terça-feira, 9 de setembro de 2014

Cabelo amanteigado

Olá, eu sou a Muito Pipi e sou uma manteigodependente.
Tudo começou em Julho quando comprei uns produtos novos. De lá para cá tenho experienciado uma forte adicção e não sei como avançar com a minha vida. Só penso em manteiga. Sonho com manteiga. Quero passar o dia a massajar-me com a manteiga. Só de imaginar a minha vida sem ela sinto o meu cabelo a embrulhar-se num novelo sem fim. Não sei o que fazer! Temo que esta dependência arruine a minha vida, entupa a minha banheira e acabe com as minhas poupanças. Os responsáveis? Os demónios da Rene Furterer, criadores da linha Karité. Acho sinceramente que esta gente devia ser punida. Não há ninguém que acabe com esta pouca vergonha?!
Confesso ainda só ter testado a máscara, o creme leave-in e o sérum reparador, mas temo! Temo muito meus caros. Temo pela minha segurança caso surja alguma oportunidade de mergulhar o cabelo nos restantes produtos desta linha.
O que será de mim? Como poderei continuar a viver? A vestir-me? A comer?!
O horror dos horrores começou com inocentemente sedutora Intense Nourishing Mask. Olhei para ela e pensei: "Que mal pode uma manteiguinha com coisinhas escuras fazer?" Muito! A embalagem é uma belezura. O cheiro é absolutamente irresistível. A textura é maravilhosa. Posto isto pergunto: Como pode uma pessoa evitar passar horas e horas debaixo de água a brincar com o cabelo recém mascarado? Como? Ohhhhhhhhhhhhhhhhh. Dureza das durezas! Mas o pior, o pior acontece quando chega a altura de retirar a máscara. Ohhhhhhhhhh (de novo)! Como dói deixá-la ir assim, cano abaixo, quando desejo secretamente mantê-la sempre comigo, num emporcalhamento capilar sem fim.
Quanto aos leave-in (o Nourishing Cream e o Repairing Serum), apetece tomar banho com eles.Não juntos num mesmo compartimento. Não não. Jorrá-los para cima mesmo! Mas não, aparentemente não é possível. Dizem os malfeitores da marca que basta uma pequena quantidade. E mesmo eu, cabeludona da vida com jubona abaixo da peitaça, vejo-me obrigada a não usar mais do que o equivalente a uma colher de chá do creme e dois pumps do sérum. Resultado: cabelo controlado, macio e cheiroso e várias horas do dia passadas num agarra e cheira capilar. Huuuummmmmmm! Delicioso! Hummmmm! Assustador!
Conselho final para os destemidos: caso queiram abraçar a vida do vício, vale muito a pena espreitar a marca no simpático, carinhoso e inesperadamente barato Cocoon Center. Não sei quanto custa este misto de emoções em Portugal, mas eu comprei 200ml de máscara (que bonito!) e 30 ml de creme por menos de 30 euros na lojinha online. "Ah, e o sérum?" O sérum foi oferta. Tudo para agarrar uma pessoa, para potenciar a dependência. "Ah, tome lá Sra Dona Muito Pipi, um produtinho maravilha totalmente grátis!". Muito obrigada demónio! Muito obrigada por transformar a minha vida num infinito inferno de dependência perfumada e sedosa.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Dica contra brancura desfeita

