quinta-feira, 12 de março de 2015

Pestanizando por medida

Se há coisa que entusiasma a Muito Pipi (em conjunto com miniaturas e outros materiais deliciosos), é uma boa, velha e amiga personalização. Como não adorar coisas feitas para nós? E, mais ainda, com o nosso nome? Como, pergunto eu? Como?!
Será fácil compreender toda a alegria, emoção e (admita-se) alguma histeria que tomaram conta de mim quando recebi a notícia de que a Eyeko andava desde o início do mês a criar máscaras de pestanas customizadas. Bespoke! "Ai, mas como assim?" perguntei eu ao meu próprio ser, numa salada de perturbação e excitação.
Ora bem fofuras, pois que a coisa parece funcionar da seguinte maneira: quando em Londres, uma pessoa vai até Knightsbridge, dirige-se à Eyeko da Harvey Nichols e deita para fora as pestanas (que idealmente já deverão estar para fora, até porque qualquer outro cenário me parece profundamente doloroso!). À vossa espera estarão um estilista pestanal, preparado para ouvir todas as vossas queixas e anseios, e um editor de máscaras de pestanas, treinado para percorrer os aplicadores e fórmulas da marca e criar o produto perfeito. Ohhhhhhhhhhhhh! Siiiiimmmm!
Vale partilhar todas as vossas dores, todos os vossos sonhos e quaisquer desejos escaldantes que envolvam pêlos oculares. Depois disso há espaço para toda uma pré-selecção de material, que culmina com um momento lúdico, recheados de escovinhas limpas e fórmulas mascarantes. Tudo isto em cerca de 15 minutos. O resultado: uma prescrição em forma de mistura de emoções para pestanas, protegida por uma caixa fofamente identificada com as iniciais do respectivo dono. Ohhhhhhhhhhhhhhhhh! Quero tanto!
Aguardem-me fofuras, que para a semana será a minha vez de meter os olhos num Bespoke. Vou soltar a franga na Harvey Nichols! Se também quiserem soltar coisas (o que quer que seja!) por lá, podem simplesmente aparecer ou fazer uma marcação através de bespoke@eyeko.com, que foi basicamente o que eu fiz.
Todo este serviço de amor custa 28 libras (quase 40 euros). Que horror gritarão alguns! Que maravilha, gincharei eu, aguardando ansiosamente pelo encontro entre as minhas pestanas e o seu príncipe encantado.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Solta-se o Oscar

Confesso que este ano a passadeira vermelha dos Oscars não me fez soltar a franga decapitada da paixão e correr por essa blogosfera fora a pregar o meu amor.
Ainda assim, como houve algumas escolhas que captaram a minha atenção, cá me encontro para partilhar belos pedaços. Pedaços de rosto. De cabelo. E de roupa. 
Na categoria favoritos maquiantes, para mim a estrela da noite foi sem dúvida a linda Chloë Moretz. Fiquei maravilhada com a forma jovem, suave e naturalmente bonita como a actriz norte americana se apresentou.
Seguindo a ideia de simplicidade embelezadora, desta vez na secção cabelo, Gwyneth Paltrow saiu à rua sem grandes piruetas capilares. Impecável, elegante, com um toque especial (e uns brincos muuuuiiito bons!). Maravilhosa!
Maquiagem desafiadoramente neutra + cabelo assimetricamente equilibrado + vestido sofisticadamente sensual = Emma Stone. Para mim a combinação resultou num visual belo, cheio de luz, cor e detalhes.


