terça-feira, 24 de maio de 2016

Há muito muito tempo...

A Muito Pipi assistiu hoje a um dos vídeos mais interessantes de sempre. O tema: pensos higiénicos!
Pelo que se sabe as mulheres sempre viveram com esse demónio em forma de mar sangrento, ao qual algumas pessoas gostam de chamar menstruação. E por mais que o bárbaro visitante mensal seja conhecido e esperado, diz esta fêmea que vos escreve, que se há coisa que isto é é um incómodo que não se aguenta.
Míticas histórias de panos habilmente colocados na roupa interior feminina eram do meu conhecimento. Mas até hoje nunca havia parado para questionar o impacto da menstruação antes do advento de modernidades como pensos, tampões e copos menstruais.
Este vídeo leve e descomprometido fez-me pensar na saudosa definição da mulher como um ser inferior, limitado por regulares surpresas preparadas pelo seu corpo num caldeirão disfarçado de sistema reprodutor e incapaz de experienciar a vida como os homens. E em como um objecto tão pouco interessante como um penso higiénico moderno foi capaz soltar a mulherada numa multiplicidade de áreas.
Percebo agora bem melhor os rosto delirantes jorrando felicidade das protagonistas dos anúncios de pensos e tampões. Elas claramente fizeram esta reflexão muito antes de mim.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Desapegos forçados

Quase 7 meses depois do último post a Muito Pipi voltou, como que saída de uma looonnnnga hibernação. Antes de voltar à programação normal, recheada de produtada maravilha, numa explosão de cores e texturas, um post tão rápido quão explicativo.
No fim do ano a Muito Pipi deslocou-se alegremente a Portugal para uma deliciosa visita. Esperava sol. Esperava temperaturas rebeldemente superiores às londrinas. Esperava loucura, emoção e surpresas. E pois que embora muito expectante, nada me poderia preparar para a realidade. Aproveitando a minha ausência estratégica, eis que Londres decidiu fazer uma festa. Primeiro na cave do meu prédio, depois no hall, passando carinhosamente pela escadaria principal e deixando o seu toque escaldante no meu apartamento.
E "há um incêndio". E "é pequeno!" E "não está nos apartamentos". Não! "E talvez seja melhor preparar-se uma acomodação temporária no regresso". E "talvez haja danos nos apartamentos". Sim! "E são grandes? São!"
E pois que foi isto. Ardeu todo um prédio, com o lar doce (e claramente quente) lar da Muito Pipi lá dentro. Arderam bens, presentes e recordações. Arderam paredes cheias de sorrisos, cheiros e sabores. Ardeu alguma segurança, um balde de estabilidade e muita alegria. E ardeu, assuma-se, também um pouquinho da alma da Muito Pipi. Porque claramente não era imortal, ardeu a grande maioria da colecção belezística desta que vos escreve, cremes, perfumes e maquiagem incluídos.
Por acasos da vida amiga, a Muito Pipi andava a banhar-se por Portugal aquando da chuva de chamas que pousou na sua habitação e por isso mesmo tinha consigo alguns dos seus items maquiantes favoritos. Aleluuuia! 
Posso dizer agora, vários meses depois que, passado (algum do) horror inicial da perda, voltou a ser entusiasmante ler, namorar e adquirir produtos. Vários meses depois é ainda interessante voltar ao básico e reaprender forçadamente a simplificar hábitos. Vários meses depois quero muito voltar a escrever e a tirar da Muito Pipi os fragmentos de cinza que ainda restam. Vários meses depois, acreditando (ai por favor sim!) que os meus novos amiguinhos belezísticos não serão consumidos por outra chama que não a da minha paixão, voltei para partilhar o que de Muito Pipi há em mim.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

De volta. Ou como viver numa figueira.

