hummmm... Será que isto é material do bom? Não faço ideia. Mas quero muito descobrir.
Bloquinhos bonitinhos, que devem ser fáceis de acomodar dentro de uma mala e de sacar para fora em qualquer lugar, e que podem ser enfiados em bolsinhas giras comercializadas pela marca, merecem sem dúvida uma inspecção.
Prepara-te Londres, vou desfolhar pela cidade! Que comece o esfrega esfrega!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A comunicação de moda e beleza é opressiva?

Alerta momento paixão louca por Julia Petit (já idolatrada aqui)!
Fofuras, vale super a pena ver o vídeo que aparece abaixo. Em 2 Chopes (programa curto mas bem bom!) com Júlia Petit é possível perceber que para além de criativa, divertida e cativante, a giríssima brasileira é também uma pessoa desempoeirada, consciente e com forte poder de reflexão.
É muito bom saber que alguém de quem se gosta profissionalmente tem opiniões tão interessantes. E tem mais, muito mais. Júlia prova aqui que elabora deias e pensa acerca de temáticas pouco desenvolvidas na blogoesfera de uma forma bem mais profunda do que preconceitos acerca de profissionais desta área poderiam fazer crer. Na verdade algumas das questões levantadas no programa acabaram por me fazer pensar e rever imagens mentais. E é isto que é apaixonante aqui.
Será a comunicação de moda e beleza realmente opressiva? Possivelmente. Concordo sem dúvida com a ideia de afunilamento da imagem. Mas não só da feminina. Concordo igualmente que a forma como a comunicação é feita pode ser opressiva. Mas acho ao mesmo tempo que a questão é mais profunda e tem a ver com a forma como cada um se sente na sua pele. De qualquer forma, e porque o assunto é muito mais complexo do que três ou quatro linhas permitem demonstrar, qualquer que seja o vosso posicionamento, parar para pensar (e para rir!) com a senhora Petit é sempre uma delícia.

"Mas qual é o segredo para ser bonita?" - Michel Blanco
"Feliz. Dar risada." - Julia Petit

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Primeiro mandamento: Não pedirás conselhos!

Não é uma resolução de ano novo, mas podia bem ser. Aguardem fofuras, aguardem que isto é coisa séria!
Depois de anos dramáticos recheados de ataques escaldantes e de trocas de palavras alucinantes, eis que tomei uma grande decisão: não mais me envolverei em conversas cosméticas com trabalhadores de perfumarias e restantes postos de venda de produtada belezística!
A explicação é simples: quando vivia em Portugal a minha opinião acerca das pessoas que trabalham em lojas de cosméticos não era a melhor. E porquê? Ora bem... porque embora me tivesse cruzado com muitos sujeitos simpáticos e atenciosos, houve sempre um momento em que se tornaram evidentes falhas sérias no que dizia respeito à capacidade para aconselhar a clientela.
Anos de comentários descabidos, informações completamente erradas e todo um conjunto de senso comum sem qualquer base científica deixaram-me exausta (calma calma, almas ofendidas, obviamente haverá pessoal com grande formação e experiência, conhecedor profundo das novidades cosméticas e capaz de criar a união perfeita entre pessoa e produto, qual agência casamenteira. Simplesmente eu nunca conheci nenhum desses iluminados seres trabalhadores em Portugal).
E pois que uma pessoa muda de país. E pois que uma pessoa vem para Londres. E pois que a pessoa compra. E pois que a pessoa contacta com muita alma aconselhadora. E pois que nada muda! É isso mesmo fofuras, depois de quase 3 meses de vida em Londres, a verdade é que sinto que o cenário é o mesmo. 
"Ah, sabe, o protector solar deve ser posto em pequena quantidade!", "Ah sabe, a Roche Posay tem protectores solares tão maus que têm de se reaplicar a cada meia hora.", "Ah sabe, ácido retinóico não pode ser o princípio activo de um creme!", "Ah... e se aplicar protector solar não há necessidade de aplicar hidratante", "Ah... e borbulhas são para secar!" Ahhhhhhhh.... obrigada pelos esclarecimentos querida senhora claramente especialista nesses que são os assuntos da pele. Muito obrigada por todo esse conjunto de informação que só pessoas completamente ignorantes poderiam confundir com barbaridades. Muito obrigada por existir e por falar tão bem!
 Agradecimentos à parte, a realidade é que temi pela carreira desta menina e pelos futuros clientes desta estaminé tão apetitosamente localizado e tão bem recheado.
E é por isso que, se já antes temia, agora quando os conselheiros de beleza se aproximarem de mim e perguntarem dengosamente: "Posso ajudar?" Eu escancararei um simpático sorriso e com toda a veemência direi: "Obrigada, mas não obrigada".

