quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Liebster, is that you?

Chamem-me louca, alienada e estranha, mas a verdade é que, até à sexta feira passada, desconhecia por completo o conceito de Liebster Award. De tal forma que cheguei a chamar-lhe Lisbster, Lesbester e até Lobster Award, como que inconscientemente imaginando pinças virtuais a carregar prémios por uma praia fora.
Passada a confusão incial, esforcei-me por perceber o que era, de onde veio e para onde vai. Tarefa nada fácil! Seguir o caminho deste selo não é, de todo, uma tarefa fácil. Para além de tudo o resto, foi uma emoção perceber que (também virtualmente) quem conta um conto lhe acrescenta um ponto. De exclamação! Daqueles grandes e anafados. Fofuras, vocês iam ficar maravilhados com a quantidade de versões de regras que eu encontrei. É uma loucura! Posto isto, decidi seguir o guião que a minha nomeadora, a simpática Catarina do A Yellow Rain, recomendou.
Supostamente o Liebster Award é como uma TAG, dirigida a blogs pequenos (com menos de 200 seguidores). Logo aqui surgiu-me uma grande questão: como contabilizar o número de seguidores? Likes no Facebook? Pessoal que persegue através do Google? Ou serão seguidores do Instagram que contam? Número de visitas? Ohhhhhhhhhhhhh! Tantas opções, regras tão abertas. Ohhhh! E é assim que, com muitas dúvidas, mas cheia de força, se inicia agora a edição Muito Pipi do

com as perguntas da Catarina e, claro, as minhas respostas.

1- Sobre o que é que o teu blog fala?
Beleza! Com um toque divertido, descomprometido e leve, mas sempre cuidadoso no conteúdo e na forma.

2- Porque o criaste?
Basicamente para falar com alguém. Não, a Muito Pipi não é uma largada no mundo. Mas é uma apaixonada por beleza num universo amigal e familiar povoado por interessados noutras coisas.
As minha amigas diziam-me: "Oh Pipi (sim, elas chamam-me mesmo Pipi!), podias criar um blog para contar essas coisas que vais descobrindo." No fundo, bem lá no fundo, creio que isto não foi mais do que um grito de socorro, do que uma tentativa de fuga aos meus intermináveis discursos belezísticos. Mas agradeço muito o incentivo. E hoje é tudo muito melhor, porque os meus amigos podem ler e ouvir o que eu tenho para dizer. É um dois em um (de terror)!

3- Gostavas de fazer do blog a tua profissão?
Para mim escrever é uma diversão, uma forma de me expressar e de partilhar temas com um toque pessoal. Mas não. Neste momento da minha vida não gostaria de transformar o blog numa profissão. Futuramente tudo pode mudar, mas por enquanto dirijo os meus holofotes a uma carreira totalmente diferente.

4- Os teus familiares e amigos conhecem o teu blog? Se não, porquê?
Conhecem sim senhora! Alguns porque foram informados, outros porque descobriram. Por exemplo, o meu pai sabe da existência do blog desde o início, mas só há pouco tempo veio ter comigo e proferiu imortais palavras: "Quando é que me mostras o pipi?". Hummmmmmm... Sinistro!
Outro momento alto da relação familiar deu-se quando, por engano, deixei um comentário a um tio, com o nome de "A Muito Pipi". Maravilhado com uma visita tão ilustre quanto suspeita, o meu tio apressou-se a conhecer o blog. Aí surpreendeu-se por não ser um espaço de indecência (como confessou ter imaginado) e, mais ainda, pela presença da carinha do seu filho como um dos gostadores do blog via Facebook. Decidido a desventar o mistério da Muito Pipi desconhecida, perguntou ao meu primo quem era tamanha personagem. A resposta não se fez tardar: "Não sei nada disso! Não tenho nada a ver com isso!"
E basicamente é isto! Entre pais que pedem para ver pipis e primos que negam qualquer relação com este blog, cá vou andando.

5- Se pudesses viajar para qualquer lugar no mundo, para onde ias?
Neste momento para Londres. Adoro a cidade, a conjugação perfeita da tradição e da inovação, a simpatia das pessoas, as ruas longas, os parques cheios de recantos mágicos, as pontes e o rio, as oportunidades e as novidades que por lá se passeiam.

6- Qual é o teu lema de vida?
Não tenho! As pessoas mudam, os contextos mudam e, por isso mesmo, lemas de vida mudam igualmente. Acho que o ser humano que sou eu é infinitamente mais complexo do que qualquer lema que possa parecer fazer sentido neste momento.