Uma pessoa levanta-se de manhã, lava a carinha (sim, depois de tempos assumidamente sujos, a Muito Pipi voltou ao mundo da limpeza matinal. Em breve mais pormenores), hidrata-se toda, aplica uma dose simpática de protector solar e, de repente, no meio da aplicação (ou mais tarde no meio da maquiação!), pedaços brancos começam a soltar-se. Nãooooooooooooooooo!
Mas porquêêêêêêêê? Cremes baixo nível? Protectores vagabundos? Pele do mal? Brancura que vem de dentro? Maldição? Possivelmente nada disto fofuras.
Depois de 28 anos de intensa protecção solar percebi que o segredo para evitar o visual borracha dilacerada por fortes apagadelas é não ser uma louca. Pois sim meus queridos, esta é a primeira dica amiga do dia, atirada directamente aos mãos pesadas do mundo (como eu!). Controlem-se fofuras! Eu sei quão emocionante é jorrar uma montanha de hidratante para mão e espalhá-la na cara. Oh se é! Mas não meus queridos, fujam disso! Um super mergulho cremoso, por mais refrescante que seja, pode não ser a melhor opção quando queremos que tudo corra bem na nossa vida facial (e social).
Dicona 2: Dar tempo ao tempo. Se a pessoa já está hidratada é sempre bom fazer uma pausa na beleza e ir comer, beber, desodorizar partes... Dar pelo menos 10/15 minutos à pele antes de ser atacada de novo é sempre simpático. Passado esse tempo força no protector! Com um pequeno cuidado: evitar o esfrega esfrega frenético.  Espalhar é bom, claro! Ninguém quer gotas brancas soltas pela cara. Tudo certo, tudo bem, tudo belo. Mas basta distribuir o produto fofuras. Não é preciso andar a passear com ele numa massagem infinita. Bem sei que alguns protectores antes de secarem deixam uma pessoa com um aspecto meio oleoso e nada gostoso. Não desesperem! Mais uma vez uns 10/15 minutos de pausa nas lides faciais deve resolver o problema. Caso contrário fujam dessa besta e procurem um amigo mais leve!
E é isto fofuras! Se ainda assim se desfazem a cada aplicação do protector ou da maquiagem, corram para o dermatologista mais próximo e falem-lhe da vossa tragédia. Ao que parece há produtos que não se dão muito bem e, no estrafego do conflito, coisas estranhas podem acontecer. Por isso, e porque uma pessoa merece estar protegida e gira, nada melhor do que pedir ajuda especializada a um domador de peles.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Dior Show

Há mais de um ano atrás foi com toda a emoção que partilhei aqui um desejo ardente: ter uma Flash Corrector (a.k.a canetinha apagadora de emporcalhamentos diabólicos) só para mim.
Os dias passaram, a vida avançou, outros objectos do mal foram sendo comprados e a vontade que outrora parecia irresistível, foi sendo substituída por mil e uma outras paixões arrebatadoras. Perdão Dior, perdão!
Entretanto, há umas semanas atrás, na loucura já partilhada que são as promoções fortes e belas da Perfumes & Companhia, cruzei-me com a Flash Corrector. Linda, fofa e por metade do preço habitual! "Custava 20 euros, agora custa 10?" Wiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Emoção forte! Amor renascido! Necessidade imediata! Afinal, como pode uma pessoa negar a adopção de uma coisa que sempre quis ter (mesmo que dela se tenha esquecido)?
Agora, depois de várias semanas de partilha de intimidade, estou pronta para soltar a minha sentença. Condeno pois a canetinha preta à reclusão numa casa Muito Pipi durante a vida útil das suas 4 pontas húmidas, sendo a sua principal função a correcção pouco profunda e pontual de erros nada bonitos. Terá ainda oportunidade de gozar de saídas ocasionais, sempre que se antecipar a necessidade de correcção no exterior do imóvel.
E é isto! Mas não temam fofuras, o bicho pode ser usado sem medo em coisas escuronas, tipo delineador ou rimmel e tudo correrá bem desde que o limpem antes de o voltarem a utilizar. Caso contrário há uma forte probabilidade da vossa cara ficar mais suja do que limpa. Nunca!
No fundo a Flash Corrector é um extra. Não é um bem absolutamente necessário que muda a vida de uma pessoa. Que faz um ser humano apaixonado por maquiagem questionar-se como foi possível sair de casa decente sem ele? Não! Na prática é uma forma mais bonita e arrumadinha de resolver problemas técnicos. Mas não faz mais do que um cotonete molhado (em água, desmaquilhante, baba, azeite (como estes) ou em qualquer outra coisa que vos faça felizes). As diferenças entre a Flash Corrector e um pauzinho envolvido em algodão são duas: o aspecto e o preço.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Rampling Nars