Confesso que não concordo de todo com a máxima "com um vestido preto nunca me comprometo". Acho que o preto nos pode comprometer sim. Como o branco. O azul. O verde. O laranja. Como qualquer cor!
Para mim claramente Rosamund Pike esteve longe de se comprometer. Pelo menos em qualquer sentido pejorativo. E assim lá veio ela, vermelhona, sedutora e polida. E muito, muito bonita!
Bem sei que a blogosfera elouqueceu com comparações entre o belíssimo vestido de Jennifer Lopez e o, para mim mais interessante, modelo de Luciana Pedraza. Pela cor, pela ausência de cinto e pelo pormenor da barra perto do chão, este tornou-se sem dúvida um dos meus favoritos da noite.
E Felicity Jones? O que dizer deste vestido poder total? Deslumbrante! A combinação da elaboração justa ao corpo na parte de cima com a suavidade princesal da parte de baixo entusiasmaram-me realmente. Mais: a actriz só não faz parte das minhas queridinhas faciais porque sinto que a proposta da Marlene Vinha (um batom de famílias laranjais) teria funcionado bastante melhor.
E eis que chegámos ao momento "vestido maravilhoso que fica bem até com o fato e a estatueta do marido", protagonizado por Hannah Bagshawe. Um vestido subtil mas especial, com aquilo que me parecem ser umas belas penas. Haja mulher pássara na passadeira vermelha. Sublime!


E para terminar, Chloë de novo, agora por amor ao vestido. Embora reconheça algum peso ao dito cujo, a verdade é que gosto muito dele. Suave, romântico e com um toque renascentista. Super amor!

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Protector quando? Talvez depois

Estávamos em Maio de 2013. A Muito Pipi desculpava-se por não escrever no blog há 4 dias (mal se sabia a avalanche de ausência postiana que se faria sentir mais à frente) e partilhava algumas ideias relacionadas com o dilema "protector solar - antes ou depois do hidratante" (desejosos de regressar ao passado? É por aqui).
Na altura fazia todo o sentido para mim proteger primeiro e hidratar depois. Mas fofuras, tal como aconteceu com o drama da lavagem matinal, a verdade é que de lá para cá muitas coisas mudaram. O filme agora é outro. E inclui imagens fortes de hidratadela antes da protecção solar.
De uma forma geral tenho uma postura muito cuidadosa no que diz respeito aos cuidados de pele. Ao contrário da maquiagem, que tende a saltar das prateleiras para a minha mala no calor do momento, quando o assunto é pele pura e dura a metodologia é bem menos livre. Como escolhe então a Muito Pipi os seus produtos? Pesquisando meus queridos. Pesquisando forte e feio. Lendo rótulos. Ignorando ingredientes que são vendidos como ouro e jorrando para a cara activos cuja eficácia é suportada pela ciência. 
E é exactamente por isso que sou fã fanzona do Pedro (já idolatrado aqui), do Cosme Asia. E sim... foi ele, no meio de muitas outras opiniões, que me fez rever a posição do protector solar na rotina belezística, com um belíssimo texto escrito para o Stash (este). Por lá, entre outras coisas, é feita referência a um artigo científico que apresenta a hidratação como uma amiga impulsionadora do protector solar. Obviamente isto não significa que estamos perante uma verdade absoluta e incontestável. Nem que quem se protege do sol de forma diferente é um louco sem noção, que merece ser enjaulado num cave escura e apedrejado com frascos de hidratante (até porque apedrejar com frascos pode ser difícil!).
Para mim o mais importante é a informação. Se se preocupam com cuidados de pele, conseguir tomar decisões informadas e reflectir acerca dos produtos com os quais contraem matrimónio pode ser tão importante como parar para pensar em qualquer outro assunto.
Posto isto, eu branquinha Muito Pipi assumo: mudei de opinião. E espero mudar muitas mais vezes.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Dior reciclado