7- Qual é o teu sítio preferido (que já tenhas ido)?
Fora de Portugal Londres! A primeira vez que visitei a cidade não tinha grandes expectativas mas não houve como evitar um louco amor à primeira vista. Lá até mesmo o clima me encanta (loucona máxima!)! Acho que se Londres tivesse sempre sol seria impossível para as outras cidades rivalizar com ela.
Em Portugal, não há como negar uma relação profundamente emotiva com Setúbal e a sua Serra da Arrábida (um dos sítios mais bonitos do mundo!) e com Castelo de Bode e a sua barragem.

8- O que é que te faria sentir realizado com a vida?
Trabalhar muito, viajar muito e estar com as minhas pessoas preferidas mais vezes ainda.

9- Qual é a melhor prenda que poderias receber? 
De uma forma geral tenho as coisas que quero. Mas claro que umas coisinhas simpáticas da Dior uma pessoa não nega. 

10- Qual é o blog que mais gostas?
Sou viciadona (tipo stalker horripilante) no Dia de Beauté. Acho que a magia da autora reside num misto de conhecimento e de naturalidade. Aprecio particulamente ver as imperfeições. Não por ser uma madrasta má que quer ver todas as outras mulheres do mundo em maus lençóis, mas porque sou fã de pessoas que se aceitam como seres humanos.

11- Qual foi a tua melhor publicação ou a que mais gostaste?
É uma questão complexa. Por norma quando escrevo alguma coisa e a mando publicar é porque me sinto feliz com o resultado. Ainda assim, gosto particulamente de escrever coisas parvas, como foi o caso deste post super armadilhado.

Agora uma palavra de amor a carinho para os nomeados abaixo. Ao que parece é suposto que façam um post com a seguinte informação:
-o nome da coisa mais linda do mundo que vos nomeou;
-a resposta às 11 questões criadas por essa coisa mais linda especialmente para vocês;
-o nome dos blogs que querem nomear (idealmente 11 e idealmente com menos de 200 seguidores);
-11 novas questões para as vossas vítimas responderem;
Ahhhh, e não se esqueçam! É suposto avisar os vossos nomeados e enviar-lhes o link do post onde falam deles.
E agora a regra mais importante de todas (diz a Muito Pipi): Isto é uma nomeação, não um castigo malvado! Nada disto é uma obrigação, por isso sintam-se livres para parar esta corrente se não vos apetecer entrar neste mundo da Liebstalhada.
Posto isto, as perguntas/frases para completar que sairam desta cabeça são:
1. Como escolheste o nome do teu blog (desconfio esta questão é popular)?
2. O que inspira a escrita do teu blog?
3. Que papel tem o blog na tua vida?
4. Se pudesses entrevistar alguém, quem seria o eleito?
5. Qual foi o post que mais gosto te deu escrever (questão semi rapinada da Catarina)?
6. Qual foi o melhor post, escrito por outra pessoa, que já leste?
7. Quais são as grandes paixões da tua vida?
8. O meu grande sonho de consumo é____________________________________;
9. Se pudesse ser um objecto seria ______________________________________;
10. Adoro o cheiro de__________________________________________________;
11. Acho que um bom blog deve_________________________________________;

E os nomeados da Muito Pipi (perdoem, desculpem, mas não posso jurar que todos estes fofinhos tenham menos de 200 seguidores. Ainda assim acredito que não sejam gigantescos e por isso acho que servem o propósito) são:
3. Moda e Outros Vícios (para ver se volta à acção! Tenho saudades!)

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Pele minha pele minha, quem fica triste por não fazer nenhuma comprinha?