Uma pessoa vive apaixonada pela Nars. Pois claro que vive. E, para que a convivência amorosa versão cosmética seja a mais feliz possível, não há como escapar à aceitação das pequenas imperfeições da marca amada. Entre nós (eu a Nars) há um problema: o empacotamento. É verdade que as caixinhas são práticas, simpáticas, duradouras e tal. Também assumo que não aparentam ter saído de uma ruela de horror, prontas a aterrorizar qualquer transeunte da avenida da beleza. Têm até um ar muito profissional e composto. Ainda assim, não me deixam louca de emoção cada vez que aparecem no meu campo de visão. 
Já o recheio é todo outro mundo que salta do preto básico, numa festa sem fim de pós gostosos, cremes apetitosos e cores deliciosas que conseguem vascolejar incessantemente o meu coração e abrir convictamente a minha carteira. Posto isto, ignorem-se as embalagens e esqueçam-se os exteriores luxuosos! A Nars merece! Mais ainda agora que, à qualidade maquiante decidiu aliar uma super força modelante. Haja imagem para tamanho poder de sedução!


Marcas que conseguem olhar para a beleza de uma forma realista, dinâmica e duradoura mexem comigo. Em particular quando escolhem como modelo a maravilhosa actriz Charlotte Rampling, de 68 anos. Sim sim!

E eis que, depois de ter elogiado aqui outra mulher que se insere belamente na categoria "mais de 50", voltei hoje a sentir-me motivada para a terceira idade. Seja a minha beleza igualmente serena, sedutora, cuidada e confiante e serei a sexagenária mais pipi de todo o sempre.
Nars + Charlotte Rampling = me likes it mais que demais!

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Light Makeup

Se há coisa que entusiasma a rapariga Muito Pipi que sou eu, que me faz soltar gritinhos histéricos e descabelar a minha juba interior é material novo. Há material físico capaz de despoletar este tipo de comportamentos. Mas aquilo que enlouquece mesmo esta pessoa que vos escreve é perceber como as coisas funcionam, descobrir novidades escaldantes e enfiar-me por novas abordagens adentro.
Uma das maiores embaixadoras de inovação da minha vida é a Joana do See Music. E pois que ontem foi exactamente ela quem me brindou com o conceito de maquiagem electrónica. "Oi? Como? Quando? Onde? Porquê?" questionei-me eu. A resposta a (quase) todas as questões está aqui:

Acredito que alguns dos apaixonados por maquiagem possam não se sentir particularmente animados com esta técnica. Afinal, muito do prazer maquiante está na brincadeira, na experimentação e na criação. Ainda assim, para mim a maquiagem digital é absolutamente fascinante do ponto de vista artístico e cénico. Imaginar o potencial deste tipo de aplicação é um exercício deveras estimulante.
De resto, desejo muito ver na prática aquilo que me deslumbra em teoria. De preferência confortavelmente sentada numa plateia e impecavelmente maquiada. Por mim. Manualmente.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

De volta à vaselina

Fofuras, é oficial! A Muito Pipi desenterrou um amor antigo e está neste momento a viver uma fase "Vaselina".
Com certeza não será difícil para os meus amigos mais antigos abrir a gaveta das memórias e arrancar lá de dentro mais do que uma imagem da minha pessoa com uma bisnaga de vaselina na mão. Grandes e pequenas, usualmente mais feias do que bonitas, se há coisa que durante anos nunca faltou na minha mala foi pelo menos uma embalagem recheada com a pastinha branca.
Muitas piadas foram feitas, muitos comentários duvidosos foram proferidos, muitos olhares de vergonha alheia foram lançados. "Dá-me mais vaselina!" cantavam entusiasmadamente colegas e amigos de liceu, possivelmente na esperança de que eu e a minha queridinha seguíssemos caminhos opostos. Mas não! Nada abalou este amor. Bem. Mais ou menos. Na verdade aquilo que parecia uma relação de partilha, forte e duradoura, acabou no dia em que comecei a interessar-me seriamente por coisas hidratantes versão cheirosa e belamente embalada.
Com tempo, e de forma natural, a vaselina foi perdendo espaço na minha vida. Saindo das malas. Ficando largada em cima de qualquer mesa. Esquecida em qualquer casa de um qualquer amigo, familiar ou conhecido, qual plantação de indiferença. Entretanto as visitas à farmácia com intenções vaselinais terminaram. Era oficial: eu e a, outrora amada, vaselina haviamos seguido caminhos diferentes. E assim foi durante anos.
Há algum tempo atrás, enquanto vasculhava as prateleiras de um SuperCOR do mundo que é Portugal, deparei-me com esta embalagem fofa e com a promessa de me poder besuntar e perfumar ao mesmo tempo. Vaselina Neutra Perfumada. Ohhhhh (muitos coraçõezinhos..)!
E assim, do interior da cova profunda para onde havia sido atirada, a vaselina conseguiu encontrar o seu caminho de volta para dentro da minha mala e da minha vida.
Agora, depois de me ter rebolado com ela, num enrolanço carregado de saudade mas também de receio de desilusão, posso dizer, escrever e gritar bem alto que isto é material do bom!
O cheiro é poderosamente agradável. Muito ao estilo da Moranguinho, aquela boneca pequena que soltava um cheiro delicioso de borrachinha com outras coisitas mais (Hum... muito elucidativo!). Muito viciante!
De resto, é uma vaselina normal enfiada numa caixinha rosa e vermelha de plástico, cujos 40ml não chegam a custar 4 euros.
Posto isto, por estes lados reina a loucura vaselinal. É vaselina na mão, no pé, na unha, no cabelo. Vai vaselina em todo o lado que não a recebe desde que a última bisnaga foi atirada para o lixo. Vai um esfrega esfrega por aqui como nunca antes se viu. E vai muito bem, obrigada!