Há quase um ano atrás (aqui), a Muito Pipi chorava o desaparecimento de um dos seus perfumes favoritos e partilhava o nascimento de uma nova fragrância, numa altura em que ainda não era claro o rumo que a relação com o Miss Dior Blooming Bouquet iria tomar.
Hoje, muitas borrifadelas depois, posso dizer que eu e ele estamos juntos para o que der e vier. Em particular se a Dior não lhe der sumiço e se não vier uma nave espacial cheia de marcianos sugar uma por uma todas as embalagens do dito cujo. Oremos irmãos e esperemos pelo melhor!
Repetição importante: o primeiro post em que falei do Blooming Bouquet tem quase um ano de vida. Guardem esta informação com carinho, por favor!
Há cerca de de duas semanas atrás, ia esta consumista Muito Pipi que vos escreve a passear alegremente por uma gigantesca Boots londrina quando, muito ao estilo "Oasis for men" (como ilustra a imagem Modern Familiana), foi atacada por um senhor de perfume em riste. "Quer experimentar o novo Dior?"
"Siiiimmmmm!"
Mas afinal não. Aquela não era uma novidade vinda directamente do paraíso da perfumaria francesa. Não! Não! Mil vezes não! Aquele era o Miss Dior Blooming Bouquet. Maravilhoso, cheiroso e amoroso, mas não novo.
De uma maneira educada e simpática, expliquei: "Eu já tenho. E adoro!"
A resposta foi curta, grossa (em português de Portugal e do Brasil) e inesperada, servida numa bandeja pintada com o rígido pincel do desdém: "Ah que bom! É a primeira pessoa a tê-lo!".
Chocada que fiquei, parei para pensar. Estaria eu a confundir? Poderia aquela ser uma nova versão, ultra fantástica, jorrada para dentro de uma embalagem reciclada? Estaria eu a entrar no mundo da loucura perfumante e a ver em todos os perfumes o meu amado? "Bom... talvez esteja enganada. Mostre-mo então outra vez, por favor." Tudo calmo, tudo tranquilo, tudo simpático. Mas não havia como negar. Aquele era mesmo o perfume que eu julgava ser. Explicada a certeza ao vendedor, a reacção não se fez tardar: "Que bom para si!"
Verdadeiramente incomodada, mas não sem antes explicar ao dominador das datas de nascimento dos produtos perfumantes da Dior que aquele amiguinho já andava à solta há bem mais de 6 meses, dirigi-me para a caixa. Mais do que a falta de educação do vendedor, intrigava-me a certeza expressa nas palavras.
Hum... estaria ele a tentar ludibriar pobres compradores, prontos a ajoelhar-se aos seus pés perante a possibilidade de conhecer uma nova criação da Dior? Teria ele próprio sido ludibriado por um supervisor diabólico, desejoso de ver o seu colaborador humilhado e atirado para a sarjeta perfumante mais próxima? Ou, loucura das locuras, seria Portugal uma meca da perfumaria, por onde todos os produtos passavam antes de serem lançados em Londres? Tantas questões!
Na dúvida, fixem a embalagem acima! A rosadinha fechada com um laço prateado. E não! Este não é o novo perfume da Dior.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Papel?

Maquiagem. Esse mundo de tonalidades impressionantes. Essa floresta de embalagens absurdamente sedutoras. Essa caverna de perdição deliciosamente perfumada. Oh... maquiagem. Doce e bela maquiagem. Líquida. Em creme. Em pó. Em pó e... papel?!
Pois que parece que sim, queridos e queridas. Pelo menos há uma marca, a Mai Couture, que anda a soltar folhinhas coloridas desde 2011.
Aparentemente a ideia é simplificar a aplicação de material embelezador. Sem mãos cheias de produtada, sem pinceladas fora do lugar, sem ocupar muito espaço.
 E nessa missão inovadora pois que há de um tudo! Base, blush, iluminador e bronzeador enfiados em bloquinhos dourados, em forma de papelinhos empoeirados, recheados de pigmentos prontos a ser esfregados na cara de uma pessoa.
Hummmm... Será que isto é material do bom? Não faço ideia. Mas quero muito descobrir.
Bloquinhos bonitinhos, que devem ser fáceis de acomodar dentro de uma mala e de sacar para fora em qualquer lugar, e que podem ser enfiados em bolsinhas giras comercializadas pela marca, merecem sem dúvida uma inspecção.
Prepara-te Londres, vou desfolhar pela cidade! Que comece o esfrega esfrega!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A comunicação de moda e beleza é opressiva?