Na semana passada fiz uma revelação bombástica! Voltei a lavar a cara de manhã!
Não fofuras, o chamamento da limpeza não se apoderou de mim. Lamento desiludir as vossas almas limpas, mas eu sou exactamente a mesma imunda matinal que era há dois anos atrás.
O que mudou? A pele fofuras! A vossa querida Muito Pipi foi surpreendida por um ataque de loucura facial. A outrora algo sensível, mas relativamente calma pele, que só aparvalhava em auto-defesa (como neste episódio negramente vermelho), tem andado a viver um momento de profunda rebeldia.
"Oh, minha querida, estás seca? Toma lá este creminho. Agora estás oleosa? Tudo bem, eu compreendo. Realmente não é fácil ser uma pele. Olha, experimenta isto. Ah... agora entraste em erupção? Não faz mal. Estou aqui para ti. Deita tudo cá para fora. Ai agora estás vermelha? Não te enerves que é pior, meu docinho!"
Meses de carinho, dedicação e investimento financeiro. Semanas passadas com dois cremes diferentes: um para as zonas secas, um para as oleosas. Dias de termalizações calmantes. Fiz tudo por ela e sabem que mais? Não serviu de nada! Presa por ter cão e presa por não ter, decidi correr para o meu dermatologista e fazer o que toda a mulher adulta faz quando se sente injustiçada: queixinhas.
Disse-lhe quão extenuantes tinham sido estes últimos meses e quão cansada estava desta vida. Falei-lhe do meu desejo de me entender com a pele. A resposta foi tão certeira como inesperada: "Está com acne adulta. Ligeira mas ainda assim acne."
Como? Acne? Mas... como? Ohhhhhh... acne? Isto é acne? Passada a surpresa inicial veio a compreensão. Afinal a minha pele não é uma estúpida sem sentimentos. Ela está doentinha! Oh... coitada!
Segundos passados a acarinhar a pele transformaram-se em minutos a tentar perceber as novas regras cutâneas. Ora bem... para começar acabaram-se os testes, as brincadeiras e as intimidades com todo um mundo de produtos.
A partir de agora é lavar o rosto com gel específico, hidratar com um produto específico, proteger a pele do sol com coisas específicas, lavar novamente com um gel específico e aplicar um produto de tratamento antes de dormir. Todo o dia, todos os dias! Sem desvios, rotas novas ou caminhos alternativos. Assim é negada a criatividade a uma pessoa.
Alegria das alegrias é o facto de neste momento estar na fase do tratamento em que tudo o que é borbulha aparentemente incubada vem à superfície. Wiiiii! Loucura! Em vez de 2 ou 3 bestas há agora umas 5 ou 6 a habitar neste rosto que é o meu, sendo que são esperadas mais durante as próximas 2/3 semanas. Uma festa na minha cara portanto, festa essa para a qual claramente não fui convidada mas à qual, ainda assim, tenho de assistir. Ah... e abrir espaço para quem mais queira juntar-se às comemorações. E assim se entra nos 29!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O camaleão da Dior


Perdoem pelo comboio de fotografias que se segue, mas há produtos que merecem ser mostrados loucamente sem medo de cair na obsessão.
Linhas suaves de delicadeza surpreendente e uma cor simplesmente bela, aliada a um relevo encantador, fazem do blush Rosy Glow da Dior um caso de amor Muito Pipizal.
Vejam quão absolutamente maravilhosa é esta embalagem. Um misto de prata e transparência. Brilho e subtileza. Oh (muitos corações!), haja bom gosto. Haja simplicidade. Haja leveza.
Não há como negar que o que motivou a compra da caixinha maquiante foi a embalagem. Ah... e também o preço. Não, a Muito Pipi não é uma insana que só compra coisas caras. Fofuras do mundo, esta pequena maravilha foi adquirida num momento "promoção louca". Posto isto, quem seria capaz de a abandonar numa prateleira iluminada? Que ser vil e cruel negaria um lar a esta pequena sensualona francesa? Eu não. Eu não. Claramente eu não!
A Dior diz que o Rosy Glow, numa dança única de envolvimento com a pele, é capaz de transformar a sua cor de forma a favorecer a pessoa que o está a usar, qual camaleão bochechal. Na verdade não posso confirmar se diferentes pessoas causam diferentes reacções blushísticas. Até agora só eu tive o prazer de o espalhar pela carinha (não toda, calma!). Ainda assim, posso dizer que isto é material do bom. E do bem! Do bem diabolicamente pensado para apatetar os amantes de coisas embelezadoras, mas ainda assim do bem.
O pó, temido por muitas meninas e meninos de pele seca, é muito bom e nada rapinador de humidades amigas. Aguardo para ver como se vai comportar este réptil dinâmico no Inverno, mas acredito que vá manter o (recentemente conquistado) posto de super favorito bochechal. 
Para já o único problema é a saudade antecipada das letras em relevo. Bem sei que vão sair. Bem sei que foram feitas para isso. Mas porquê???? Porque não pode uma pessoa usar sem gastar?