Voltei voltei, voltei de lá. Ainda agora estava afogada em chuva e vento mas agora já estou cá. Quente, seca e bem ciente da minha ausência prolongada. Peço que encaminhem toda a vossa revolta para a verdadeira culpada pelo meu desaparecimento: Roberta. É verdade. Não quero ser queixinhas. Nunca. Jamais. Mas as verdades têm de ser ditas. E pois que o animal veio passar um boa temporada a Londres. E claro que a Muito Pipi, como irmã dedicada, amorosa e inigualável, focou toda a atenção na cria de sapinho que dizem ser sua irmã. 
Voltei hoje, para uma breve mas doce partilha. Sai mais uma humilhante história das aventuras da Muito Pipi pelo mundo.
Num passeio pela adorável Liberty, decidi apresentar Roberta ao maravilhoso mundo das fragrâncias Le Labo. No meio das embalagens minimalistas, uma em particular, e a minha favorita: Figue 15.
E pois que sprayzei um papelinho, pois que me enchi de perfume e é até possível que, inadvertidamente, tenha borrifado a cara e o cabelo da minha querida irmã. Festival de figo iniciado, fui para casa, cheirando vezes e vezes sem conta o meu corpo (hum...) para me certificar que valia a pena integrar esta fruta na minha  restrita colecção perfumante. 

No meio do entusiasmo decidi verificar o preço do amiguinho. Mas... onde estava ele? Não aparecia no site, não havia como o encontrar nas minhas procurar googlescas. Oh não!!!!! Teria ele sido exterminado, como tantos outros antes (história de terror aqui)? Nãããããõoooooooo!
Minutos mais tarde foi a hora do medo sair de cena para permitir a entrada do novo protagonista. O constrangimento. E pois que parece que o Figue 15 existe. Está vivo. Está bem. Recomenda-se. Simplesmente não é um perfume para o corpo. Não meus queridos, o mais recente desejo de consumo da Muito Pipi é nada mais nada menos do que um perfume para a casa, qual ambientador luxuoso a soltar fruta doce e refrescante pelos lares do mundo.
Posto isto, e antes que se preocupem: a minha pele está bem! Tão bem que me questiono quão estranho (leia-se chocante, triste e ridículo) seria iniciar uma figueira neste corpo que é meu. Hum... Muito? Pouco? Nada? Nadaaaaaa!!!!!

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Favoritões - Parte 2

Continuando a prometida e demorada lista de amados do momento (iniciada aqui), deixo-vos agora, esparramados que nem lagartixas ao sol, os restantes queridos:
- Stick Labial Coco (Dermophil Indien) - Comprei este queridinho no sempre amigo Cocooncenter, depois de ter ouvido as melhores coisas acerca da marca. Cheira super bem, hidrata muito e custa pouco (3.7€). Um total amor de Verão que acredito que vá arrastar-se pelo Outono e pelo Inverno, de preferência com novas aquisições familiares. 
- Secret de Maquilleurs Éclait du Regard (Embryolisse) - Este é um daqueles desnecessários sem os quais uma pessoa deixa de conseguir viver (#malucagem). O que isto refresca tudo o que é pele à volta dos olhos... Ohhhhhhhhhhh! Alegria, amor e carinho eternos. Não acho que hidrate como manda a lei. E não sei até que ponto alisa o que quer que seja. Mas é tão fantasticamente viciante que não há como lhe negar um contacto mais íntimo todas as manhãs. Como que em jeito de preparação para a festa de produtos que virá a seguir. Problema: por ser em stick, a dada altura deixa de ser possível esfregar o material nos olhos. Porquê? Estão a ver como no fim dos batons uma pessoa tem de enfiar o dedinho na base interna para conseguir alcançar o produto que por lá ainda se encontra? Aqui acontece exactamente o mesmo. A questão é que esfregar o material nos dedos e depois nos olhos não tem o mesmo efeito que passar a coisa directamente na carinha. Compreendo e respeito o design, mas choro por dentro quando deixo de conseguir dar-lhe forte com a embalagem (que custa uns 12.50 euros).
- Instant Radiance Highlighter(Nº7) - Estou viciadona neste iluminador. Na altura em que apareceram os sticks de contorno da Clinique, deparei-me com esta belezura e apaixonei-me. Fofuras londrinas e visitantes, vocês metam as mãos nisto. É bom. Mas bom. Mas boooooommmm! Por 9.95 libras, esta doçura reluzente merece com toda a certeza um lugar de destaque na minha vida. Até porque desde que entrou cá em casa tem sido usado e abusado seriamente. De aplicação simples e com uma cor que funciona muito bem para mim (alerta branquinhas do mundo!), esta foi sem dúvida uma das melhores descobertas dos últimos meses.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Favoritões - parte 1

Inaugurando um novo estilo neste (quase) abandonado estaminé, A Muito Pipi brinda-vos hoje com uma listinha de queridos, amados e abusados do momento.
Em homenagem à minha querida Roberta (que podem conhecer virtualmente aqui e ali), decidi dividir esta partilha em duas partes. Não fosse a minha doce irmã tentar esquivar-se à leitura das maravilhosas linhas que se seguem.
Espelho meu, espelho meu, quem são os produtos com os quais a Muito Pipi endoideceu?
 