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Pushing up

Passageira tardia no comboio do amor a certos produtos, a Muito Pipi mantém-se igual a si mesma. Vários meses depois de ouvir e ler juras de fidelidade ao delineador da Benefit, o They're Real! push-up, eis que só agora o pretinho fofinho entrou neste lar londrino de onde vos escrevo.
E por falar em lar londrino, ai meus queridos! Preciso muito de partilhar o horror dos horrores que é procurar (e encontrar!) casa nesta cidade. O que há de espelunca caríssima, de bairro vagabundo e de pormenores escaldantemente inesperados (estou a falar contigo prédio sem luz, com corrimão abanador e janelas partidas!) é uma alegria. Posto isto, está decidido! Muito brevemente sairá para o mundo um blog dedicado a aventuras londrinas. Há muita coisa que tem de ser contada. Muita coisa de beleza com certeza. Mas igualmente muita coisa de outras áreas de interesse. Mais pormenores para breve!
Regressando à Benefit e ao material. Confesso que não sei até que ponto isto é produto para mudar a vida de uma pessoa que domine tudo o que é delineação. Eu não sou claramente um desses seres e é sem pudores que partilho publicamente a minha entrada no comboio de amor a este queridinho. Acho que o facto de ser um produto em gel, jorrado através de uma borrachinha com um corte esplendoroso, torna este delineador numa pequena maravilha. É fácil de controlar, seca bem e mantém-se no lugar o dia todo. Bem... na verdade todo todo não sei, que eu costumo envolver-me com ele entre a tarde e a noite. E como não permito entrada de maquiagem no meu leito de amor, invariavelmente livro-me do delineador antes de dormir. Ainda assim, pela amostra que tenho tido, acredito que ele se porte igualmente bem quando envolvido em relações mais duradouras.
Resumo dos resumos: ide, ide e comprai fofuras, em particular se temem delineadores, se já se viram violentamente borrados na vida (quem nunca?) e se apreciam o formato caneta. Podia até dizer que não há como enganar. Mas na verdade, mesmo com um delienador amigável como este, continua a ser preciso treinar e experimentar. Portanto borrem, borrem toda uma pálpebra (ou duas... só por uma questão de simetria) com este fofinho.
Quanto a preços, não faço ideia de que loucuras se praticam em Portugal mas o meu, rapinado numa Boots, rondou as 19 libras.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Entre falta de internet e frio

Fofuras deste mundo, seres doces e pacientes que têm esperado por mim, voltei! Não prometo é que seja por muito tempo.
A Muito Pipi mudou de casa e deixou para trás toda uma vida de alegria com internet da boa, todo o dia a toda a hora. Daqui a pouco tempo deverei ter o meu domicílio totalmente equipado com o que Londres tem para oferecer mas até lá, e enquanto a coisa não arranca, resta-me agarrar momentos de Wi-Fi amigo para partilhar umas imagens e escrever umas palavras do bem. Têm sido mais imagens do que palavras, bem sei. Mas hoje será diferente! 
Ora bem, a cidade de Londres não era propriamente desconhecida para mim. Muito menos o seu simpático e refrescante inverno. Mas meus queridos, nada me podia preparar para a violação que a pele sofre aqui!
Uma pessoa pensa que domina o mundo da beleza. E vem toda pronta, com um manancial de produtos, de técnicas e de ideias infalíveis para resistir ao frio que, no fundo no fundo, nem espera que seja assim tão chocante. Como em qualquer história de terror os primeiros dias correram bem. Pele impecável (eliminadas que estão borbulhas vagabundas do mal!), cabelo bem comportado, corpo quente e protegido. Mas de repente, vá-se lá saber como ou porquê, a loucura desceu à cidade e cravou as suas geladas garras pontiagudas em mim. Uma festa de secura nasal e de orelhas de onde voam com o vento peles e mais peles, como se de infitas peles soltas fossem formadas. E aí uma pessoa inspira e saca das grandes armas: super hidratantes e lã! E besunta-se. E enrola-se toda. E segue o seu caminho. E nisto o pescoço começa a ficar com comichão. E a pessoa coça. E coça mais um pouco. E quando chega a casa é brindada com a maravilhosa oportunidade de se ver ao espelho e de perceber que, onde antes havia um caminho para o rosto, descansa agora uma planície de irritação, vermelhidão e destruição!
Aterrorizada que estava com a possibilidade do horror se estender à zona labial, corri para agarrar um dos melhores hidratantes de sempre: Rêve de Miel (já falado aqui)!
Pois é meus queridos, muito material vai e vem, mas este fofinho permanece. E até pode não morar sempre na mesma casa que eu. Mas nunca abandona o meu coração! É que isto é coisa grossa, forte e profunda. Daquelas que salvam bocas por este mundo fora. E se a coisa funcionava mais que bem em Portugal, posso confirmar que em Londres a minha admiração segue firme.
Imagino que alguns conhecedores deste bálsamo possam estar a achar a embalagem que figura acima um bocado fajuta. Mas não! Este não é um caso de pirataria cosmética. Não não! O caso é outro: edição comemorativa e, permitam-me, super fofa!
Foi com com toda a alegria que, numa farmácia perto de casa (daquelas que vendem Bioderma, Nuxe e coisas que tais) me deparei com isto.
Bem... na verdade não foi com esta torre a fazer lembrar uma escadaria de bolinhos magnificamente recheados que me deparei. Teria sido bom. Teria sido bonito. Mas não! No meu caso havia embalagens com diferentes cores espalhadas pelo balcão. Não tão bonito, mas igualmente bom!
E claro, agarrei logo a versão cor de rosa, ou não fosse eu a pobre louca da "cor das meninas".
Por aqui estas simpáticas surpresas custam 9.5 libras. E... quero todas!