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Cabelo amanteigado

Olá, eu sou a Muito Pipi e sou uma manteigodependente.
Tudo começou em Julho quando comprei uns produtos novos. De lá para cá tenho experienciado uma forte adicção e não sei como avançar com a minha vida. Só penso em manteiga. Sonho com manteiga. Quero passar o dia a massajar-me com a manteiga. Só de imaginar a minha vida sem ela sinto o meu cabelo a embrulhar-se num novelo sem fim. Não sei o que fazer! Temo que esta dependência arruine a minha vida, entupa a minha banheira e acabe com as minhas poupanças. Os responsáveis? Os demónios da Rene Furterer, criadores da linha Karité. Acho sinceramente que esta gente devia ser punida. Não há ninguém que acabe com esta pouca vergonha?!
Confesso ainda só ter testado a máscara, o creme leave-in e o sérum reparador, mas temo! Temo muito meus caros. Temo pela minha segurança caso surja alguma oportunidade de mergulhar o cabelo nos restantes produtos desta linha.
O que será de mim? Como poderei continuar a viver? A vestir-me? A comer?!
O horror dos horrores começou com inocentemente sedutora Intense Nourishing Mask. Olhei para ela e pensei: "Que mal pode uma manteiguinha com coisinhas escuras fazer?" Muito! A embalagem é uma belezura. O cheiro é absolutamente irresistível. A textura é maravilhosa. Posto isto pergunto: Como pode uma pessoa evitar passar horas e horas debaixo de água a brincar com o cabelo recém mascarado? Como? Ohhhhhhhhhhhhhhhhh. Dureza das durezas! Mas o pior, o pior acontece quando chega a altura de retirar a máscara. Ohhhhhhhhhh (de novo)! Como dói deixá-la ir assim, cano abaixo, quando desejo secretamente mantê-la sempre comigo, num emporcalhamento capilar sem fim.
Quanto aos leave-in (o Nourishing Cream e o Repairing Serum), apetece tomar banho com eles.Não juntos num mesmo compartimento. Não não. Jorrá-los para cima mesmo! Mas não, aparentemente não é possível. Dizem os malfeitores da marca que basta uma pequena quantidade. E mesmo eu, cabeludona da vida com jubona abaixo da peitaça, vejo-me obrigada a não usar mais do que o equivalente a uma colher de chá do creme e dois pumps do sérum. Resultado: cabelo controlado, macio e cheiroso e várias horas do dia passadas num agarra e cheira capilar. Huuuummmmmmm! Delicioso! Hummmmm! Assustador!
Conselho final para os destemidos: caso queiram abraçar a vida do vício, vale muito a pena espreitar a marca no simpático, carinhoso e inesperadamente barato Cocoon Center. Não sei quanto custa este misto de emoções em Portugal, mas eu comprei 200ml de máscara (que bonito!) e 30 ml de creme por menos de 30 euros na lojinha online. "Ah, e o sérum?" O sérum foi oferta. Tudo para agarrar uma pessoa, para potenciar a dependência. "Ah, tome lá Sra Dona Muito Pipi, um produtinho maravilha totalmente grátis!". Muito obrigada demónio! Muito obrigada por transformar a minha vida num infinito inferno de dependência perfumada e sedosa.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Dica contra brancura desfeita

Uma pessoa levanta-se de manhã, lava a carinha (sim, depois de tempos assumidamente sujos, a Muito Pipi voltou ao mundo da limpeza matinal. Em breve mais pormenores), hidrata-se toda, aplica uma dose simpática de protector solar e, de repente, no meio da aplicação (ou mais tarde no meio da maquiação!), pedaços brancos começam a soltar-se. Nãooooooooooooooooo!
Mas porquêêêêêêêê? Cremes baixo nível? Protectores vagabundos? Pele do mal? Brancura que vem de dentro? Maldição? Possivelmente nada disto fofuras.
Depois de 28 anos de intensa protecção solar percebi que o segredo para evitar o visual borracha dilacerada por fortes apagadelas é não ser uma louca. Pois sim meus queridos, esta é a primeira dica amiga do dia, atirada directamente aos mãos pesadas do mundo (como eu!). Controlem-se fofuras! Eu sei quão emocionante é jorrar uma montanha de hidratante para mão e espalhá-la na cara. Oh se é! Mas não meus queridos, fujam disso! Um super mergulho cremoso, por mais refrescante que seja, pode não ser a melhor opção quando queremos que tudo corra bem na nossa vida facial (e social).
Dicona 2: Dar tempo ao tempo. Se a pessoa já está hidratada é sempre bom fazer uma pausa na beleza e ir comer, beber, desodorizar partes... Dar pelo menos 10/15 minutos à pele antes de ser atacada de novo é sempre simpático. Passado esse tempo força no protector! Com um pequeno cuidado: evitar o esfrega esfrega frenético.  Espalhar é bom, claro! Ninguém quer gotas brancas soltas pela cara. Tudo certo, tudo bem, tudo belo. Mas basta distribuir o produto fofuras. Não é preciso andar a passear com ele numa massagem infinita. Bem sei que alguns protectores antes de secarem deixam uma pessoa com um aspecto meio oleoso e nada gostoso. Não desesperem! Mais uma vez uns 10/15 minutos de pausa nas lides faciais deve resolver o problema. Caso contrário fujam dessa besta e procurem um amigo mais leve!
E é isto fofuras! Se ainda assim se desfazem a cada aplicação do protector ou da maquiagem, corram para o dermatologista mais próximo e falem-lhe da vossa tragédia. Ao que parece há produtos que não se dão muito bem e, no estrafego do conflito, coisas estranhas podem acontecer. Por isso, e porque uma pessoa merece estar protegida e gira, nada melhor do que pedir ajuda especializada a um domador de peles.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Dior Show