- Curl Conscious Defining Creme for fine curls (Bumble and bumble) - Este produto é de um nível muito muito bom. Em particular quando tudo o que querem na vida é ter um amigo que ajude a definir caracóis, mantendo o volume e a forma dos ditos cujos até à lavagem seguinte. Sem rigidez, sem sensações colantes, sem pesar. O preço (cerca de 30€) não é o mais amigo, mas pela qualidade e quantidade de produto, vale muito a pena.
- Lemon Butter Cuticle Cream (Burt's Bees) - Esta coisa do bem, que já foi referida rapidamente por aqui, tem andado na minha mala desde que vim para Londres. Com um cheiro cítrico bem simpático, esta pastinha amarela trata das cutículas como manda a lei. Mais uma vez não se pode dizer que seja a mais barata das coisas do mundo (8 euros por 17g) mas é dinheiro que atiro alegremente para cima de qualquer item que cumpra tão bem o seu propósito como esta fofura.
- Gel de Duche de Figo (Korres) - Amantes de figos, corram para isto! O meu lema é: com figos vale tudo. Fincar-lhes os dentes, esfregá-los no corpo, tomar banho com eles, usá-los para perfumar a casa. Tudo! Se têm algum tipo de desejo de intimidade com figalhada, vocês ponham as vossas mãos e os vossos corpos neste gel sensacional. E sim, também não é baratão (£8 - 250ml), mas é absolutamente delicioso!
- Olive Virgin Oil Swabs (DHC) - Comprados numa visita Londrina há algum tempo atrás, estes cotonetes nunca mais faltaram cá em casa, em particular na hora de tirar restos maquiantes. Toda a história de amor aqui.
 

No próximo episódio "Favoritões - parte 2", com a ilustre presença de Dermophil Indien, Nº7 e Embryolisse.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Frog Prince time

Uma partilha rapidinha: a Muito Pipi está a viver um momento de desejo louco. Daqueles que nada acalma. Daqueles que fazem bater forte o tambor (dizem!) que é o coração de uma pessoa. Daqueles que nos fariam correr para a loja mais próxima, não estivesse a insensível fechada a sete chaves.
O querido platónico do momento é um batom. De embalagem fofamente rosa. E material verde. Não a embalagem. O próprio batom. Sim sim. Um batom verde.
Antes que começem a questionar o estado mental desta vossa doce e fofa blogger, fica o esclarecimento: não, meus queridos, não quero esverdejar por essas (ou estas!) ruas fora, que nem lagartixa linda e cosmopolita. Não!
O desejado é o Frog Prince, da Lipstick Queen, que com a cor louca traz a promessa de deixar os lábios personalizadamente rosa. Supostamente o comportamento do bicho vai ser diferente dependendo dos lábios onde tocar. Não sei o que vocês acham disso, mas eu sou toda a favor de coisas diferentes, mesmo que isso implique esfregar sticks verdes em partes do meu rosto. Posto isto, aguardem aguardem que eu vou mas eu volto. 
(Hum... questão pós desejo: que tipo de fenómeno colorífico terá lugar se uma pessoa passar, inadvertidamente, o Frog Prince nos dentes? Hum... Hum...)