quinta-feira, 31 de julho de 2014

De Gata "Borrateira" a Cinderela de Olhos Secos

Fofuras, a Muito Pipi descobriu a melhor coisa de sempre! Bom... mais ou menos. Na verdade eu descobri que alguém já tinha descoberto. Não tão entusiasmante, mas igualmente interessante.
Nos últimos meses, os meus olhos têm vivido um interminável momento "horror dos horrores". Secura? Vermelhidão? Dor? Outros horrores oculares? Por aqui é só escolher e misturar! Há simpáticos dias secos. Assustadoras horas vermelhas. Odiosos momentos de deserto doloroso. Num bom dia posso até surpreender o público com um potente lacrimejamento unilateral.
Vive em vocês um olho seco? Daqueles que parecem empenhados num infinito raspa raspa? Daqueles que só sossegam com uma esguichadela lubrificante para cima? Daqueles que usam rimmel, lápis e outras coisas com potencial borrador? Irmãos e irmãs de sofrimento, este post é todinho dedicado a vós!
Não sei o que acontece com as pessoas do mundo, mas eu sou particularmente eficaz no falhanço de alvos. É preciso deitar um gota para um olho? Nada a temer. A Muito Pipi derrama para cima do ouvido. Ou para a bochecha. Para a boca. Para o peito também dá! Não sei como nem porquê, mas a verdade é que muita gota já se desviou da rota desejada. Quando se parte um copo espalham-se pedaços de vidro por todo o lado. Quando a Muito Pipi atira uma gota para o olho é igual!
Porque uma pessoa gosta inovar mas não tanto, tento colocar gotas em frente ao espelho. É bom, é gostoso, é simpático. E permite ver o que está a acontecer, o que para mim é claramente imprescindível. Por outro lado, a posição não é a melhor. E, entre cabeças de lado, olhos esbugalhados e mãos abrutalhadas, mais tarde ou mais cedo algo acaba por transbordar para fora do olho. E aqui entra a dica escaldante!
Soem os alarmes, acendam-se as luzes e soprem-se esses apitos (Hum...), a vossa vida vai mudar! Ora bem fofuras, para fugir ao rolamento indisciplinado de molhangas arruinadoras de maquiagem pela vossa cara, qual avalanche destruidora do bom nome de uma pessoa, basta inspirar no momento em que largam o bicho. Tão simples quanto isto. A gota é sugada, o olho fica feliz e as pessoas à vossa volta não temem pela vossa sanidade mental. 
O lado menos divertido desta técnica é o facto de poderem ter de usar mais gotas. Na verdade, talvez por o líquido desaparecer rapidamente, parece-me que este método não lubrifica tão bem os olhos como a técnica do jorramento despreocupado. Por isso mesmo pode ser interessante repetir o processo duas ou três vezes. 
Da minha parte, tudo bem. Antes gastadora do que borradora!