Há mais de um ano atrás foi com toda a emoção que partilhei aqui um desejo ardente: ter uma Flash Corrector (a.k.a canetinha apagadora de emporcalhamentos diabólicos) só para mim.
Os dias passaram, a vida avançou, outros objectos do mal foram sendo comprados e a vontade que outrora parecia irresistível, foi sendo substituída por mil e uma outras paixões arrebatadoras. Perdão Dior, perdão!
Entretanto, há umas semanas atrás, na loucura já partilhada que são as promoções fortes e belas da Perfumes & Companhia, cruzei-me com a Flash Corrector. Linda, fofa e por metade do preço habitual! "Custava 20 euros, agora custa 10?" Wiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Emoção forte! Amor renascido! Necessidade imediata! Afinal, como pode uma pessoa negar a adopção de uma coisa que sempre quis ter (mesmo que dela se tenha esquecido)?
Agora, depois de várias semanas de partilha de intimidade, estou pronta para soltar a minha sentença. Condeno pois a canetinha preta à reclusão numa casa Muito Pipi durante a vida útil das suas 4 pontas húmidas, sendo a sua principal função a correcção pouco profunda e pontual de erros nada bonitos. Terá ainda oportunidade de gozar de saídas ocasionais, sempre que se antecipar a necessidade de correcção no exterior do imóvel.
E é isto! Mas não temam fofuras, o bicho pode ser usado sem medo em coisas escuronas, tipo delineador ou rimmel e tudo correrá bem desde que o limpem antes de o voltarem a utilizar. Caso contrário há uma forte probabilidade da vossa cara ficar mais suja do que limpa. Nunca!
No fundo a Flash Corrector é um extra. Não é um bem absolutamente necessário que muda a vida de uma pessoa. Que faz um ser humano apaixonado por maquiagem questionar-se como foi possível sair de casa decente sem ele? Não! Na prática é uma forma mais bonita e arrumadinha de resolver problemas técnicos. Mas não faz mais do que um cotonete molhado (em água, desmaquilhante, baba, azeite (como estes) ou em qualquer outra coisa que vos faça felizes). As diferenças entre a Flash Corrector e um pauzinho envolvido em algodão são duas: o aspecto e o preço.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Rampling Nars


Uma pessoa vive apaixonada pela Nars. Pois claro que vive. E, para que a convivência amorosa versão cosmética seja a mais feliz possível, não há como escapar à aceitação das pequenas imperfeições da marca amada. Entre nós (eu a Nars) há um problema: o empacotamento. É verdade que as caixinhas são práticas, simpáticas, duradouras e tal. Também assumo que não aparentam ter saído de uma ruela de horror, prontas a aterrorizar qualquer transeunte da avenida da beleza. Têm até um ar muito profissional e composto. Ainda assim, não me deixam louca de emoção cada vez que aparecem no meu campo de visão. 
Já o recheio é todo outro mundo que salta do preto básico, numa festa sem fim de pós gostosos, cremes apetitosos e cores deliciosas que conseguem vascolejar incessantemente o meu coração e abrir convictamente a minha carteira. Posto isto, ignorem-se as embalagens e esqueçam-se os exteriores luxuosos! A Nars merece! Mais ainda agora que, à qualidade maquiante decidiu aliar uma super força modelante. Haja imagem para tamanho poder de sedução!


Marcas que conseguem olhar para a beleza de uma forma realista, dinâmica e duradoura mexem comigo. Em particular quando escolhem como modelo a maravilhosa actriz Charlotte Rampling, de 68 anos. Sim sim!

E eis que, depois de ter elogiado aqui outra mulher que se insere belamente na categoria "mais de 50", voltei hoje a sentir-me motivada para a terceira idade. Seja a minha beleza igualmente serena, sedutora, cuidada e confiante e serei a sexagenária mais pipi de todo o sempre.
Nars + Charlotte Rampling = me likes it mais que demais!