terça-feira, 5 de maio de 2015

Sobre igualdade de City Blocks

A Muito Pipi sempre adorou um bom protector solar. Daqueles amigos que envolvem a pele numa névoa de brancura, daqueles suaves e gostosos que confortam uma pessoa, daqueles que brotam de embalagens maravilhosas. Mas fofos, nesta altura da vida confesso que adoro sobretudo qualquer um que não arda!
Antes do episódio acne do mal, eu usava basicamente todo e qualquer protector solar que me apetecesse, com uma forte inclinação para o mundo Antheliano. Com o início da aventura "Revolta Facial", e muito devido à introdução de um certo amiguinho ácido na minha rotina nocturna, esta pele que me cobre tem passado por uns momentos mais sensíveis (a vida Londrina, e a sua água dura de roer, também agitaram a coisa por estes lados). E pois que, de repente, os amados protectores solares de outrora deixaram de poder ser usados diariamente. Estava iniciada uma nova fase belezística, com a procura de alternativas não dolorosas.
Entre erros e acertos, o City Block Sheer SPF 25 da Clinique entrou na minha vida, como que empurrado pelas palavras apaixonadas de vítimas de pele sensível. Não irritante, fácil de espalhar e colorido mas muito leve. Resultado: pele com aspecto de pele. Luminosa, suave e livre de sofrimento. Pontos negativos? A cor única. Ainda que a cobertura seja muito leve, e por isso a cor não tenha o mesmo impacto que teria num produto com maior poder mascarante, a verdade é que para mim (uma branca assumida sem qualquer sombra de vergonha) o City Block Sheer é escuro. Mas bom... uma vez que acaba por ser atirado para todas as zonas que estão expostas, a coisa tende a não chocar.
Para além do City Block Sheer, a Clinique deu igualmente à luz um irmão mais potente, o Super City Block com SPF 40. Todo o carinho, todo o amor, toda a apreciação. Vai Clinique! Mas fofuras, leiam bem o que vos diz a Muito Pipi: eles podem ser irmãos. Mas não são gémeos!
Anda por aí um movimento de pessoas (da Clinique inclusivamente) que afirmam a pés juntos que as duas versões partilham uma mesma fórmula, diferindo apenas no nível de protecção solar. Uma mesma fórmula, uma mesma cor, uma mesma textura. Uma mesma fajutice, digo eu! 
Em termos de fórmula, e focando a atenção apenas no tipo de ingredientes usados para afastar raios solares com potencial maltratador, a verdade é que o City Block Sheer conta com o Dióxido de Titânio e Óxido de Zinco (dois filtros solares físicos) enquanto que o Super City Block vem abastecido com Óxido de Zinco, Octinoxate, Dióxido de Titânio e Octisalate (dois protectores físicos e dois químicos). Estamos a falar da presença de ingredientes bem diferentes fofuras. O que ganha toda uma importância especial pelo facto de muito pessoal de pele sensível ter dificuldades de relacionamento com protectores solares químicos. Então sensíveis do mundo, cuidado!
Como dona das duas versões, posso dizer que o City Block Sheer SPF 25 está muito acima do Super City Block SPF 40 no ranking amoroso Muito Pipi. Porquê? O Super City, embora ligeiramente mais claro, tem uma cobertura maior e é mais difícil de espalhar. O aspecto também é um pouco menos luminoso. E sim... já tive momentos de ardor com ele. Não sempre, mas em dias de pele mais louca a coisa não foi tranquila. Para além disso, e embora a marca grite aos sete ventos que é possível aplicar a versão SPF40 no contorno dos olhos, por estes lados a experiência não corrobora a afirmação Cliniquiana. Já o amigo com SPF 25, quando aproximado dos olhos, não gerou nenhum tipo de comportamento estranho.
Pausa para apreciação de provas. Na mão fantasminha à vossa esquerda vão encontrar não só duas filas de maravilhosas bolinhas como também dois espalhamentos de produto. Acho que não é preciso explicar a ninguém que é assim que se mostram, de forma profissional e científica, as características de um protector solar. Isto caso se estejam a questionar, claro.
A diferença é ligeira, mas as bolinhas mais à esquerda, feitas com o Super City Block SPF 40, são (pelo menos na vida real) mais claras e encorpadas. As da direita, provenientes de uma embalagem de City Block Sheer SPF 25, embora um pouco mais escuras são mais líquidas. Aliás, é fácil de perceber (espero eu!) que quando espalhados, os dois amiguinhos ficam com um aspecto bastante diferente.
Dito e mostrado isto, não se deixem enganar meus queridos! Se mais alguém vos disser que tudo o que tem "City Block" no nome é igual, esguichem-lhe protector para cima e fujam. Fujam!