Alerta momento paixão louca por Julia Petit (já idolatrada aqui)!
Fofuras, vale super a pena ver o vídeo que aparece abaixo. Em 2 Chopes (programa curto mas bem bom!) com Júlia Petit é possível perceber que para além de criativa, divertida e cativante, a giríssima brasileira é também uma pessoa desempoeirada, consciente e com forte poder de reflexão.
É muito bom saber que alguém de quem se gosta profissionalmente tem opiniões tão interessantes. E tem mais, muito mais. Júlia prova aqui que elabora deias e pensa acerca de temáticas pouco desenvolvidas na blogoesfera de uma forma bem mais profunda do que preconceitos acerca de profissionais desta área poderiam fazer crer. Na verdade algumas das questões levantadas no programa acabaram por me fazer pensar e rever imagens mentais. E é isto que é apaixonante aqui.
Será a comunicação de moda e beleza realmente opressiva? Possivelmente. Concordo sem dúvida com a ideia de afunilamento da imagem. Mas não só da feminina. Concordo igualmente que a forma como a comunicação é feita pode ser opressiva. Mas acho ao mesmo tempo que a questão é mais profunda e tem a ver com a forma como cada um se sente na sua pele. De qualquer forma, e porque o assunto é muito mais complexo do que três ou quatro linhas permitem demonstrar, qualquer que seja o vosso posicionamento, parar para pensar (e para rir!) com a senhora Petit é sempre uma delícia.

"Mas qual é o segredo para ser bonita?" - Michel Blanco
"Feliz. Dar risada." - Julia Petit

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Primeiro mandamento: Não pedirás conselhos!

Não é uma resolução de ano novo, mas podia bem ser. Aguardem fofuras, aguardem que isto é coisa séria!
Depois de anos dramáticos recheados de ataques escaldantes e de trocas de palavras alucinantes, eis que tomei uma grande decisão: não mais me envolverei em conversas cosméticas com trabalhadores de perfumarias e restantes postos de venda de produtada belezística!
A explicação é simples: quando vivia em Portugal a minha opinião acerca das pessoas que trabalham em lojas de cosméticos não era a melhor. E porquê? Ora bem... porque embora me tivesse cruzado com muitos sujeitos simpáticos e atenciosos, houve sempre um momento em que se tornaram evidentes falhas sérias no que dizia respeito à capacidade para aconselhar a clientela.
Anos de comentários descabidos, informações completamente erradas e todo um conjunto de senso comum sem qualquer base científica deixaram-me exausta (calma calma, almas ofendidas, obviamente haverá pessoal com grande formação e experiência, conhecedor profundo das novidades cosméticas e capaz de criar a união perfeita entre pessoa e produto, qual agência casamenteira. Simplesmente eu nunca conheci nenhum desses iluminados seres trabalhadores em Portugal).
E pois que uma pessoa muda de país. E pois que uma pessoa vem para Londres. E pois que a pessoa compra. E pois que a pessoa contacta com muita alma aconselhadora. E pois que nada muda! É isso mesmo fofuras, depois de quase 3 meses de vida em Londres, a verdade é que sinto que o cenário é o mesmo. 
"Ah, sabe, o protector solar deve ser posto em pequena quantidade!", "Ah sabe, a Roche Posay tem protectores solares tão maus que têm de se reaplicar a cada meia hora.", "Ah sabe, ácido retinóico não pode ser o princípio activo de um creme!", "Ah... e se aplicar protector solar não há necessidade de aplicar hidratante", "Ah... e borbulhas são para secar!" Ahhhhhhhh.... obrigada pelos esclarecimentos querida senhora claramente especialista nesses que são os assuntos da pele. Muito obrigada por todo esse conjunto de informação que só pessoas completamente ignorantes poderiam confundir com barbaridades. Muito obrigada por existir e por falar tão bem!
 Agradecimentos à parte, a realidade é que temi pela carreira desta menina e pelos futuros clientes desta estaminé tão apetitosamente localizado e tão bem recheado.
E é por isso que, se já antes temia, agora quando os conselheiros de beleza se aproximarem de mim e perguntarem dengosamente: "Posso ajudar?" Eu escancararei um simpático sorriso e com toda a veemência direi: "Obrigada, mas não obrigada".